História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
É importante trazer à tona sinais e sintomas prévios que possam sugerir episódios prévios de doença inflamatória intestinal, exposição a agentes infecciosos, uso recente de antibióticos e vírus da imunodeficiência humana (HIV)/síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS).
febre/calafrios
Frequentemente presente na colite tóxica e no megacólon tóxico (CT/MT).
taquicardia
Frequentemente presente em CT/MT.
alterações do estado mental
Frequentemente presente em CT/MT.
hipotensão
Frequentemente presente em CT/MT.
distensão abdominal
O megacólon tóxico é caracterizado por dilatação colônica total ou segmentar >6 cm, o que geralmente resulta em distensão abdominal clinicamente evidente, embora o grau da distensão seja variável.
Outros fatores diagnósticos
comuns
diarreia
Episódios anteriores de diarreia, muitas vezes com duração de 1 semana ou mais, podem ser um sintoma manifesto caso o megacólon tóxico esteja relacionado a colite ulcerativa (geralmente, diarreia hemorrágica) ou infecciosa. Em alguns casos, a melhora da diarreia anuncia o início da dilatação do cólon.
dor abdominal
Caracterizada como dor em cólica difusa ou focal e pode ser aliviada com as evacuações.
desconforto abdominal
O abdome pode apresentar sensibilidade focal ou difusa, mas a intensidade da dor pode ser mascarada pelo uso simultâneo de corticoterapia em altas doses. Sensibilidade localizada e dor à descompressão brusca podem sugerir perfuração iminente, enquanto a peritonite generalizada muitas vezes indica perfuração livre.
Fatores de risco
Fortes
colite ulcerativa
Embora a doença inflamatória intestinal seja a causa mais comum de megacólon tóxico, a incidência ao longo da vida em pacientes com colite ulcerativa é inferior a 5%.[4][5][8] Na colite ulcerativa típica, a inflamação e a ulceração limitam-se à mucosa; contudo, no megacólon tóxico, a inflamação se estende à camada muscular lisa, o que pode induzir lesão neural na parede do cólon, causando paralisia e dilatação colônica acentuada, afinamento da parede do intestino e ulcerações profundas.[7][21][22]
Em um estudo com pacientes que precisavam de colectomia para colite ulcerativa, foi demonstrada uma correlação entre profundidade da invasão e grau de dilatação colônica.[7][22] O megacólon tóxico como complicação de uma exacerbação aguda da colite ulcerativa é uma indicação de cirurgia urgente.[5]
Colite de Crohn
A incidência relatada de MT como complicação de colite de Crohn tem grande variabilidade (0% a 20%) com uma frequência provável de 2 a 4%.[4]
Sugeriu-se que o MT tenha maior probabilidade de ocorrer no início da evolução da colite de Crohn, e que a natureza fibrosante e segmentar da doença de Crohn faça com que esta tenha menor probabilidade de evoluir para MT que a colite ulcerativa.
colite pseudomembranosa
O MT tem incidência relatada ao longo da vida de 0.4% a 3% em pacientes com colite pseudomembranosa.[4] A incidência de megacólon tóxico em pacientes com colite associada ao Clostridium difficile tem aumentado em decorrência do aumento da prevalência de colite pseudomembranosa e outras colites infecciosas.[7]
As características patológicas típicas incluem ulcerações difusas, nódulos elevados na mucosa, placas superficiais branco-amareladas intercaladas com segmentos normais de mucosa e denudação extensa vista à inspeção endoscópica. No entanto, o exame de fezes se tornou uma forma mais segura de diagnosticar colite por C difficile que a avaliação endoscópica da doença aguda e do cólon inflamado.
colite infecciosa
vírus da imunodeficiência humana (HIV)/síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS)/imunossupressão
descontinuação de medicamentos para tratamento da doença inflamatória intestinal
A descontinuação ou redução significativa da posologia de medicamentos terapêuticos, tais como corticosteroides, sulfassalazina ou outros aminossalicilatos, pode desencadear o desenvolvimento de megacólon tóxico em pacientes com doença inflamatória intestinal.[17]
Fracos
imunossupressão quimioterápica/química
anormalidades eletrolíticas
Vários estudos relataram anormalidades eletrolíticas na colite tóxica/megacólon tóxico, especialmente hipocalemia; no entanto, ainda é discutível se tal poderá ser a causa ou um efeito. A correção das anormalidades eletrolíticas, no entanto, é o objetivo do tratamento primário.
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