Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

conjuntivite alérgica (sazonal/perene)

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1ª linha – 

medidas de suporte

Conjuntivite alérgica leve refere-se a olhos vermelhos lacrimejantes e com prurido; em geral, ocorre sazonalmente e responde a medidas de suporte, incluindo lágrimas artificiais e compressas frias.

As lágrimas artificiais ajudam a diluir diversos alérgenos e mediadores inflamatórios possivelmente presentes na superfície ocular. Os pacientes também podem usar óculos escuros como barreira contra alérgenos, evitar coçar os olhos e evitar os alérgenos conhecidos. Roupa de cama hipoalergênica, produtos de higiene para a pálpebra, tomar banho antes de deitar e lavagem frequente das roupas também podem ser úteis.[1]

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1ª linha – 

estabilizador de mastócito ± anti-histamínico

A conjuntivite alérgica moderada refere-se a olhos vermelhos lacrimejantes e pruriginosos; em geral, ocorre sazonalmente e responde a anti-histamínicos tópicos (por exemplo, alcaftadina, feniramina) e/ou estabilizadores de mastócitos (por exemplo, cromoglicato de sódio, lodoxamida).[63][102][103]

Existem vasoconstritores (como a nafazolina) presentes em algumas preparações de anti-histamínicos tópicos para alívio adicional de curta duração da injeção vascular.

Medicamentos com atividade anti-histamínica e estabilizadora de mastócitos incluem azelastina, bepotastina, epinastina, olopatadina e cetotifeno.[67][68][69]

Anti-histamínicos orais, que têm ação mais prolongada, podem ser usados em associação com, ou no lugar de, anti-histamínicos tópicos. Anti-histamínicos mais recentes são preferíveis porque são menos sedativos. Eles incluem fexofenadina, loratadina e cetirizina.

Embora sejam comumente usados, os anti-histamínicos orais podem causar ou agravar a síndrome do olho seco e comprometer o filme lacrimal, além de agravar a conjuntivite alérgica. O uso simultâneo de lágrimas artificiais pode melhorar a deficiência de lágrimas e diluir os alérgenos e mediadores inflamatórios na superfície do olho.[1]

Opções primárias

cromoglicato de sódio (solução oftálmica): (2%) 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) a cada 4-6 horas

ou

lodoxamida (solução oftálmica): (0.1%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

--E/OU--

alcaftadina (solução oftálmica): (0.25%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) uma vez ao dia

ou

nafazolina/feniramina (solução oftálmica): (0.025%/0.3%) crianças ≥6 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) até quatro vezes ao dia

ou

azelastina (solução oftálmica): (0.05%) crianças ≥3 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia

ou

bepotastina oftálmica: (1.5%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia

ou

epinastina (solução oftálmica): (0.05%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia

ou

olopatadina (solução oftálmica): (0.1%) crianças ≥3 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia; (0.2%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) uma vez ao dia

ou

cetotifeno (solução oftálmica): (0.025%) crianças ≥3 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia

--E/OU--

cetirizina: crianças de 6-11 meses de idade: 2.5 mg por via oral uma vez ao dia quando necessário; crianças com 1-5 anos de idade: 2.5 a 5 mg/dia por via oral quando necessário administrados em 1-2 doses fracionadas; crianças ≥6 anos de idade e adultos: 5-10 mg por via oral uma vez ao dia quando necessário

ou

loratadina: crianças de 2 a 5 anos de idade: 5 mg por via oral uma vez ao dia quando necessário; crianças ≥6 anos de idade e adultos: 10 mg por via oral uma vez ao dia quando necessário

ou

fexofenadina: crianças de 2 a 11 anos de idade: 30 mg por via oral, duas vezes ao dia, quando necessário; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 180 mg por via oral uma vez ao dia ou 60 mg duas vezes ao dia quando necessário

