História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores incluem exposição a contato infectado (risco específico para conjuntivite viral), exposição a alérgeno, sintomas do trato respiratório superior, exposição a irritantes ambientais e história de dermatite atópica.

lacrimejamento

Comum na conjuntivite alérgica.[1]​

secreção mucoide filamentosa

Mais comum em infecção alérgica que em infecção bacteriana ou viral.[8][9][18][19][20][42]

secreção purulenta

Mais comum na infecção bacteriana do que na infecção viral.[18][19][20][42] Secreção purulenta contínua por 12 a 24 horas pode indicar uma infecção gonocócica hiperaguda.

prurido como sintoma predominante

Mais comum na infecção alérgica que na viral, particularmente na conjuntivite alérgica sazonal.[8][9]

olho vermelho

A maioria das formas de conjuntivite pode se manifestar com hiperemia conjuntival (vasodilatação com hiperemia).[1]​

pálpebras coladas pela manhã

Ocorre nas infecções bacteriana e viral.[18][19][20][42]

linfadenopatia pré-auricular sensível à palpação

Mais comum na infecção viral do que na infecção bacteriana.[18][19][20][42] Também pode ocorrer na conjuntivite gonocócica e por clamídia.[1]​

Outros fatores diagnósticos

comuns

folículos conjuntivais

Presente na infecção viral.[18][19][20][42] Também pode ocorrer na conjuntivite induzida por medicamento.[1]​

quemose

A quemose, edema da conjuntiva, pode estar presente na conjuntivite alérgica, adenoviral e por clamídia.[1]​[8]

pálpebras edemaciadas

O edema palpebral pode estar presente na conjuntivite alérgica, mecânica, induzida por medicamento, gonocócica e por clamídia.[1]​[8]

ceratopatia ponteada superficial

Presente na conjuntivite viral e mecânica.[1]​[18][19][20][42]

sinais e sintomas unilaterais

Mais comum na infecção bacteriana do que na infecção viral.[18][19][20][42] Todas as formas de conjuntivite alérgica são bilaterais.[1]

uso de medicamentos que podem causar irritação ocular

Certos medicamentos tópicos e sistêmicos, como medicamentos tópicos para glaucoma, antibióticos e antivirais, e anti-histamínicos/anticolinérgicos orais, podem irritar os olhos e causar conjuntivite.[1]​

uso de lentes de contato

A conjuntivite papilar gigante pode ser causada pela interação mecânica crônica com lentes de contato. Usuários de lentes de contato gelatinosas têm alto risco de ceratite bacteriana, especialmente com lentes de uso prolongado.[1]​ Além disso, a substituição infrequente das lentes, o uso prolongado das lentes, a higiene inadequada das lentes, as soluções para lentes que são alergênicas, o alto conteúdo de água nas lentes e o mau encaixe das lentes aumentam a probabilidade de conjuntivite papilar gigante.[1]​

Incomuns

infiltrados subepiteliais da córnea

Pode estar presente em infecção viral e bacteriana.

pano da córnea

Pode estar presente em infecção viral e bacteriana.

erupção cutânea vesicular

Pode indicar infecção por herpes (simples ou varicela-zóster).[1]​

sintomas e sinais de doença sistêmica relacionada

Sintomas e sinais de rinite ou asma, ou ambos, podem estar presentes na conjuntivite alérgica.[8] Secreção geniturinária e disúria podem estar presentes na conjuntivite gonocócica ou por clamídia. sintomas de infecção respiratória do trato superior podem estar presentes na conjuntivite infecciosa. A conjuntivite bacteriana pode estar associada com a otite média bacteriana concomitante, sinusite ou faringite. Dermatite atópica pode estar presente na conjuntivite atópica. Também pode haver história de varicela (vírus da varicela-zóster), ou carcinoma, ou leucemia, ou doença do enxerto contra o hospedeiro, ou síndrome de Stevens-Johnson/necrólise epidérmica tóxica, todas associadas com a conjuntivite. Um estado imunocomprometido pode causar infecção ocular com molusco contagioso. A síndrome da pálpebra flácida, que está associada à obesidade e à apneia do sono, pode causar inversão crônica da pálpebra superior e trauma mecânico durante o sono. Também pode haver história de doença da superfície ocular concomitante.[1]​

Fatores de risco

Fortes

exposição a pessoas infectadas

A conjuntivite infecciosa é muito contagiosa.[1]​

infecção em um olho

A conjuntivite pode se disseminar de um olho ao outro, especialmente a conjuntivite viral.

agentes irritantes ambientais

Inclui poluição ao ar livre, tempestades de poeira, poluição do tráfego e fumaça de tabaco.[1]​[40]

exposição a alérgenos

Causa da conjuntivite alérgica. Inclui grama, árvores, pólen, tasneira, gatos, cachorros.[1]​[8][41]

infecção concomitante

Uma infecção respiratória do trato superior pode estar presente na conjuntivite infecciosa. A conjuntivite bacteriana pode estar associada com a otite média bacteriana concomitante, sinusite ou faringite.[1]​

acampamentos, piscinas, bases militares

Muitas vezes, é transmitida entre pessoas com contato próximo. A disseminação viral é mais prevalente que a disseminação bacteriana nessas situações.[18][19][20][42]

clima quente e seco

A prevalência da ceratoconjuntivite vernal varia muito geograficamente e tem variação sazonal, sendo maior em climas quentes e secos e com maior incidência em países africanos.[13]

