Faringite aguda
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Diretriz confiável
ebpracticenet recomenda que você priorize as seguintes diretrizes locais:
Acute KeelpijnPublicada por: Werkgroep Ontwikkeling Richtlijnen Eerste Lijn (Worel)Última publicação: 2017Mal de gorge aiguPublicada por: Groupe de Travail Développement de recommmandations de première ligneÚltima publicação: 2017Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
todos os pacientes
cuidados de suporte
Os analgésicos e os anestésicos locais podem ser utilizados para os sintomas de dor de garganta, cefaleia e febre, embora a aspirina deva ser evitada nas crianças em razão de sua associação com a síndrome de Reye. O gargarejo com água salgada não é comprovadamente eficaz, mas também não causa danos.[48]Institute for Clinical Systems Improvement. Diagnosis and treatment of respiratory illness in children and adults. Sep 2017 [internet publication]. https://www.icsi.org/wp-content/uploads/2019/01/Respillness.pdf O uso de sprays anestésicos pode proporcionar alívio temporário para a dor causada pela faringite, embora um ensaio randomizado e controlado por placebo não tenha demonstrado benefícios sintomáticos da lidocaína viscosa.[49]Hopper SM, McCarthy M, Tancharoen C, et al. Topical lidocaine to improve oral intake in children with painful infectious mouth ulcers: a blinded, randomized, placebo-controlled trial. Ann Emerg Med. 2014 Mar;63(3):292-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24210368?tool=bestpractice.com
Não há recomendações atuais para a utilização de corticosteroides no tratamento sintomático da faringite aguda.[1]Shulman ST, Bisno AL, Clegg HW, et al. Clinical practice guideline for the diagnosis and management of group A streptococcal pharyngitis: 2012 update by the Infectious Diseases Society of America (Archived). Clin Infect Dis. 2012 Nov 15;55(10):e86-102.
http://cid.oxfordjournals.org/content/55/10/e86.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22965026?tool=bestpractice.com
[64]Wing A, Villa-Roel C, Yeh B, et al. Effectiveness of corticosteroid treatment in acute pharyngitis: a systematic review of the literature. Acad Emerg Med. 2010 May;17(5):476-83.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20536799?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática Cochrane relata haver um aumento de 2.40 vezes na probabilidade de remissão completa da dor em 24 horas quando eles são fornecidos em combinação com a antibioticoterapia. No entanto, a revisão citou a falta de estudos com registro de eventos adversos e a falta de estudos pediátricos como motivo de precaução no uso de corticosteroides, dado o benefício clínico mínimo.[59]de Cassan S, Thompson MJ, Perera R, et al. Corticosteroids as standalone or add-on treatment for sore throat. Cochrane Database Syst Rev. 2020 May 1;(5):CD008268.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD008268.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32356360?tool=bestpractice.com
[ ]
How do corticosteroids compare with placebo for adjunctive treatment of people with sore throat?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.3200/fullMostre-me a resposta As diretrizes da Infectious Diseases Society of America não recomendam esse tratamento atualmente.[1]Shulman ST, Bisno AL, Clegg HW, et al. Clinical practice guideline for the diagnosis and management of group A streptococcal pharyngitis: 2012 update by the Infectious Diseases Society of America (Archived). Clin Infect Dis. 2012 Nov 15;55(10):e86-102.
