A prevenção do bruxismo deve ser vista como secundária (isto é, prevenção das suas consequências clínicas negativas) ou terciária (isto é, redução do impacto negativo das consequências clínicas).
A partir de uma perspectiva dentária, é importante enfatizar que as terapias oclusais (restaurações, equilibração e quaisquer alterações oclusais irreversíveis) não são recomendadas como uma estratégia de prevenção para o manejo do bruxismo.[19]Lobbezoo F, Ahlberg J, Manfredini D, et al. Are bruxism and the bite causally related? J Oral Rehabil. 2012;39:489-501.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22489928?tool=bestpractice.com
Além disso, elas devem ser consideradas fontes desnecessárias de tratamento excessivo, e as preocupações éticas associadas a tais procedimentos devem ser sempre consideradas.[130]Reid KI, Greene CS. Diagnosis and treatment of temporomandibular disorders: an ethical analysis of current practices. J Oral Rehabil. 2013 Jul;40(7):546-61.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23691977?tool=bestpractice.com
[131]Manfredini D, Bucci MB, Montagna F, et al. Temporomandibular disorders assessment: medicolegal considerations in the evidence-based era. J Oral Rehabil. 2011 Feb;38(2):101-19.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20726941?tool=bestpractice.com
Consequências negativas do bruxismo, como desgaste dentário grave, fratura de restaurações dentárias ou complicações em implantes dentários, podem ser prevenidas com o uso de aparelhos intraorais, como placa oclusal.[99]Macedo CR, Silva AB, Machado MA, et al. Occlusal splints for treating sleep bruxism (tooth grinding). Cochrane Database Syst Rev. 2007;4:CD005514.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD005514.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17943862?tool=bestpractice.com
Futuros estudos sobre estratégias de prevenção podem se beneficiar da inclusão de abordagens de reeducação comportamental cognitiva, com base no novo consenso do bruxismo como um comportamento que reflete as condições subjacentes.[47]Raphael KG, Santiago V, Lobbezoo F. Is bruxism a disorder or a behaviour? Rethinking the international consensus on defining and grading of bruxism. J Oral Rehabil. 2016;43:791-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27283599?tool=bestpractice.com
[132]Manfredini D, De Laat A, Winocur E, et al. Why not stop looking at bruxism as a black/white condition? Aetiology could be unrelated to clinical consequences. J Oral Rehabil. 2016;43:799-801.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27545318?tool=bestpractice.com