Algoritmo de tratamento

Diretriz confiável

ebpracticenet recomenda que você priorize as seguintes diretrizes locais:

Richtlijn zorg voor patiënten met hiv in de eerste lijnPublicada por: Werkgroep Ontwikkeling Richtlijnen Eerste Lijn (Worel)Última publicação: 2023GPC sur la prise en charge des patients vivant avec le VIHPublicada por: Groupe de Travail Développement de recommmandations de première ligneÚltima publicação: 2023

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

gestantes: <38 semanas que não estejam em trabalho de parto (independentemente do nível de RNA do HIV)

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terapia antirretroviral (TAR): base preferencialmente 2-ITRN

As mulheres com HIV que recebem TAR devem continuar com a TAR durante a gestação, desde que ela seja segura, efetiva pra suprimir a replicação viral, e bem tolerada. As mulheres que não estiverem recebendo TAR devem ser iniciadas em um esquema assim que o HIV for um diagnóstico factível, independentemente da contagem de CD4 ou da carga viral; uma supressão viral mais precoce está associada a um risco menor de transmissão perinatal.[7]

Os esquemas antirretrovirais são complexos, e um especialista deve ser consultado para se obter orientação sobre a melhor combinação a usar. As opções listadas aqui são apenas exemplos e se baseiam nas diretrizes atuais dos EUA para gestantes (e aquelas que estiverem tentando conceber).[7] Outros esquemas podem ser recomendados em circunstâncias especiais e situações específicas; consulte as diretrizes locais para conhecer as opções em outros países.

Dois inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos são recomendados como base dos esquemas terapêuticos combinados.[7]

Opções primárias

entricitabina/tenofovir desoproxila

ou

entricitabina/tenofovir alafenamida

ou

lamivudina/tenofovir desoproxila

ou

lamivudina

e

tenofovir alafenamida

Opções secundárias

abacavir/lamivudina

Mais

ou

lamivudina/zidovudina

Mais
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terapia antirretroviral (TAR): ITFI ou IP ou ITRNN

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Esquemas antirretrovirais são complexos, e um especialista deve ser consultado para obter orientação sobre a melhor combinação a usar. As opções listadas aqui são apenas exemplos e se baseiam nas diretrizes atuais dos EUA para gestantes.[7] Outros esquemas podem ser recomendados em circunstâncias especiais e situações específicas; consulte as diretrizes locais para conhecer as opções em outros países.

Um inibidor de transferência de filamentos da integrase (ITFI) é o agente preferencial para adicionar à estrutura de 2-ITRN. Inibidores de protease (IP) e inibidores da transcriptase reversa não análogo de nucleosídeo (ITRNN) também podem ser usados; no entanto, não há IPs ou ITRNNs preferenciais para gestantes virgens de tratamento.[7]

Opções primárias

Esquema terapêutico à base de INSTI

bictegravir/entricitabina/tenofovir alafenamida

Mais

ou

Esquema terapêutico à base de INSTI

dolutegravir

Opções secundárias

Esquema terapêutico à base de INSTI

raltegravir

ou

Esquema terapêutico à base de IP

darunavir

e

ritonavir

ou

Esquema terapêutico à base de IP

atazanavir

Mais

e

ritonavir

ou

Esquema terapêutico à base de ITRNN

efavirenz

Mais

ou

Esquema terapêutico à base de ITRNN

rilpivirina

gestantes com níveis de RNA do HIV >1000 cópias/mL: com 38 semanas ou em trabalho de parto

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parto cesáreo

Um parto cesáreo programado às 38 semanas de gestação é recomendado em gestantes com HIV e níveis de RNA do HIV-1 >1000 cópias/mL ou carga viral desconhecida perto do momento do parto (dentro de 4 semanas antes do parto), a fim de reduzir o risco de transmissão perinatal.[7]​ Planos de parto individualizados para estender a gestação para além de 38 semanas e evitar a necessidade de parto cesáreo podem ser considerados nas mulheres com RNA do HIV >1000 cópias/mL ou carga viral desconhecida que tiverem iniciado a terapia antirretroviral (TAR) intraparto.[7]

Em pacientes sem supressão viral que entrarem em trabalho de parto antes da data programada para o parto cesáreo, deve ser realizada uma cesariana de emergência. Em pacientes com ruptura de membranas, há dados insuficientes para abordar a questão de a partir de quanto tempo, após o início do trabalho de parto ou da ruptura de membranas, se perde o benefício obtido através da realização de parto cesáreo para prevenção da transmissão perinatal.