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associado a – 

medidas de suporte

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

As medidas de suporte incluem lágrimas artificiais e compressas frias. As lágrimas artificiais ajudam a diluir diversos alérgenos e mediadores inflamatórios possivelmente presentes na superfície ocular. Os pacientes também podem usar óculos escuros como barreira contra alérgenos, evitar coçar os olhos e evitar os alérgenos conhecidos. Roupa de cama hipoalergênica, produtos de higiene para a pálpebra, tomar banho antes de deitar e lavagem frequente das roupas também podem ser úteis.[1]

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Considerar – 

anti-inflamatório não esteroidal tópico

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Anti-inflamatórios não esteroidais tópicos, como cetorolaco, diclofenaco, bronfenaco e nepafenaco, podem ser adicionados caso haja necessidade de um efeito anti-inflamatório adicional.

Opções primárias

cetorolaco (solução oftálmica): (0.5%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

ou

nepafenaco (solução oftálmica): (0.1%) crianças ≥10 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) três vezes ao dia; (0.3%) crianças ≥10 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) uma vez ao dia

ou

diclofenaco (solução oftálmica): (0.1%) adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

ou

bronfenaco (solução oftálmica): (0,09%) adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) uma ou duas vezes ao dia (dependendo da formulação)

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1ª linha – 

estabilizador de mastócito ± anti-histamínico

Doença alérgica grave refere-se à presença de sintomas durante todo o ano, e está associada a uma inflamação maior que na doença moderada.

Utilize estabilizadores de mastócitos (por exemplo, cromoglicato de sódio, lodoxamida) e/ou anti-histamínicos tópicos (por exemplo, alcaftadina, feniramina) em associação com um corticosteroide tópico ou ciclosporina.[63][102][103]

Existem vasoconstritores (como a nafazolina) presentes em algumas preparações de anti-histamínicos tópicos para alívio adicional de curta duração da injeção vascular.

Medicamentos com atividade anti-histamínica e estabilizadora de mastócitos incluem azelastina, bepotastina, epinastina, olopatadina e cetotifeno.[1][67][68][69]

Anti-histamínicos orais, que têm ação mais prolongada, podem ser usados em associação com, ou no lugar de, anti-histamínicos tópicos. Anti-histamínicos mais recentes são preferíveis porque são menos sedativos. Eles incluem fexofenadina, loratadina e cetirizina.

Embora sejam comumente usados, os anti-histamínicos orais podem causar ou agravar a síndrome do olho seco e comprometer o filme lacrimal, além de agravar a conjuntivite alérgica. O uso simultâneo de lágrimas artificiais pode melhorar a deficiência de lágrimas e diluir os alérgenos e mediadores inflamatórios na superfície do olho.[1][33]

Opções primárias

cromoglicato de sódio (solução oftálmica): (2%) 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) a cada 4-6 horas

ou

lodoxamida (solução oftálmica): (0.1%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

--E/OU--

alcaftadina (solução oftálmica): (0.25%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) uma vez ao dia

ou

nafazolina/feniramina (solução oftálmica): (0.025%/0.3%) crianças ≥6 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) até quatro vezes ao dia

ou

azelastina (solução oftálmica): (0.05%) crianças ≥3 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia

ou

bepotastina oftálmica: (1.5%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia

ou

epinastina (solução oftálmica): (0.05%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia

ou

olopatadina (solução oftálmica): (0.1%) crianças ≥3 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia; (0.2%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) uma vez ao dia

ou

cetotifeno (solução oftálmica): (0.025%) crianças ≥3 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia

--E/OU--

cetirizina: crianças de 6-11 meses de idade: 2.5 mg por via oral uma vez ao dia quando necessário; crianças com 1-5 anos de idade: 2.5 a 5 mg/dia por via oral quando necessário administrados em 1-2 doses fracionadas; crianças ≥6 anos de idade e adultos: 5-10 mg por via oral uma vez ao dia quando necessário

ou

loratadina: crianças de 2 a 5 anos de idade: 5 mg por via oral uma vez ao dia quando necessário; crianças ≥6 anos de idade e adultos: 10 mg por via oral uma vez ao dia quando necessário

ou

fexofenadina: crianças de 2 a 11 anos de idade: 30 mg por via oral, duas vezes ao dia, quando necessário; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 180 mg por via oral uma vez ao dia ou 60 mg duas vezes ao dia quando necessário