http://cid.oxfordjournals.org/content/55/10/e86.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22965026?tool=bestpractice.com
Opções primárias
paracetamol: crianças: 10-15 mg/kg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 75 mg/kg/dia; adultos: 500-1000 mg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: crianças: >6 meses de idade: 10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 30 mg/kg/dia; adultos: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
Opções secundárias
lidocaína tópica: (solução a 2%) crianças e adultos: consulte a bula do produto para obter orientação quanto à dose
antibioticoterapia tardia ou ausente
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Nos casos em que o teste rápido para GAS for negativo, uma abordagem razoável é a ausência de tratamento com antibióticos seguida por acompanhamento no dia seguinte caso a cultura faríngea seja positiva. A cultura faríngea deve ser conduzida em todos os pacientes com um teste rápido de antígeno para GAS negativo, mas que apresentem sintomas consistentes com faringite por GAS. Uma revisão Cochrane concluiu que os antibióticos devem ser prescritos somente após o julgamento de pacientes individuais e somente se a faringite for provavelmente de origem bacteriana.[73]Spinks A, Glasziou PP, Del Mar CB. Antibiotics for treatment of sore throat in children and adults. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Dec 9;12(12):CD000023. https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD000023.pub5 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34881426?tool=bestpractice.com
antibioticoterapia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O tratamento com antibióticos deve ser reservado para os pacientes com faringite (por exemplo, GAS) microbiologicamente confirmada (um teste rápido de antígenos positivo, teste de amplificação de ácido nucleico [via reação em cadeia da polimerase] ou cultura) e não deve ser baseado em um diagnóstico clínico isolado.[58]Cohen JF, Cohen R, Levy C, et al. Selective testing strategies for diagnosing group A streptococcal infection in children with pharyngitis: a systematic review and prospective multicentre external validation study. CMAJ. 2015 Jan 6;187(1):23-32. https://www.cmaj.ca/content/187/1/23.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25487666?tool=bestpractice.com O tratamento com antibióticos não é recomendado para pacientes com resultado negativo no teste rápido de antígeno.[25]Centers for Disease Control and Prevention. Antibiotic prescribing and use - adult outpatient treatment recommendations. Oct 2017 [internet publication]. https://www.cdc.gov/antibiotic-use/community/for-hcp/outpatient-hcp/adult-treatment-rec.html Antibióticos podem ser prescritos para encurtar a duração dos sintomas, reduzir a transmissão e prevenir complicações como a febre reumática.[4]Centers for Disease Control and Prevention. Pharyngitis (strep throat). Jun 2022 [internet publication]. https://www.cdc.gov/groupastrep/diseases-hcp/strep-throat.html Se não houver melhora nos sintomas de faringite após 3 ou 4 dias de antibioticoterapia adequada, deve-se considerar um diagnóstico alternativo.
O objetivo do tratamento para GAS é prevenir a febre reumática aguda e a doença reumática cardíaca, reduzir a gravidade e a duração dos sintomas e evitar a transmissão.[1]Shulman ST, Bisno AL, Clegg HW, et al. Clinical practice guideline for the diagnosis and management of group A streptococcal pharyngitis: 2012 update by the Infectious Diseases Society of America (Archived). Clin Infect Dis. 2012 Nov 15;55(10):e86-102. http://cid.oxfordjournals.org/content/55/10/e86.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22965026?tool=bestpractice.com
Não há resistência a betalactâmicos no GAS; portanto, o tratamento pode ser realizado com penicilina ou amoxicilina, exceto no caso de uma alergia à penicilina, caso no qual macrolídeos, cefalosporinas ou clindamicina podem ser utilizados com precaução.[1]Shulman ST, Bisno AL, Clegg HW, et al. Clinical practice guideline for the diagnosis and management of group A streptococcal pharyngitis: 2012 update by the Infectious Diseases Society of America (Archived). Clin Infect Dis. 2012 Nov 15;55(10):e86-102.
http://cid.oxfordjournals.org/content/55/10/e86.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22965026?tool=bestpractice.com
[74]Pichichero ME. A review of evidence supporting the American Academy of Pediatrics recommendation for prescribing cephalosporin antibiotics for penicillin-allergic patients. Pediatrics. 2005 Apr;115(4):1048-57.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15805383?tool=bestpractice.com
[75]van Driel ML, De Sutter AI, Thorning S, et al. Different antibiotic treatments for group A streptococcal pharyngitis. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Nov 15;3:CD004406.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD004406.pub5
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37965935?tool=bestpractice.com
[ ]
How do cephalosporin and macrolides compare with penicillin for people with group A streptococcal pharyngitis?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.4425/fullMostre-me a resposta[4]Centers for Disease Control and Prevention. Pharyngitis (strep throat). Jun 2022 [internet publication].
https://www.cdc.gov/groupastrep/diseases-hcp/strep-throat.html
[25]Centers for Disease Control and Prevention. Antibiotic prescribing and use - adult outpatient treatment recommendations. Oct 2017 [internet publication].