Considerações de urgência com um especialista em HIV perinatal são recomendadas.

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associado a – 

zidovudina associada a continuação da terapia antirretroviral (TAR)

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Zidovudina intravenosa deve ser iniciada pelo menos 3 horas antes do parto programado em mulheres com RNA do HIV >1000 cópias/mL ou carga viral desconhecida próximo do parto (até 4 semanas do parto). Também é recomendada se houver uma falta de adesão conhecida ou suspeita à TAR desde o último resultado de RNA do HIV, ou se o teste da paciente for positivo durante o trabalho de parto.[7]

As mulheres também devem continuar tomando a TAR anteparto conforme o cronograma durante o trabalho de parto e antes do parto programado.[7]

Opções primárias

zidovudina: 2 mg/kg por via intravenosa como dose de ataque, seguidos por infusão de 1 mg/kg/hora até o clampeamento do cordão

gestantes com níveis de RNA do HIV ≤1000 cópias/mL: com 38 semanas ou em trabalho de parto

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aguardar o parto normal por via vaginal e continuação da terapia antirretroviral (TAR)

O parto cesáreo programado não é rotineiramente recomendado para as mulheres em TAR com níveis de RNA do HIV ≤1000 cópias/mL por conta da baixa taxa de transmissão perinatal nessas pacientes, bem como evidências limitadas ou desconhecidas sobre o benefício, e um aumento dos riscos de infecção, trauma cirúrgico, óbitos hospitalares e internação prolongada associados ao parto cesáreo.[7][15][91]

Se houver indicação de parto cesáreo programado ou indução nessas pacientes, esses procedimentos deverão ser realizados no momento padrão para indicações obstétricas.

As mulheres também devem continuar tomando a TAR anteparto conforme o cronograma durante o trabalho de parto e antes do parto, independentemente da via de parto.

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Considerar – 

zidovudina

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A zidovudina intravenosa pode ser considerada nas mulheres com RNA do HIV entre 50 e ≤1000 cópias/mL até 4 semanas após o parto; no entanto, não há dados suficientes para determinar se isso fornece proteção adicional contra a transmissão perinatal neste grupo. Ela também é recomendada se houver uma falta de adesão conhecida ou suspeitada à terapia antirretroviral (TAR) desde o último resultado de RNA do HIV, ou se o teste da paciente for positivo durante o trabalho de parto. Ela não é recomendada para as mulheres que estiverem recebendo TAR com RNA do HIV ≤50 cópias/mL durante o final da gestação e proximamente ao parto, desde que não existam preocupações sobre a adesão à TAR.[7]

Opções primárias

zidovudina: 2 mg/kg por via intravenosa como dose de ataque, seguidos por infusão de 1 mg/kg/hora até o clampeamento do cordão

lactente com exposição ao HIV no útero ou intraparto

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profilaxia antirretroviral pós-parto inicial

Todos os lactentes que foram expostos ao HIV no período perinatal devem receber profilaxia antirretroviral pós-parto no período neonatal imediato para reduzir o risco de transmissão perinatal. A profilaxia antirretroviral deve ser iniciada o mais próximo possível do momento do parto e, de preferência, até 6 horas após o nascimento.[7]

A escolha do esquema antirretroviral para os lactentes com exposição ao HIV no útero ou intraparto é baseada no risco predito de transmissão, conforme determinado pelos níveis de RNA do HIV da mãe.[7]

Lactentes com alto risco de aquisição do HIV (isto é, nascidos de uma gestante com RNA do HIV ≥50 cópias/mL nas 4 semanas anteriores ao parto): recomenda-se um esquema de três medicamentos consistindo de zidovudina associada a lamivudina e nevirapina (dose de tratamento) ou raltegravir, administrado desde o nascimento por 2 a 6 semanas. Isso serve como terapia para HIV presuntivo, ou como uma profilaxia reforçada. Se o teste do HIV ao nascer for negativo e a duração da profilaxia for <6 semanas, a monoterapia com zidovudina deve ser mantida até se completar um ciclo de 6 semanas.[7]

Lactentes com baixo risco de aquisição do HIV (isto é, nascidos de uma gestante com RNA do HIV <50 cópias/mL de 20 semanas de gestação até o parto, idealmente documentado por pelo menos 2 testes consecutivos com pelo menos 4 semanas de intervalo, mas pode ser baseado no discernimento clínico): recomenda-se monoterapia com zidovudina por 2 semanas.[7]

Os lactentes que não atenderem aos critérios acima devem receber esquemas antirretrovirais e durações com base nos fatores específicos do caso relacionados ao nível e ao momento da viremia durante a gestação.[7]​ Consulte suas orientações locais para obter mais informações.

Os esquemas antirretrovirais são complexos, e um pediatra especialista em HIV deve ser consultado para se obter orientação sobre a melhor combinação a se usar e as doses. As opções listadas aqui são apenas exemplos e se baseiam nas diretrizes atuais dos EUA.[7]

Opções primárias

Lactentes com alto risco de aquisição do HIV

zidovudina

Mais

--E--

lamivudina

--E--

nevirapina

ou

raltegravir

ou

Lactentes com baixo risco de aquisição do HIV

zidovudina

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associado a – 

aconselhamento sobre opções de alimentação infantil

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

As diretrizes dos EUA recomendam que as pacientes recebam orientações baseadas em evidências, orientadas para a paciente, para dar suporte a uma tomada de decisão compartilhada sobre a alimentação dos lactentes, incluindo a amamentação. O aconselhamento deve incluir informações sobre as opções de alimentação disponíveis, incluindo alimentação com fórmula, uso de leite de doadoras armazenado ou amamentação.[7]

Vários estudos realizados em ambientes de baixos recursos com mulheres com HIV que praticam aleitamento materno exclusivo demonstraram quase nenhuma transmissão de HIV perinatal com a supressão viral materna em terapia antirretroviral (TAR).[38][92][93]​ No entanto, enquanto a TAR de supressão reduz o risco de transmissão perinatal do HIV por meio do aleitamento materno, ela não elimina completamente o risco (estimado em 3/1000).[7]

O substituto do leite materno é recomendado para eliminar o risco de transmissão do HIV por meio do aleitamento materno, quando as pessoas com HIV não recebem TAR e/ou não apresentam supressão da carga viral durante a gestação (no mínimo ao longo do terceiro trimestre) e no parto. No entanto, as pacientes que recebem TAR com carga viral indetectável sustentada devem receber apoio caso decidam amamentar. Se a mãe que amamenta tiver uma carga viral detectável, a alimentação de substituição deve ser iniciada e a amamentação temporariamente interrompida ou descontinuada enquanto a carga viral é verificada novamente e as causas da viremia são investigadas. Se a carga viral repetida for indetectável, a amamentação pode ser retomada. Se a carga viral repetida for detectável, as opções podem incluir iniciar ou modificar a profilaxia antirretroviral do lactente, interromper permanentemente a amamentação e considerar a necessidade de testes de HIV do lactente. A maioria dos especialistas recomenda interromper permanentemente a amamentação se o RNA do HIV for ≥200 cópias/mL.[7]

Medidas que minimizam o risco de transmissão do HIV (por exemplo, aleitamento materno exclusivo para os primeiros 6 meses, desmame gradual, tratamento imediato de mastite materna e candidíase infantil, monitoramento do bebê) são recomendadas em mulheres que optarem por amamentar.[7]

A American Academy of Pediatrics (AAP) apoia uma abordagem de redução de danos para dar suporte a pessoas recebendo TAR com supressão viral sustentada <50 cópias/mL, mas recomenda aconselhar as pessoas a não amamentarem se não estiverem recebendo TAR ou se estiverem recebendo TAR sem supressão viral.[94]

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Considerar – 

profilaxia antirretroviral prolongada

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A profilaxia antirretroviral prolongada durante a amamentação deve garantir uma profilaxia contínua durante todo o período pós-parto. Os lactentes devem fazer a transição para a profilaxia prolongada somente após a conclusão da profilaxia pós-parto inicial com zidovudina.[7]

Os níveis de RNA do HIV da mãe que amamenta devem ser monitorados periodicamente durante a amamentação.[7]

A escolha do esquema antirretroviral nos lactentes com exposição ao HIV durante o período de amamentação é baseada no estado virológico presente ou predito da mãe que amamenta.[7]

Lactentes com baixo risco de aquisição do HIV durante a amamentação (isto é, mães que amamentam estão recebendo TAR com RNA do HIV <50 cópias/mL desde pelo menos 3 meses antes do parto e não há preocupações sobre a adesão à TAR): não há consenso sobre o tratamento desses pacientes. A nevirapina ou a lamivudina são as opções recomendadas. Entretanto, alguns especialistas não recomendam uma profilaxia prolongada nesses pacientes.[7]

Lactentes com baixo risco presente de aquisição do HIV durante a amamentação, mas com preocupações sobre riscos futuros (isto é, preocupações sobre falta de adesão à TAR ou perda da supressão virológica por outros motivos durante a amamentação): a nevirapina ou a lamivudina devem ser consideradas.[7]

A profilaxia prolongada deve continuar até 6 semanas após a última exposição ao leite materno, ou 6 semanas após as preocupações sobre a supressão virológica da mãe lactante terem sido resolvidas, o que ocorrer primeiro. Pode ser razoável interromper a profilaxia mais cedo se as preocupações com a viremia na mãe lactante tiverem sido resolvidas.[7]

A nevirapina ou a lamivudina podem ser administradas desde o nascimento (substituindo a zidovudina) para fornecer profilaxia pós-parto inicial e profilaxia estendida durante o aleitamento materno.[7]​ Consulte as diretrizes locais para obter mais informações.

Os esquemas antirretrovirais são complexos, e um pediatra especialista em HIV deve ser consultado para se obter orientação sobre a melhor combinação a se usar e as doses. As opções listadas aqui são apenas exemplos e se baseiam nas diretrizes atuais dos EUA.[7]

Opções primárias

nevirapina

ou

lamivudina

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interromper a amamentação e iniciar uma terapia antirretroviral (TAR) presuntiva

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os níveis de RNA do HIV da mãe lactante devem ser periodicamente monitorados durante a amamentação. Se a mãe que amamenta apresentar uma nova viremia durante a amamentação, a amamentação deve ser temporariamente interrompida ou descontinuada, a alimentação de substituição deve ser iniciada, e um teste de HIV deve ser realizado no lactente. A interrupção permanente é recomendada pela maioria dos especialistas quando o RNA do HIV é ≥200 cópias/mL, mas alguns apoiam a retomada da amamentação quando a supressão virológica é novamente alcançada.[7]

A escolha do esquema antirretroviral depende do nível de viremia materna.[7]

RNA do HIV ≥200 cópias/mL: em lactentes com idade <4 semanas, recomenda-se zidovudina associada a lamivudina e nevirapina (dose de tratamento) ou raltegravir por 2 a 6 semanas. Em lactentes com idade ≥4 semanas, recomenda-se um esquema de três medicamentos consistindo de zidovudina associada a lamivudina e dolutegravir por 2 a 6 semanas. Isso serve como terapia presuntiva para o HIV ou profilaxia aprimorada. Se o teste de HIV for negativo e a duração da profilaxia for <6 semanas, a monoterapia com zidovudina pode ser mantida até completar um ciclo de 6 semanas.[7]

RNA do HIV <200 cópias/mL: não há consenso sobre o manejo desses pacientes. Alguns especialistas recomendam um esquema de três medicamentos (como para aqueles com RNA do HIV ≥200 cópias/mL), enquanto outros recomendam um esquema de medicamento único com nevirapina ou lamivudina. Outros recomendam o tratamento com base na repetição dos testes de RNA do HIV na mãe que amamenta. Recomenda-se a consulta com um especialista.[7]

Lactentes de mães com novo diagnóstico de HIV durante a amamentação devem ser tratados conforme as recomendações para lactentes com alto risco de aquisição do HIV no útero ou intraparto parto, juntamente com alimentação de substituição.[7]

Os esquemas antirretrovirais são complexos, e um pediatra especialista em HIV deve ser consultado para se obter orientação sobre a melhor combinação a se usar e as doses. As opções listadas aqui são apenas exemplos e se baseiam nas diretrizes atuais dos EUA.[7]

Opções primárias

RNA do HIV materno ≥200 cópias/mL: lactente <4 semanas de idade

zidovudina

--E--

lamivudina

--E--

nevirapina

ou

raltegravir

ou

RNA do HIV materno ≥200 cópias/mL: lactente ≥4 semanas de idade

zidovudina

e

lamivudina

e

dolutegravir

ou

RNA do HIV materno <200 cópias/mL

nevirapina

ou

RNA do HIV materno <200 cópias/mL

lamivudina

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