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associado a – 

ciclosporina ou corticosteroide tópico

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A doença alérgica grave ou resistente pode exigir um tratamento adicional com um ciclo curto (1 a 2 semanas) de corticosteroides tópicos.[1]​​[73] Esse tratamento pode ser usado em associação com anti-histamínicos tópicos ou orais e estabilizadores de mastócitos. Considere encaminhamento a um oftalmologista. Somente oftalmologistas devem prescrever corticosteroides tópicos.

A ciclosporina tópica proporciona alívio com efeitos poupadores de corticosteroides. Ela pode ser considerada como segunda linha em vez dos corticosteroides para secura e inflamação ocular na conjuntivite alérgica grave. Ela também pode ser particularmente eficaz como tratamento de segunda linha para conjuntivite atópica ou primaveril grave.​[1][8][9][13]​​​[77][78][79][80]

Opções primárias

loteprednol (solução oftálmica): (0.5%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

ou

prednisolona (solução oftálmica): (1%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

Opções secundárias

ciclosporina (solução oftálmica): (solução a 0.05% ou 0.09% ou 0.01%) adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia

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associado a – 

medidas de suporte

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

As medidas de suporte incluem lágrimas artificiais e compressas frias. As lágrimas artificiais ajudam a diluir diversos alérgenos e mediadores inflamatórios possivelmente presentes na superfície ocular. Os pacientes também podem usar óculos escuros como barreira contra alérgenos, evitar coçar os olhos e evitar os alérgenos conhecidos. Roupa de cama hipoalergênica, produtos de higiene para a pálpebra, tomar banho antes de deitar e lavagem frequente das roupas também podem ser úteis.[1]

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Considerar – 

anti-inflamatório não esteroidal tópico

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Anti-inflamatórios não esteroidais tópicos, como cetorolaco, diclofenaco, bronfenaco e nepafenaco, podem ser adicionados, se preciso, caso haja necessidade de um efeito anti-inflamatório adicional.

Opções primárias

cetorolaco (solução oftálmica): (0.5%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

ou

nepafenaco (solução oftálmica): (0.1%) crianças ≥10 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) três vezes ao dia; (0.3%) crianças ≥10 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) uma vez ao dia

ou

diclofenaco (solução oftálmica): (0.1%) adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

ou

bronfenaco (solução oftálmica): (0,09%) adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) uma ou duas vezes ao dia (dependendo da formulação)

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Considerar – 

imunoterapia com alérgenos específicos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A imunoterapia de alérgenos específicos pode ser uma opção para pacientes que apresentam doença que não pode ser controlada com medicamentos tópicos e anti-histamínicos orais.[1]

conjuntivite bacteriana

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1ª linha – 

considerar antibióticos de amplo espectro tópicos

A conjuntivite bacteriana leve geralmente é autolimitada e pode não exigir antibioticoterapia.[1]​ No entanto, em comparação com o placebo, os antibióticos estão associados a uma resolução modestamente melhorada dos sinais ou sintomas nos dias 4 a 9.[81]​​[82] [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​​​

Considere antibióticos tópicos de amplo espectro, como eritromicina, azitromicina ou polimixina/trimetoprima, como terapia de primeira linha.[81][85][86][87]

As alternativas incluem bacitracina, polimixina/bacitracina ou sulfacetamida.[81]

Antibióticos devem ser continuados por 7 a 10 dias.

Opções primárias

azitromicina (solução oftálmica): (1%) crianças ≥1 ano de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia por 2 dias, depois uma vez ao dia por 5 dias

ou

eritromicina oftálmica: (0.5%) crianças e adultos: aplicar no(s) olho(s) afetado(s) até seis vezes ao dia

ou

polimixina B/trimetoprima (solução oftálmica): (10,000 unidades/mL; 1 mg/mL) crianças ≥2 meses de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) a cada 3 horas até seis vezes ao dia

Opções secundárias

bacitracina (solução oftálmica): (500 unidades/g) crianças e adultos: aplicar no(s) olho(s) afetado(s) a cada 3-4 horas

ou

sulfacetamida oftálmica: (solução a 10%) crianças com ≥2 meses de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) a cada 2-3 horas; (pomada a 10%) crianças ≥2 meses de idade e adultos: aplicar no(s) olho(s) afetado(s) a cada 3-4 horas e ao deitar

ou

bacitracina/polimixina B oftálmica: (500 unidades/g; 10,000 unidades/g) crianças e adultos: aplicar no(s) olho(s) afetado(s) a cada 3-4 horas

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1ª linha – 

fluoroquinolona tópica

Considere fluoroquinolonas tópicas para as mais diversas infecções bacterianas graves. Elas também podem ser usadas caso se tenha conhecimento de resistência bacteriana a outros antibacterianos. Os pacientes imunocomprometidos devem iniciar uma fluoroquinolona tópica como terapia de primeira linha.[1]​​[83][88][89][94][95]

Antibióticos devem ser continuados por 7 dias.

Opções primárias

besifloxacina (solução oftálmica): (0.6%) crianças ≥1 ano de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) três vezes ao dia

ou

ofloxacino oftálmico: (0.3%) crianças ≥1 ano de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) a cada 2-4 horas por 2 dias, depois quatro vezes ao dia

ou

ciprofloxacino oftálmico: (0.3%) crianças e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) a cada 2 horas por 2 dias, depois a cada 4 horas

ou

levofloxacino (solução oftálmica): (0.5%) crianças ≥6 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) a cada 2 horas até oito vezes ao dia por 2 dias, depois a cada 4 horas até quatro vezes ao dia

ou

moxifloxacino (solução oftálmica): (0.5%) crianças e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) três vezes ao dia

ou

gatifloxacino (solução oftálmica): (0.5%) crianças ≥1 ano de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) a cada 2 horas até oito vezes ao dia por 1 dia, depois duas a quatro vezes ao dia

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1ª linha – 

antibióticos tópicos associados a antibióticos sistêmicos

É provável que a conjuntivite bacteriana hiperaguda seja causada por Neisseria gonorrhoeae.

Ela requer tratamento sistêmico com dose única de ceftriaxona e tratamento simultâneo para coinfecção por clamídia com doxiciclina ou azitromicina orais.[1][96]

O tratamento tópico com bacitracina ou ciprofloxacino geralmente é usado em associação com a terapia oral.[1]

Consulte nosso tópico sobre Infecção por gonorreia para obter informações sobre esquemas medicamentosos.

conjuntivite por clamídia (inclusão)

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1ª linha – 

antibióticos tópicos associados a antibióticos sistêmicos

A conjuntivite por clamídia que ocorre em países desenvolvidos também é conhecida como "conjuntivite de inclusão". É causada pelos sorotipos D a K da Chlamydia trachomatis e é transmitida sexualmente. A conjuntivite por clamídia causada por C trachomatis sorotipos A, B e C é conhecida como tracoma e é principalmente limitada a áreas sem acesso adequado a água potável e saneamento.[1]​ Para obter mais informações sobre o tracoma, consulte Tracoma.

A conjuntivite por clamídia requer tratamento com antibióticos orais. Geralmente, os antibióticos tópicos também são usados.[1]

Opções primárias

azitromicina: crianças <45 kg: 20 mg/kg por via oral em dose única, máximo de 1 g/dose; crianças >45 kg e adultos: 1 g por via oral em dose única

ou

doxiciclina: crianças ≥8 anos de idade e adultos: 100 mg por via oral duas vezes ao dia por 7 dias

--E--

azitromicina (solução oftálmica): (1%) crianças ≥1 ano de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia por 2 dias, depois uma vez ao dia por 5 dias

ou

eritromicina oftálmica: (0.5%) crianças e adultos: aplicar no(s) olho(s) afetado(s) até seis vezes ao dia

conjuntivite viral

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1ª linha – 

anti-histamínico tópico

O alívio sintomático do prurido pode ser alcançado com o uso de anti-histamínicos tópicos.

