Complicações
Geralmente, esta complicação rara ocorrerá dentro de poucas horas da cãibra desencadeante.
Os pacientes relatam uma cãibra intensa, severamente dolorosa, seguida por inchaço agudo localizado e agravamento da dor na área de avulsão.
O diagnóstico é feito rapidamente com um exame duplex vascular, seguido por uma tomografia computadorizada com contraste e/ou angiografia.
O tratamento é cirúrgico e a modalidade se baseia no tamanho e na localização do vaso sanguíneo avulsionado.[142]
As cãibras que ocorrem à noite acordam os pacientes devido à dor.[3] Isso pode causar fadiga diurna e/ou insônia.
As cãibras estão associadas a aumento da atividade na eletromiografia (EMG), mas essa atividade não está correlacionada a queixas subjetivas de duração da dor ou de sua intensidade. Uma variabilidade considerável entre indivíduos na atividade à EMG é observada nos casos de cãibras nas pernas.
As cãibras não estão relacionadas com o estágio do sono do eletroencefalograma, e nenhum distúrbio característico na fisiologia do sono pode ser atribuído às cãibras musculares.[143]
Os sais de quinina podem causar efeitos adversos, incluindo o cinchonismo (zumbido, náusea, vasodilatação e sudorese, cefaleia, tontura, visão turva e percepção alterada de cores).
Os efeitos adversos graves incomuns, mas que oferecem risco de vida, são trombocitopenia, coagulação intravascular disseminada, hemólise aguda, hepatotoxicidade, toxicidade ocular e hipoglicemia.[102]
Os exames laboratoriais de acompanhamento para a toxicidade na medula óssea associada à quinina ou hepatotoxicidade não são recomendados devido ao aparecimento dessas entidades serem demasiadamente rápidas para serem descobertas através de rastreamentos não frequentes. A quinina predispõe à taquicardia ventricular polimorfa e fibrilação ventricular.
A quinina não deve ser considerada como o medicamento de primeira escolha para as cãibras idiopáticas. Não é recomendado para as cãibras nas pernas em países como EUA e Austrália. FDA: drug safety information for quinine sulfate Opens in new window
Há preocupações sobre as interações medicamentosas graves, especialmente em idosos, com a quinina.[102]
A quinina é um inibidor de enzimas da isoenzima 2D6 (CYP2D6) do citocromo P450, e a terapia combinada com quinina pode interagir com outros medicamentos metabolizados pela CYP2D6. Isso aumenta as concentrações séricas de outros medicamentos, predispondo à toxicidade. Pode ser necessário realizar o acompanhamento para acompanhar a concentração sérica de outros medicamentos.
A quinina não deve ser considerada como o medicamento de primeira escolha para as cãibras idiopáticas. Não é recomendado para as cãibras nas pernas em países como EUA e Austrália. FDA: drug safety information for quinine sulfate Opens in new window
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