Prognóstico

Com diagnóstico correto e oportuno, tratamento imediato e apropriado, e monitoramento cuidadoso, o prognóstico geral para pacientes com aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA) é bom.[5] Se não tratada, a ABPA pode evoluir e causar bronquiectasia e fibrose, resultando em perda da função pulmonar.

Devido ao amplo espectro da atividade da doença, que pode ser classificada como estágio 1 a 5, o diagnóstico pode ser mais fácil na doença grave, mas o diagnóstico precoce em pacientes com doença leve é ideal para prevenir a evolução para estágios mais avançados da doença.[22]

Estágio 1: agudo

A exacerbação aguda geralmente responde bem aos corticosteroides sistêmicos, que podem prevenir a destruição brônquica. A administração de corticosteroides em doses moderadas pode ser considerada para prevenir efeitos colaterais, e pode ser tão eficaz quanto corticosteroides administrados em doses altas.[76]

Estágio 2: remissão

Nesse estágio, o paciente não apresenta sintomas agudos e infiltrados nem faz uso de corticosteroides sistêmicos por >6 meses. A evolução típica desse estágio é a de uma doença estável, com monitoramento de rotina da função pulmonar e medicamentos de manutenção da asma.

Estágio 3: exacerbação

Esse diagnóstico é feito em um paciente com diagnóstico prévio de ABPA que apresenta recorrência dos sintomas, ou que é assintomático mas apresentou elevação da imunoglobulina E (IgE) sérica total >100% da linha basal no monitoramento. A instituição imediata de corticosteroides orais geralmente remite a exacerbação, mas a falta de melhora após 2 meses de tratamento com a prednisolona sugere um prognóstico negativo.

Estágio 4: asma dependente de corticosteroides

Esse é o estágio mais comum no qual a ABPA é diagnosticada.[72]

Infelizmente, nesse estágio, o paciente não consegue deixar de tomar corticosteroides orais sem ter uma exacerbação. A essa altura da evolução já ocorreu bronquiectasia.

Estágio 5: fibrose de estágio terminal

Esse é o segundo estágio mais comum em que se faz um diagnóstico de ABPA e é o que apresenta o pior prognóstico devido às alterações pulmonares restritivas e obstrutivas irreversíveis que ocorreram nesse ponto.

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