Epidemiologia

A incidência e a prevalência verdadeiras de miomas uterinos na população feminina geral são desconhecidas, pois a doença frequentemente é assintomática e, portanto, não identificável.[5] A incidência aumenta com a idade durante os anos reprodutivos, de forma que os casos ocorrem em 20% a 50% das mulheres com mais de 30 anos de idade.[6] Aproximadamente 25% das mulheres em idade reprodutiva com miomas uterinos apresentam sintomas suficientemente graves para necessitar de tratamento.[5] Por extrapolação dos achados de um estudo prospectivo de histopatologia de 100 amostras consecutivas de histerectomia total, a prevalência de miomas uterinos na população feminina geral pode ser de até 80% e não é alterada pelo estado menopáusico.[3] De uma coorte de 116,678 enfermeiras na pré-menopausa formada em 1989 (Nurses' Health Study II), foi identificada uma população resultante de 95,061 mulheres na pré-menopausa com úteros intactos, e um questionário de saúde foi preenchido em 1993. Foram identificados novos casos de miomas uterinos diagnosticados por exame pélvico, ultrassonografia ou histerectomia durante um intervalo de 4 anos, terminando em maio de 1993. A incidência bruta de miomas uterinos nesse estudo foi de cerca de 1% por ano. A incidência mostrou ser significativamente maior com o avanço da idade, raça negra (três vezes maior), aumento do índice de massa corporal, história de infertilidade e consumo presente de bebidas alcoólicas.[7] Em um outro estudo, a incidência cumulativa estimada aos 50 anos de idade foi de >80% para mulheres negras e próxima de 70% para mulheres brancas.[8] Os miomas uterinos representam os tumores sólidos mais comuns da pelve feminina e são a principal causa de histerectomia.[5][9]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal