Caso clínico

Caso clínico #1

Uma mulher de 23 anos de idade queixa-se de diarreia com duração de várias semanas. Ela apresentou perda de peso, mas ausência de febre, e não notou sangue nas fezes. A diarreia teve início enquanto estava em viagem pelo México.

Caso clínico #2

Um homem de 39 anos de idade chega ao pronto-socorro com dor no ombro direito, a qual vem persistindo por 2 meses. Ele relata que a dor se irradiou para as costas. Ele vem apresentando sudorese noturna e calafrios e perdeu cerca de 5 kg de peso. Ele também teve dor abdominal por 3 dias e tosse não produtiva. Ele é natural do Irã e recentemente emigrou para os EUA. O exame físico identificou hepatomegalia e murmúrios vesiculares reduzidos nos dois terços inferiores do pulmão direito. O exame neurológico está normal.

Outras apresentações

A amebíase é assintomática em 80% dos casos. A diarreia é o sintoma mais comum causado pela Entamoeba histolytica, embora a doença intestinal possa apresentar disenteria (diarreia com sangue ou muco) em vez de somente diarreia. É também possível detectar um ameboma, que é uma massa de tecido de granulação no cólon cuja aparência pode ser similar a um carcinoma de cólon.

[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Cisto de Entamoeba histolytica: não corado (A) e corado com iodo (B) após concentração de amostra fecal em formol-éter.Fotos originais do National Center for Global Health and Medicine, Tóquio, Japão. [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@115dbbe5

As manifestações extraintestinais menos comuns são a peritonite secundária à perfuração do intestino que, às vezes, mimetiza a apendicite aguda, bem como o derrame pleural ou pericárdico decorrente de um abscesso hepático e de um abscesso cerebral (quase todos os pacientes com abscesso cerebral ocasionado por E histolytica também apresentam um abscesso hepático).[1][2][3]​​​​​[4][5][6]​​​​​[7][8]​ A apendicite aguda amebiana é também uma manifestação possível, mas rara, da amebíase; a apendicite amebiana tem mais probabilidade de complicação do que a apendicite não amebiana.[8]

[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Apendicite amebiana com fístula cutânea duas semanas após apendicectomia (tomografia computadorizada com realce).Foto original do National Center for Global Health and Medicine, Tóquio, Japão. [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@1be6edb9[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Coloração com hematoxilina-eosina (A-C) e coloração com ácido periódico de Schiff (D-F) de apêndice removido de uma apendicite amebiana. As entamoebas são profundamente coradas pela coloração com ácido periódico de Schiff.Foto original do National Center for Global Health and Medicine, Tóquio, Japão. [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@1e6881b6

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