Opções primárias

alcaftadina (solução oftálmica): (0.25%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) uma vez ao dia

ou

nafazolina/feniramina (solução oftálmica): (0.025%/0.3%) crianças ≥6 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) até quatro vezes ao dia

ou

azelastina (solução oftálmica): (0.05%) crianças ≥3 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia

ou

bepotastina oftálmica: (1.5%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia

ou

epinastina (solução oftálmica): (0.05%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia

ou

olopatadina (solução oftálmica): (0.1%) crianças ≥3 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia; (0.2%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) uma vez ao dia

ou

cetotifeno (solução oftálmica): (0.025%) crianças ≥3 anos de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia

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associado a – 

medidas de suporte

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

As medidas de suporte incluem lágrimas artificiais e compressas frias.

Uma toalha fria e úmida pode ser colocada sobre a área do olho para alívio sintomático.

Analgésicos orais também podem proporcionar alívio.[1]

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Considerar – 

corticosteroide tópico

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A conjuntivite adenoviral associada à presença de uma pseudomembrana ou de infiltrados subepiteliais na córnea requer tratamento com corticosteroides tópicos. Somente oftalmologistas devem prescrever corticosteroides tópicos.

Os riscos oculares de longo prazo dos corticosteroides incluem cura tardia da ferida, infecção secundária, pressão intraocular elevada e formação de catarata; o loteprednol tem menos efeitos adversos que a prednisolona.

Opções primárias

loteprednol (solução oftálmica): (0.5%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

ou

prednisolona (solução oftálmica): (1%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

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Considerar – 

ganciclovir tópico

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Ganciclovir tópico pode ser considerado em casos de adenovírus confirmado, embora seu uso seja off-label.[97][98]

Opções primárias

ganciclovir (solução oftálmica): (0.15%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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1ª linha – 

observação ± antivirais tópicos ou orais

Geralmente, a conjuntivite por vírus do herpes simples (HSV) é autolimitada, mas pode requerer tratamento com antivirais tópicos ou orais na doença mais grave, principalmente se houver suspeita de comprometimento corneano.[1]​ Para o manejo da ceratite por HSV, consulte Ceratite.

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1ª linha – 

encaminhamento imediato a um oftalmologista

O encaminhamento imediato a um oftalmologista é necessário para todos os pacientes com manifestações oculares de infecção por herpes-zóster.[99] Consulte Infecção por herpes-zóster.

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1ª linha – 

observação ± remoção de lesões

As lesões geralmente remitem com o tempo; o ciclo natural da infecção é clearance espontâneo em 1-2 anos nos pacientes mais imunocompetentes, sendo mais prolongado em pacientes imunocomprometidos. As lesões podem precisar ser removidas em pacientes sintomáticos.[1]

conjuntivite neonatal

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1ª linha – 

encaminhamento imediato a um oftalmologista

Isso é uma inflamação conjuntival que ocorre nos 30 primeiros dias de vida. Também é conhecida como oftalmia neonatal. Geralmente é uma doença leve. No entanto, a infecção não tratada (por exemplo, com gonococo, clamídia, pseudomonas ou herpes) pode causar complicações que ameaçam a visão e infecções sistêmicas potencialmente graves.​[100] As complicações da conjuntivite neonatal causadas pela clamídia incluem vascularização superficial da córnea, cicatrização conjuntival e pneumonia. As complicações causadas pela infecção por gonorreia incluem cicatrização da córnea, ulceração, panoftalmite, perfuração do globo ocular e comprometimento visual permanente.​[100][101] Os pacientes com suspeita de conjuntivite neonatal devem ser encaminhados imediatamente ao setor de oftalmologia.[1]

relacionada às lentes de contato

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1ª linha – 

corticosteroide tópico

Um breve ciclo (1 a 2 semanas) de corticosteroides tópicos pode ser prescrito para reduzir a irritação e a inflamação. Somente oftalmologistas devem prescrever corticosteroides tópicos. O uso de lentes de contato deve ser descontinuado por 2 semanas ou mais, e o regime de cuidado com as lentes deve ser revisado e alterado para um sistema de cuidado das lentes sem conservantes. A ceratoconjuntivite relacionada a lentes de contato podem afetar potencialmente a função visual; portanto, deve-se considerar o encaminhamento a um oftalmologista.[1]

Opções primárias

loteprednol (solução oftálmica): (0.5%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

ou

prednisolona (solução oftálmica): (1%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

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Considerar – 

fluoroquinolona tópica

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Se for bacteriana, deve-se prescrever fluoroquinolonas tópicas.[1]​​[83][88][89][90][94][95]

Antibióticos devem ser continuados por 7 dias.

Opções primárias

besifloxacina (solução oftálmica): (0.6%) crianças ≥1 ano de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) três vezes ao dia

ou

ofloxacino oftálmico: (0.3%) crianças ≥1 ano de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) a cada 2-4 horas por 2 dias, depois quatro vezes ao dia

ou

ciprofloxacino oftálmico: (0.3%) crianças e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) a cada 2 horas por 2 dias, depois a cada 4 horas

ou

levofloxacino (solução oftálmica): (0.5%) crianças ≥6 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) a cada 2 horas até oito vezes ao dia por 2 dias, depois a cada 4 horas até quatro vezes ao dia

ou

moxifloxacino (solução oftálmica): (0.5%) crianças e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) três vezes ao dia

ou

gatifloxacino (solução oftálmica): (0.5%) crianças ≥1 ano de idade e adultos: 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) a cada 2 horas até oito vezes ao dia por 1 dia, depois duas a quatro vezes ao dia

conjuntivite mecânica

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1ª linha – 

medidas de suporte

Lubrificantes oculares podem ajudar no manejo de casos leves.[1]

O alívio temporário da síndrome da pálpebra flácida pode ser atingido mantendo os olhos do paciente fechados com ataduras ou fazendo com que ele use uma máscara protetora enquanto dorme.[1]

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Considerar – 

cirurgia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Procedimentos cirúrgicos, como encurtamento horizontal da espessura total da pálpebra superior, a fim de evitar que a pálpebra superior se sobreponha à inferior, podem ser considerados para casos mais graves.[1]

conjuntivite tóxica/química

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1ª linha – 

irrigação dos olhos e lágrimas artificiais ± corticosteroide

O olho deve ser lavado imediatamente após qualquer exposição, e o pH das lágrimas deve ser avaliado. A lavagem deve continuar até que o pH seja 7.

Lágrimas artificiais devem ser usadas com frequência para fornecer alívio sintomático.

Um ciclo curto de corticosteroides tópicos pode ser considerado se a inflamação persistir. Somente oftalmologistas devem prescrever corticosteroides tópicos.

Opções primárias

loteprednol (solução oftálmica): (0.5%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

ou

prednisolona (solução oftálmica): (1%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

conjuntivite relacionada a medicamentos

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1ª linha – 

descontinuar a medicação ± lágrimas artificiais ± corticosteroide

A descontinuação do medicamento que está causando a conjuntivite induzida por medicamento geralmente resulta na resolução gradativa dos sintomas ao longo de várias semanas ou meses.

Lágrimas artificiais sem conservantes podem oferecer alívio sintomático.

Se houver inflamação grave da conjuntiva ou da pálpebra, um breve ciclo de corticosteroides tópicos pode ser considerado. No entanto, somente oftalmologistas devem prescrever corticosteroides tópicos.

Opções primárias

loteprednol (solução oftálmica): (0.5%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

ou

prednisolona (solução oftálmica): (1%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia

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