Prevenção primária

O rastreamento do antígeno polissacarídeo criptocócico (CrAg) e a terapia antifúngica preventiva para pessoas que são positivas para CrAg melhoram a sobrevida e reduzem o desenvolvimento de doença criptocócica invasiva.[30][31][32][33][34]​​​​ Isso foi estudado com mais rigor no estudo REMSTART, que randomizou 2000 indivíduos com infecção por HIV e contagem de CD4 <200 células/microlitro para o padrão de cuidados ou padrão de cuidados associado ao rastreamento de CrAg e aconselhamento sobre adesão.[31] O ensaio observou uma redução relativa de 28% na mortalidade de pacientes que receberam o rastreamento de CrAg e aconselhamento sobre a adesão.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras diretrizes internacionais recomendam o rastreamento de todos os adultos e adolescentes com infecção por HIV e uma contagem de CD4 <100 células/microlitro antes de iniciar ou reiniciar a terapia antirretroviral (TAR).[23][35]​​​​​ As diretrizes dos EUA recomendam testes de vigilância de rotina para CrAg sérico em pessoas que se apresentam recentemente para tratamento de HIV e que não apresentam sinais clínicos evidentes de meningite e cujas contagens de CD4 são ≤200 células/microlitro, e particularmente naquelas com contagens de CD4 ≤50 células/microlitro.[20] As pessoas com teste de rastreamento positivo devem ser submetidas à avaliação do líquido cefalorraquidiano para infecção do sistema nervoso central.[20]​ Aqueles positivos para o CrAg, sem sinais ou sintomas de meningite, devem receber terapia antifúngica preventiva (fluconazol, administrado como esquema de indução, consolidação e manutenção).[20]

Em ambientes em que o rastreamento de antígeno não está disponível, a OMS recomenda iniciar a profilaxia primária com fluconazol em indivíduos com infecção por HIV e contagem de CD4 <100 células/microlitro (também pode ser considerado em limiares mais altos de contagem de CD4 <200 células/microlitro).[23]

A profilaxia antifúngica na ausência de um teste de CrAg sérico positivo não é recomendada pelas diretrizes dos EUA.[20]

Prevenção secundária

A profilaxia secundária da criptococose envolve terapia de manutenção crônica com fluconazol como primeira escolha para prevenir recorrência da infecção.[20][91]​​​ Ele poderá ser descontinuado em pacientes que responderem à TAR (isto é, contagens de CD4 ≥100 células/microlitro, cargas virais indetectáveis na TAR, mínimo de 1 ano de terapia de manutenção crônica com antifúngico azólico após o tratamento bem-sucedido da criptococose).[20] A terapia de manutenção deve ser retomada se a contagem de CD4 diminuir para um nível <100 células/microlitro.[20]

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