Novos tratamentos
Balneoterapia
Balneoterapia é uma técnica médica tradicional com o uso de água. Uma revisão Cochrane avaliou o uso da balneoterapia no manejo de pacientes com IVC e constatou que, em comparação com a ausência de tratamento, provavelmente não houve melhora nos sinais e sintomas de gravidade da doença, mas houve melhora na qualidade de vida relacionada à saúde e na dor e houve redução nas alterações de pigmentação da pele.[36]
Biológicos (aloenxertos de âmnio/córion)
A membrana amniótica contém proteínas cicatrizantes e fatores de crescimento e foi estudada para o tratamento de úlcera venosa da perna crônica. Em um ensaio clínico randomizado e controlado, 101 pacientes com úlcera venosa da perna crônica foram randomizados para receber aloenxerto de córion e de âmnio humano desidratado com padrão de cuidados ou padrão de cuidados isolado. A adição de aloenxerto de córion e de âmnio humano desidratado ao padrão de cuidados resultou em um número maior de úlceras cicatrizadas em 12 semanas (75% em comparação com 30%).[37]
Terapia celular aplicada em spray
Os resultados de um ensaio clínico controlado, randomizado e duplo-cego de fase 2 realizado com 205 pessoas com úlceras venosas da perna sugerem que a dosagem de ceratinócitos neonatais alogênicos de crescimento limitado e fibroblastos em um veículo de fibrina está associada a uma proporção maior de cicatrização em comparação com o veículo apenas.[38] Esses resultados promissores justificam a realização de estudos adicionais nessa área.
Outras terapias farmacológicas
Diversos ensaios clínicos iniciais dão suporte a alguns benefícios de diversos agentes para pacientes com insuficiência venosa crônica (IVC), incluindo medicamentos venoativos (VADs), dobesilato de cálcio e extrato de folha de videira.[39][40][41] A dor, o edema e o volume da perna parecem diminuir, mas novos ensaios clínicos com uma classificação melhor do tipo e da gravidade da doença são necessários antes que o uso desses agentes possa ser recomendado.
Exercício físico
Uma revisão sistemática e uma metanálise de cinco ensaios clínicos randomizados, compostos por 190 pacientes com úlceras venosas da perna, mostraram que o exercício pode ser um adjuvante eficaz à compressão no tratamento de úlceras venosas da perna.[42] As intervenções de exercícios consistiram em exercícios de resistência progressiva, isolados ou combinados com atividade física prescrita, apenas caminhadas ou exercícios para o tornozelo. Os exercícios de resistência progressiva, combinados com atividade física prescrita, foram aparentemente mais eficazes, embora, segundo relatos, o efeito seja impreciso (mais 27 casos curados em 100 pacientes; IC de 95% 9 a 45 casos em 100; P = 0.004).[42] Em geral, a prática de exercícios foi associada a melhor cicatrização da úlcera venosa em 12 semanas, embora, segundo relatos, o efeito seja impreciso (mais 14 pacientes curados por 100 pacientes; IC de 95% 1 a 27 casos em 100; P = 0.04). As diretrizes da European Society of Vascular Surgery observam que há falta de estudos sobre exercícios na IVC, mas sugerem que as evidências indiretas de benefício para a função venosa são consideráveis e, portanto, devem ser incentivadas.[2] Uma revisão Cochrane constato que, atualmente, não há evidências suficientes para avaliar os riscos e benefícios dos programas de atividade física para o tratamento de indivíduos com IVC não ulcerativa.[43]
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