Epidemiologia

Para a pneumoconiose dos trabalhadores de carvão, as mortes diminuíram nos EUA desde o início dos anos 2000.[1]​ O número de mortes registradas em 1999 foi de 1002, comparado a 305 em 2018.[1] No Reino Unido, dados publicados pelo Health and Safety Executive (HSE) indicam que há uma média de 130 mortes por ano por pneumoconiose dos trabalhadores de carvão.[2]​ Em termos de prevalência, observou-se uma tendência geral de queda, com a prevalência agrupada na China, Europa e EUA caindo de 6.0% para 2.3% entre as décadas de 1980 e 2010.[3]​ No entanto, um pequeno ressurgimento na prevalência foi observado desde o final da década de 2010 nos principais países produtores de carvão, como os EUA e a Austrália.[4][5][6]

​A mortalidade por silicose também continuou a diminuir nos EUA, com 185 mortes registradas em 1999, em comparação com 87 em 2018.[1]​ No Reino Unido, os dados do HSE mostram que há uma média de 12 mortes por ano por silicose.[2]​ Mundialmente, a mortalidade por silicose está diminuindo, embora um aumento na prevalência tenha sido observado em países como China e Índia.[7][8][9]​​ A mortalidade não é uma boa medida da carga da silicose, pois a ocorrência da doença é muito mais comum do que o registro em atestados de óbito. Nos EUA, cerca de 3260 a 7105 indivíduos são hospitalizados com silicose anualmente.​[10]​ Novos casos de silicose continuam a surgir como resultado do crescimento de novas indústrias, como por exemplo a de bancadas sob medida.[11]

A sensibilização ao berílio precede a doença crônica por exposição ao berílio, embora apenas cerca de um terço dos casos de sensibilização confirmada evoluam para a doença.[12]​ Os estudos que investigam a prevalência e a mortalidade associadas à doença crônica por exposição ao berílio são limitados. Nos EUA, a prevalência parece maior entre aqueles que trabalham em instalações de processamento de berílio e instalações de produção de armas nucleares, com uma taxa estimada de mortalidade de 7.8%.[13][14][15]

​A tendência geral de queda da mortalidade por pneumoconioses é provavelmente atribuída a menos pessoas trabalhando nas indústrias de alto risco, bem como a melhoras significativas nas medidas de saúde e segurança. Nos EUA, os primeiros controles para reduzir a exposição dos trabalhadores foram divulgados no início da década de 1970. Há um período de latência de cerca de 20 anos a partir do momento da primeira exposição à sílica ou ao carvão e do desenvolvimento de alterações radiográficas, de forma que o diagnóstico geralmente é observado em pessoas que começaram a trabalhar com a sílica ou o carvão antes da década de 1980. Em geral, essas pessoas atualmente têm >50 anos de idade. No entanto, pode ocorrer uma forma mais agressiva da silicose (silicose acelerada) no caso de uma exposição de menor duração, porém mais pesada. Isso também ocorre com os trabalhadores de carvão, havendo mineradores expostos desde 1980, com apenas 15 a 20 anos de exposição, desenvolvendo pneumoconiose. Algumas dessas pessoas apresentam uma doença que evoluiu para fibrose maciça progressiva.[16][17]​ Não há evidências de tal latência para a doença crônica por exposição ao berílio. O risco de ela se desenvolver depende muito da presença de determinados polimorfismos genéticos dos genes do antígeno leucocitário humano (HLA), e há relatos de ela ter ocorrido após uma baixa exposição.[18]

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