Novos tratamentos

Ácidos graxos ômega-3

Há interesse no uso de ácidos graxos ômega-3 como um tratamento potencial para lesão cerebral traumática leve (LCTL). Um ensaio piloto duplo-cego, randomizado e controlado com ácido docosa-hexaenoico (DHA) após concussões relacionadas a esportes em atletas de 14 a 18 anos revelou que o DHA foi bem tolerado e não afetou significativamente os tempos de recuperação.[101] Outros ensaios clínicos estão em andamento.[102]

Ácido tranexâmico

Um grande ensaio clínico randomizado e controlado (12,737 pacientes) demonstrou uma redução na mortalidade em pacientes com traumatismo cranioencefálico leve a moderado (Escala de coma de Glasgow basal de 9-15) que foram tratados com ácido tranexâmico (um agente antifibrinolítico) até 3 horas após a lesão, em comparação com aqueles que não foram.[103] No entanto, seus resultados devem ser interpretados com alguma cautela por causa da significância somente na análise de subgrupos, de uma mudança no recrutamento (de até 8 para até 3 horas após a lesão), de uma mudança no desfecho primário (de mortalidade por todas as causas para mortalidade específica pela doença) e do risco de vieses na seleção e por parte do observador. Um ensaio clínico randomizado e controlado publicado em 2020 (n=1280, 20 centros e 39 agências de serviços médicos de emergência nos EUA e no Canadá) comparou o ácido tranexâmico com um placebo em até 2 horas após uma LCT moderada ou grave.[104] Ocorreu um desfecho neurológico funcional favorável (medido como Escala de Desfechos de Glasgow Estendida >4 a 6 meses) em 65% dos pacientes nos grupos do ácido tranexâmico em comparação com 62% com o placebo. Não houve diferença estatisticamente significativa na mortalidade por todas as causas a 28 dias, no escore da Escala de Avaliação de Incapacidade a 6 meses ou na progressão da hemorragia intracraniana.

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