Caso clínico
Caso clínico #1
Um homem de meia idade com diabetes do tipo 2 apresenta-se com dor em queimação e pontadas nos pés e na parte inferior das pernas, mais intensa à noite, associada a dormência e alodinia (dor derivada de estímulos que normalmente não são dolorosos). A dor piorou muito nos últimos 6 meses e atrapalha o sono. Ele foi informado que sua glicemia está elevada e limítrofe e foi orientado a iniciar dieta e fazer exercícios. Além disso, ele toma um medicamento para hipertensão e lembra-se de que o colesterol está elevado.
Caso clínico #2
Uma mulher de 54 anos de idade com diabetes do tipo 1 desenvolveu uma úlcera no seu pé direito. Ela não consegue se lembrar de alguma lesão em particular e está caminhando normalmente, sem dor. O exame físico dos pés revela uma úlcera indolor acima da cabeça do metatarso. Ela também se queixa de sentir-se cansada e percebeu que fica especialmente tonta e instável quando se levanta. As medições da pressão arterial (PA) na posição supina, repetidas após 2 minutos em pé, revelam uma queda anormal de 32 mmHg na PA sistólica da posição supina para ortostática.
Outras apresentações
A fraqueza é menos comum que a dor e, geralmente, é branda. Ocorre muito mais tarde na evolução da ND. Quando há fraqueza, ela segue um padrão distal, com desgaste e fraqueza dos interósseos nas mãos e nos pés.
Raramente pode ocorrer um início agudo de neuropatia sensorial grave, mas a neuropatia sensório-motora crônica é mais comum.
Além dos sintomas associados à hipotensão ortostática, pacientes com neuropatia autonômica podem apresentar náuseas, vômitos e saciedade precoce (gastroparesia); dificuldade em esvaziar a bexiga (cistopatia); ou disfunção erétil.
Outros tipos raros de neuropatia que podem se apresentar incluem neuropatias cranianas, mononeuropatias (por exemplo, síndrome do túnel do carpo ou pé caído [relacionado à neuropatia fibular comum]), radiculopatia troncular (com dor na parede torácica ou abdominal) ou amiotrofia diabética. A amiotrofia diabética é mais comum em pacientes idosos com diabetes do tipo 2 e apresenta-se com dor intensa, fraqueza muscular e atrofia unilateral ou bilateral dos músculos da coxa.
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal