Caso clínico
Caso clínico
Uma criança de 6 anos comparece à clínica em fevereiro com máculas vermelhas e brilhantes nas bochechas e erupção reticular, de aspecto rendilhado, nos membros e no tronco. A mãe relata que na semana anterior o filho teve sintomas leves de resfriado. A não ser pelo exantema, a criança parece saudável.
Outras apresentações
Em adultos com parvovírus B19, a poliartropatia simétrica autolimitada das pequenas articulações geralmente é a queixa mais comum e pode ou não vir acompanhada pelo exantema típico. Além do eritema infeccioso, outro exantema causado pelo parvovírus B19 é aquele da síndrome purpúrico-papular em "luvas e meias". Essa erupção é caracterizada classicamente por edema doloroso, prurido e púrpura e petéquias acentuadamente marginadas das mãos e dos pés. A síndrome purpúrico-papular em "luvas e meias" pode estar associada à febre, a lesões mucocutâneas ou a lesões morfologicamente similares fora da distribuição típica.[1] Ao contrário do eritema infeccioso, essa erupção é associada a viremia e a infectividade concomitantes. Os pacientes imunocomprometidos (por exemplo, pacientes com vírus da imunodeficiência humana [HIV], pacientes em quimioterapia ou imunossupressão após transplante ou com imunodeficiências congênitas) podem não apresentar o eritema infeccioso clássico, mas podem desenvolver anemia crônica /aplasia pura da série vermelha resultante de infecção persistente pelo parvovírus B19.[2] Podem ocorrer complicações, incluindo crise aplástica transitória, em pessoas com elevada renovação ("turnover")/destruição de eritrócitos (por exemplo, indivíduos com esferocitose hereditária, doença falciforme, talassemia, anemia ferropriva), e a infecção em gestantes pode resultar em anemia fetal grave e em hidropisia fetal. Casos raros de nefrite, hepatite e doença neurológica associadas à infecção por parvovírus B19 foram relatados.[3][4][5][6] Além disso, em crianças, o parvovírus foi atribuído à cardiomiopatia.[7]
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