Epidemiologia

A má absorção de lactose está presente em aproximadamente 70% da população mundial, embora nem todos demonstrem os sintomas de intolerância à lactose.[4]​ A prevalência da intolerância à lactose é incerta, pois ela é mais difícil de ser mensurada.[5][6][7]​​ A forma primária da deficiência de lactase é a mais comum, enquanto a deficiência de lactase congênita é extremamente rara (<50 casos relatados em todo o mundo).[1][3][4]​​​​​​​

Nos EUA, a deficiência de lactase primária é muito mais comum em afro-americanos, índios norte-americanos, hispânicos, latinos e americanos asiáticos que em norte-americanos brancos.[2][8][9][10]​ Os norte-americanos, pessoas brancas do norte da Europa e australianos têm as menores taxas, variando de 2% a 15%.[2][8]​ Por outro lado, a prevalência da deficiência de lactase é de 50% a 80% na população sul-americana; cerca de 60% a 80% em africanos e judeus; e quase 100% em populações de índios norte-americanos e algumas populações do Leste Asiático.[2][9][10][11]

O declínio relacionado à idade na expressão de lactase geralmente se completa durante a infância, mas esse declínio também foi relatado posteriormente, na adolescência, especialmente em pessoas brancas.[10][12] O nível eventual e o tempo envolvido na perda da atividade de lactase variam consideravelmente de acordo com a etnia.[1][10] Chineses e japoneses perdem 80% a 90% da atividade em até 3-4 anos após o desmame; judeus e asiáticos perdem 60% a 70% ao longo de vários anos após o desmame; e, em pessoas brancas do norte da Europa e norte-americanos, pode levar de 18-20 anos para a atividade de lactase atingir seus níveis mais baixos.[1][3] Uma prevalência mais baixa de não persistência da lactase é observada em pacientes de etnia mista, onde uma alta prevalência é detectada no grupo étnico nativo.[13]

O início tipicamente é sutil e progressivo na deficiência de lactase primária, e a maioria das pessoas tem sintomas de intolerância pela primeira vez no final da adolescência e na fase adulta.[2][3]​ Em comparação com pessoas brancas do norte da Europa, norte-americanos e australianos, a manifestação ocorre antes nos nativos norte-americanos, afro-americanos, norte-americanos asiáticos e hispânicos/latinos.[2][3][9][10]​ A doença secundária é mais comum nas crianças, especialmente nos países em desenvolvimento, onde infecções são a causa comum.[14]

Ambos os sexos são igualmente afetados.

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