Rastreamento

Rastreamento para neuropatia periférica

O rastreamento para neuropatia periférica deve ser realizado em pacientes com:[1]​​[39]​​

  • Diabetes do tipo 2, a partir do diagnóstico

  • Diabetes do tipo 1, 5 anos após o diagnóstico

  • Síndrome metabólica ou intolerância à glicose com sintomas de neuropatia periférica.

O rastreamento é conduzido pelo menos anualmente daí em diante, usando-se sintomas e sinais. A avaliação da polineuropatia simétrica distal deve incluir anamnese detalhada e avaliação da temperatura ou da sensibilidade à dor (função de fibras finas) e sensibilidade à vibração usando um diapasão de 128 Hz (para função de fibras grossas). Todos os indivíduos com diabetes devem fazer o teste anual de monofilamento de 10 g para identificar os pés em risco de ulceração e amputação. A avaliação do pé também deve incluir avaliação vascular e inspeção da pele. Observe que os pacientes com evidências de perda sensorial ou ulceração ou amputação prévia devem ter seus pés inspecionados a cada consulta.[39]

O Michigan Neuropathy Screening Instrument (MNSI) e escores de sintomas semelhantes são úteis na pesquisa clínica.[114][115][116][117]

Estudos eletrofisiológicos ou o encaminhamento a um neurologista raramente são necessários, exceto nas situações em que o diagnóstico não está claro ou as características clínicas são atípicas:[1]​​[39]

  • Deficits motores maiores que os deficits sensitivos

  • Assimetria acentuada dos deficits neurológicos

  • Sintomas iniciais nos membros superiores

  • Progressão rápida.

Rastreamento para neuropatia autonômica

A American Diabetes Association (ADA) recomenda que os médicos avaliem os sintomas e sinais de neuropatia autonômica nos indivíduos com diabetes a partir do diagnóstico de diabetes do tipo 2 e 5 anos após o diagnóstico de diabetes do tipo 1, e pelo menos anualmente desse momento em diante e com evidências de outras complicações microvasculares, particularmente doença renal e neuropatia periférica diabética. O rastreamento pode incluir perguntas sobre tontura ortostática, síncope ou pele seca e rachada nos membros. Os sinais de neuropatia autonômica incluem hipotensão ortostática, taquicardia em repouso ou evidências de ressecamento ou rachadura periférica na pele.[39]

Na prática, podem não ser necessários exames adicionais, pois podem não afetar o tratamento ou o desfecho. No entanto, de acordo com a ADA, testes adicionais poderão ser considerados se houver sintomas presentes e dependerão dos órgãos-alvo envolvidos, mas poderão incluir um teste autonômico cardiovascular, teste do suor, estudos urodinâmicos, avaliação do esvaziamento gástrico ou endoscopia/colonoscopia.​[39]

[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Testes vibratóriosCriado pelo BMJ Group [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@3042a9f1[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Teste de sensibilidade tátil com monofilamentoCriado pelo BMJ Group [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@1ac23f2

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