Caso clínico

Caso clínico #1

Uma mulher saudável de 63 anos de idade apresenta uma história de mais de 7 anos de incontinência fecal e urinária. A incontinência fecal é caracterizada por urgência, sendo incapaz de adiar a defecação por mais de 1 a 2 minutos após a vontade de evacuar. Muitas vezes ela não percebe as perdas involuntárias e precisa usar absorventes constantemente. Embora faça exercícios para o assoalho pélvico, ela tem observado uma deterioração gradual de seus sintomas a ponto de estar virtualmente restrita a sua residência. Os passeios ocasionais são geralmente limitados aos locais com fácil acesso a sanitários. Sua história obstétrica consiste em dois partos vaginais, sendo que o primeiro necessitou do uso de fórceps e resultou em uma laceração que foi reparada no momento do parto.

Caso clínico #2

Uma mulher de 85 anos de idade, residente em uma instituição asilar e com demência grave, é trazida por seu cuidador. O cuidador descreve que a paciente tem apresentado encoprese perianal e diarreia líquida constantes. O exame físico revela escoriação perianal acentuada, ânus patuloso e um grande bolo fecal endurecido preenchendo o reto.

Outras apresentações

A interação complexa entre fatores subjacentes contribuintes resulta em uma variedade de apresentações. Elas podem incluir urgência e impossibilidade de adiar a defecação até um momento socialmente aceitável; perda involuntária passiva ou eliminação de gases ou fezes sem que seja percebido; ou o vazamento indesejado de fezes com evacuação e continência normais. Uma doença intestinal resultando em trânsito fecal rápido (por exemplo, doença intestinal funcional, gastroenterite, doença inflamatória intestinal, câncer de intestino) pode subjugar um assoalho pélvico normal. O início súbito e persistente da incontinência em um paciente até então sem fatores desencadeantes deve servir de alerta ao médico para descartar tais processos de doenças subjacentes.

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