O conhecimento epidemiológico atual está, em sua maior parte, relacionado com o bruxismo durante o sono (BS).[7]Melo G, Duarte J, Pauletto P, et al. Bruxism: an umbrella review of systematic reviews. J Oral Rehabil. 2019 Jul;46(7):666-90.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30993738?tool=bestpractice.com
Os dados sobre a prevalência e o ciclo natural do bruxismo durante a vigília (BV) são limitados, pois a maioria dos dados vem de autorrelatos retrospectivos de pontos de observação únicos.[8]Manfredini D, Winocur E, Guarda-Nardini L, et al. Epidemiology of bruxism in adults: a systematic review of the literature. J Orofac Pain. 2013;27:99-110.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23630682?tool=bestpractice.com
[9]Bracci A, Lobbezoo F, Häggman-Henrikson B, et al. Current knowledge and future perspectives on awake bruxism assessment: expert consensus recommendations. J Clin Med. 2022 Aug 30;11(17):5083.
https://www.mdpi.com/2077-0383/11/17/5083
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36079013?tool=bestpractice.com
Esses estudos estão sujeitos a viés de memória e não têm informações sobre a frequência dos sintomas.
Uma revisão sistemática que examinou a prevalência global de BS e BV em populações adultas e pediátricas relatou uma prevalência de 21% e 23%, respectivamente.[10]Zieliński G, Pająk A, Wójcicki M. Global prevalence of sleep bruxism and awake bruxism in pediatric and adult populations: a systematic review and meta-analysis. J Clin Med. 2024 Jul 22;13(14):4259.
https://www.mdpi.com/2077-0383/13/14/4259
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39064299?tool=bestpractice.com
A prevalência de BV, com base na polissonografia (PSG), foi estimada em 43%. Outra revisão sistemática que examinou a prevalência de BS apenas em crianças relatou uma variação de 3.5% a 40.6%.[11]Manfredini D, Restrepo C, Diaz-Serrano K, et al. Prevalence of sleep bruxism in children: a systematic review of the literature. J Oral Rehabil. 2013;40:631-42.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23700983?tool=bestpractice.com
Entretanto, é importante observar que a interpretação e generalização de dados de prevalência devem ser abordadas com cautela, dada a baixa qualidade metodológica da literatura disponível. Possíveis deficiências diagnósticas estão presentes na maioria dos estudos incluídos, pois os diagnósticos podem ser baseados, exclusivamente, em dados autorrelatados pelos pacientes ou pelos pais.[8]Manfredini D, Winocur E, Guarda-Nardini L, et al. Epidemiology of bruxism in adults: a systematic review of the literature. J Orofac Pain. 2013;27:99-110.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23630682?tool=bestpractice.com
[11]Manfredini D, Restrepo C, Diaz-Serrano K, et al. Prevalence of sleep bruxism in children: a systematic review of the literature. J Oral Rehabil. 2013;40:631-42.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23700983?tool=bestpractice.com
[12]Emídio CAS, Santos LFN, Carneiro DPA, et al. Behavioral and clinical aspects associated with probable sleep bruxism in early childhood. Rev Odontol UNESP. 2020;49:e20200044.
https://www.scielo.br/j/rounesp/a/CFLqr7KgSgnrZ56DZbPsCkj/?lang=en&format=pdf
Em um estudo de PSG epidemiológico, a prevalência de BS, rastreada por questionários e confirmada por PSG, foi de 5.5%.[13]Maluly M, Andersen ML, Dal-Fabbro C, et al. Polysomnographic study of the prevalence of sleep bruxism in a population sample. J Dent Res. 2013;92:97S-103.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23690359?tool=bestpractice.com
Com a PSG usada exclusivamente como critério de diagnóstico, a prevalência foi de 7.4% (sem levar em consideração a presença ou ausência de queixas de BS autorrelatadas). Somente com questionários, a prevalência aumentou para 12.5%.
Foi observada uma associação positiva entre BS e insônia, maior escolaridade e índice de massa corporal normal/sobrepeso.[13]Maluly M, Andersen ML, Dal-Fabbro C, et al. Polysomnographic study of the prevalence of sleep bruxism in a population sample. J Dent Res. 2013;92:97S-103.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23690359?tool=bestpractice.com
O bruxismo pode apresentar predileção por sexo e ser mais comum entre mulheres.[10]Zieliński G, Pająk A, Wójcicki M. Global prevalence of sleep bruxism and awake bruxism in pediatric and adult populations: a systematic review and meta-analysis. J Clin Med. 2024 Jul 22;13(14):4259.
https://www.mdpi.com/2077-0383/13/14/4259
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39064299?tool=bestpractice.com
[14]Wetselaar P, Vermaire EJH, Lobbezoo F, et al. The prevalence of awake bruxism and sleep bruxism in the Dutch adult population. J Oral Rehabil. 2019 Jul;46(7):617-23.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/joor.12787
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30830687?tool=bestpractice.com
Foi demonstrado que a prevalência diminui com a idade.[8]Manfredini D, Winocur E, Guarda-Nardini L, et al. Epidemiology of bruxism in adults: a systematic review of the literature. J Orofac Pain. 2013;27:99-110.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23630682?tool=bestpractice.com