A incidência e a prevalência verdadeiras de miomas uterinos na população feminina geral são desconhecidas, pois a doença frequentemente é assintomática e, portanto, não identificável.[5]Stewart EA, Cookson CL, Gandolfo RA, et al. Epidemiology of uterine fibroids: a systematic review. BJOG. 2017 Sep;124(10):1501-12.
https://obgyn.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/1471-0528.14640
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28296146?tool=bestpractice.com
A incidência aumenta com a idade durante os anos reprodutivos, de forma que os casos ocorrem em 20% a 50% das mulheres com mais de 30 anos de idade.[6]Payson M, Leppert P, Segars J. Epidemiology of myomas. Obstet Gynecol Clin North Am. 2006 Mar;33(1):1-11.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16504803?tool=bestpractice.com
Aproximadamente 25% das mulheres em idade reprodutiva com miomas uterinos apresentam sintomas suficientemente graves para necessitar de tratamento.[5]Stewart EA, Cookson CL, Gandolfo RA, et al. Epidemiology of uterine fibroids: a systematic review. BJOG. 2017 Sep;124(10):1501-12.
https://obgyn.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/1471-0528.14640
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28296146?tool=bestpractice.com
Por extrapolação dos achados de um estudo prospectivo de histopatologia de 100 amostras consecutivas de histerectomia total, a prevalência de miomas uterinos na população feminina geral pode ser de até 80% e não é alterada pelo estado menopáusico.[3]Cramer SF, Patel A. The frequency of uterine leiomyomas. Am J Clin Pathol. 1990 Oct;94(4):435-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2220671?tool=bestpractice.com
De uma coorte de 116,678 enfermeiras na pré-menopausa formada em 1989 (Nurses' Health Study II), foi identificada uma população resultante de 95,061 mulheres na pré-menopausa com úteros intactos, e um questionário de saúde foi preenchido em 1993. Foram identificados novos casos de miomas uterinos diagnosticados por exame pélvico, ultrassonografia ou histerectomia durante um intervalo de 4 anos, terminando em maio de 1993. A incidência bruta de miomas uterinos nesse estudo foi de cerca de 1% por ano. A incidência mostrou ser significativamente maior com o avanço da idade, raça negra (três vezes maior), aumento do índice de massa corporal, história de infertilidade e consumo presente de bebidas alcoólicas.[7]Marshall LM, Spiegelman D, Barbieri RL, et al. Variation in the incidence of uterine leiomyoma among premenopausal women by age and race. Obstet Gynecol. 1997 Dec;90(6):967-73.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9397113?tool=bestpractice.com
Em um outro estudo, a incidência cumulativa estimada aos 50 anos de idade foi de >80% para mulheres negras e próxima de 70% para mulheres brancas.[8]Day Baird D, Dunson DB, Hill MC, et al. High cumulative incidence of uterine leiomyoma in black and white women: ultrasound evidence. Am J Obstet Gynecol. 2003 Jan;188(1):100-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12548202?tool=bestpractice.com
Os miomas uterinos representam os tumores sólidos mais comuns da pelve feminina e são a principal causa de histerectomia.[5]Stewart EA, Cookson CL, Gandolfo RA, et al. Epidemiology of uterine fibroids: a systematic review. BJOG. 2017 Sep;124(10):1501-12.
https://obgyn.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/1471-0528.14640
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28296146?tool=bestpractice.com
[9]American College of Obstetricians and Gynecologists. ACOG practice bulletin no. 228: management of symptomatic uterine leiomyomas. Jun 2021 [internet publication].
https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2021/06/management-of-symptomatic-uterine-leiomyomas