​Afeta caracteristicamente homens jovens.[43][44]

dermatite atópica

Cerca de 25% das pessoas com dermatite atópica apresentam envolvimento ocular.[8][9]

uso de lentes de contato

A conjuntivite papilar gigante pode ser causada pela interação mecânica crônica com lentes de contato.[1]​ Os usuários de lentes de contato gelatinosas têm alto risco de ceratite bacteriana, especialmente com lentes de uso prolongado. Além disso, a substituição infrequente das lentes, o uso prolongado das lentes, a higiene inadequada das lentes, as soluções para lentes que são alergênicas, o alto conteúdo de água nas lentes e o mau encaixe das lentes aumentam a probabilidade de conjuntivite papilar gigante.[1]

próteses oculares

A conjuntivite papilar gigante pode ser causada por interação mecânica crônica com prótese.[1]

trauma: mecânico, químico ou ultravioleta

A síndrome da pálpebra flácida, que está associada à obesidade e à apneia do sono, pode causar inversão crônica da pálpebra superior e trauma mecânico durante o sono.

OS traumas mecânicos podem causar conjuntivite factícia e síndrome da pesca de muco.[45]

A conjuntivite tóxica/química é causada por irritação da conjuntiva pela exposição ambiental a produtos químicos (incluindo ácidos e bases). A luz ultravioleta pode predispor à neoplasia escamosa da superfície ocular e ao melanoma e também pode reativar o vírus do herpes simples.[1]​

cirurgia recente ou suturas expostas

Cirurgia recente ou suturas expostas podem aumentar a probabilidade de conjuntivite.[1]

rosácea

A rosácea pode ter manifestações oculares, inclusive olho vermelho e irritação.[1]

transplante alogênico de células-tronco

Pacientes que passaram por transplante alogênico de células-tronco podem apresentar conjuntivite associada à doença do enxerto contra o hospedeiro.[1]

Síndrome de Stevens-Johnson/necrólise epidérmica tóxica

Os pacientes com síndrome de Stevens-Johnson/necrólise epidérmica tóxica podem apresentar conjuntivite desencadeada por um medicamento específico ou agente infeccioso.[1]

infecção prévia com vírus do herpes simples

A reativação do vírus do herpes simples pode causar conjuntivite.[1]

no neonato: parto vaginal

Em um neonato, o parto vaginal com mãe infectada pode predispor à conjuntivite.[1]

disseminação oculogenital

Certos agentes infecciosos podem ser disseminados por via oculogenital; em crianças, isso pode ser sinal de abuso sexual.[1]

Fracos

asma

A conjuntivite alérgica é mais prevalente em pessoas com asma.

febre do feno

A conjuntivite alérgica é mais prevalente em pessoas com febre do feno.

uso de medicamentos tópicos para os olhos

Alguns medicamentos para os olhos (como medicamentos para glaucoma, antibióticos e antivirais) contêm o conservante cloreto de benzalcônio, que pode se acumular na conjuntiva após administração frequente, resultando potencialmente em ceratoconjuntivite tóxica.[30]

uso de anti-histamínicos ou anticolinérgicos orais

Os efeitos adversos de medicamentos por via oral com anti-histamínicos ou anticolinérgicos podem causar secura nos olhos, o que pode reduzir o mecanismo protetor do olho e predispor à conjuntivite.[33]

neoplasia

O carcinoma das glândulas sebáceas pode ser uma das causas da conjuntivite crônica. A radioterapia para este tipo de câncer pode induzir alterações patológicas na conjuntiva, incluindo perda de células caliciformes e glândulas lacrimais acessórias, causando secura e irritação. Neoplasia escamosa da superfície ocular, linfoma conjuntival e melanoma também podem estar associados à conjuntivite.[1]​

história de doença reumática

Mais comum na conjuntivite alérgica que nas formas virais e bacterianas.[46]

estados distireoidianos

Certos tipos de conjuntivite estão associados a estados distireoidianos: por exemplo, ceratoconjuntivite límbica superior.[1]​

pacientes imunocomprometidos

Um estado imunocomprometido pode causar infecção ocular com molusco contagioso.[1]

vasculite

Certos tipos de vasculite podem causar conjuntivite.[1]​

obstrução do duto nasolacrimal

Em um lactente, a obstrução do duto nasolacrimal pode predispor à conjuntivite.[1]​

anormalidade das estruturas de suporte do olho (anexiais)

Anormalidades da estrutura anexial podem predispor à infecção bacteriana.[1]​

deficiência lacrimal grave

A deficiência lacrimal grave pode predispor à infecção bacteriana.[1]​

trauma

O trauma pode predispor à infecção bacteriana.

uso de agentes biológicos

Os efeitos adversos oculares relatados do dupilumabe, um anticorpo monoclonal usado para o tratamento de dermatite atópica moderada a grave e asma, incluem conjuntivite, olhos secos e blefarite.[1][36][37]

O tralokinumabe para o tratamento de dermatite atópica tem sido associado à conjuntivite.[47]

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