Novos tratamentos
Oxigenoterapia hiperbárica (OHB)
A OHB foi defendida por alguns médicos com base em seus efeitos benéficos na cicatrização de feridas cutâneas, mas faltam estudos prospectivos controlados para demonstrar sua eficácia.[1][55] A OHB pode ser considerada se estiver prontamente disponível; porém, seu uso não deve protelar o desbridamento cirúrgico ou o tratamento antibiótico adequado.
Antibióticos mais recentes
Deve-se procurar a orientação de um especialista em doenças infecciosas caso algum desses agentes seja considerado. Antibióticos com atividade contra organismos Gram-positivos (incluindo MRSA) - como o lipoglicopeptídeo oritavancina, a aminometilciclina omadaciclina (o espectro inclui bactérias aeróbicas, anaeróbicas e atípicas Gram positivas e Gram-negativas), e a fluoroquinolona delafloxacina - podem ser considerados para inclusão em um esquema antimicrobiano para fasciite necrosante.[56][57][58] No entanto, os dados clínicos que dão suporte ao seu uso são limitados. Embora não tenham sido especificamente aprovadas pela Food and Drug Administration dos EUA para infecções bacterianas agudas da pele e da estrutura da pele, ceftazidima/avibactam e meropeném/vaborbactam oferecem um espectro de atividades contra organismos Gram-negativos resistentes, incluindo aqueles com beta-lactamases de espectro estendido e algumas carbapenamases. A eficácia desses agentes não foi rigorosamente demonstrada na fasciite necrosante. Com exceção do uso em padrões incomuns e específicos de resistência a antibióticos em um organismo causador isolado, até o momento não há evidências convincentes para recomendar seu uso em fasciite necrosante.
Reltecimode
Reltecimode é um antagonista do receptor de linfócitos T CD28 que atua de maneira precoce na resposta imune do hospedeiro ao inibir a ativação de células T, modulando assim a inflamação aguda que causa insuficiência de sistemas de órgãos. Ele foi avaliado para suspeita de disfunção ou insuficiência de órgãos em pacientes com ≥12 anos de idade e com infecção de tecidos moles necrosante, em conjunto com desbridamento cirúrgico, antibioticoterapia e cuidados de suporte. Em um ensaio clínico randomizado e controlado de fase 3, reltecimode não demonstrou melhora significativa em um desfecho composto para pacientes com infecções de tecidos moles necrosantes; no entanto, ele foi associado com uma melhor resolução da disfunção de órgãos e estado na alta hospitalar.[59] Outros agentes imunomoduladores podem desempenhar um papel no tratamento da fasciite necrosante no futuro.
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