Complicações
Como consequência da retenção diurna de CO₂ e da hipoxemia associada, os pacientes podem apresentar sinais de cor pulmonale, incluindo P2 (segunda bulha cardíaca) aumentada, e edema dos membros inferiores.
Fortes evidências observacionais implicam os distúrbios respiratórios do sono (por exemplo, apneia central e obstrutiva do sono, inclusive respiração de Cheyne-Stokes) na arritmogênese cardíaca (por exemplo, fibrilação atrial, taquiarritmia ventricular, morte súbita cardíaca e bradiarritmias) por influenciarem os substratos estrutural e eletrofisiológico cardíacos.[130] Estudos observacionais também sugerem que o tratamento efetivo para os distúrbios respiratórios do sono reduz a recorrência de fibrilação atrial após o controle do ritmo.[130]
Em consequência do uso de ventilação não invasiva com máscara nasal, é comum os pacientes desenvolverem uma congestão nasal reativa. Umidificação aquecida com o dispositivo ajuda muito no tratamento ou na prevenção da congestão nasal, assim como o uso de corticosteroides e anti-histamínicos intranasais.
Infecções como a sinusite podem ser observadas com o uso de uma máscara nasal para ventilação não invasiva. Ocasionalmente, a pneumonia também pode ser relacionada ao uso de ventilação não invasiva, especialmente nos pacientes que têm doença neuromuscular e sintomas bulbares associados, nos quais é difícil proteger as vias aéreas.
Abrasões cutâneas podem ocorrer em consequência do uso de máscaras nasais e oronasais. As máscaras devem ser ajustadas aos pacientes para tentar diminuir o risco de evoluírem para lesões cutâneas e para otimizar o conforto.
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