https://www.cdc.gov/antibiotic-use/community/for-hcp/outpatient-hcp/adult-treatment-rec.html
A resistência do GAS a macrolídeos e à clindamicina (resistência induzível) foi relatada em crianças.[76]Green M, Martin JM, Barbadora KA, et al. Reemergence of macrolide resistance in pharyngeal isolates of group A streptococci in southwestern Pennsylvania. Antimicrob Agents Chemother. 2004 Feb;48(2):473-6.
https://aac.asm.org/content/48/2/473.full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14742197?tool=bestpractice.com
[77]DeMuri GP, Sterkel AK, Kubica PA, et al. Macrolide and clindamycin resistance in group A streptococci isolated from children with pharyngitis. Pediatr Infect Dis J. 2017 Mar;36(3):342-4.
https://www.doi.org/10.1097/INF.0000000000001442
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27902646?tool=bestpractice.com
[26]Centers for Disease Control and Prevention. Antibiotic prescribing and use: outpatient clinical care for pediatric populations. Apr 2024 [internet publication].
https://www.cdc.gov/antibiotic-use/hcp/clinical-care/pediatric-outpatient.html?CDC_AAref_Val=https://www.cdc.gov/antibiotic-use/clinicians/pediatric-treatment-rec.html
Doxiciclina e sulfametoxazol/trimetoprima não são recomendados para o tratamento de faringite por GAS.[1]Shulman ST, Bisno AL, Clegg HW, et al. Clinical practice guideline for the diagnosis and management of group A streptococcal pharyngitis: 2012 update by the Infectious Diseases Society of America (Archived). Clin Infect Dis. 2012 Nov 15;55(10):e86-102.
http://cid.oxfordjournals.org/content/55/10/e86.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22965026?tool=bestpractice.com
A fenoximetilpenicilina oral é o tratamento de primeira escolha, administrado por um período de 10 dias. Em casos de pacientes incapazes de concluir um ciclo oral de 10 dias, pode-se fornecer uma dose única intramuscular de benzilpenicilina. Pode-se substituir por amoxicilina oral em crianças, uma vez que seu gosto é mais agradável do que o da fenoximetilpenicilina. Evite amoxicilina ao tratar GAS com mononucleose infecciosa concomitante, em razão da possibilidade de erupção cutânea por amoxicilina.[1]Shulman ST, Bisno AL, Clegg HW, et al. Clinical practice guideline for the diagnosis and management of group A streptococcal pharyngitis: 2012 update by the Infectious Diseases Society of America (Archived). Clin Infect Dis. 2012 Nov 15;55(10):e86-102. http://cid.oxfordjournals.org/content/55/10/e86.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22965026?tool=bestpractice.com [94]Shulman ST, Bisno AL, Clegg HW, et al; Infectious Diseases Society of America. Erratum: clinical practice guideline for the diagnosis and management of group A streptococcal pharyngitis: 2012 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis 2014 May 15;58(10):1496. https://academic.oup.com/cid/article/58/10/1496/287267 O ciclo de tratamento recomendado para antibióticos betalactâmicos orais em crianças é de 10 dias.[26]Centers for Disease Control and Prevention. Antibiotic prescribing and use: outpatient clinical care for pediatric populations. Apr 2024 [internet publication]. https://www.cdc.gov/antibiotic-use/hcp/clinical-care/pediatric-outpatient.html?CDC_AAref_Val=https://www.cdc.gov/antibiotic-use/clinicians/pediatric-treatment-rec.html
Apesar das recomendação da diretriz, há evidências de que um ciclo menor (isto é, 3-6 dias) de penicilina oral é tão eficaz quanto um ciclo de 10 dias no tratamento de faringite aguda, sem evidência de aumento do risco de glomerulonefrite pós-estreptocócica ou febre reumática.[78]Altamimi S, Khalil A, Khalaiwi KA, et al. Short-term late-generation antibiotics versus longer term penicillin for acute streptococcal pharyngitis in children. Cochrane Database Syst Rev. 2012 Aug 15;(8):CD004872. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD004872.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22895944?tool=bestpractice.com Um estudo constatou que um ciclo de 3 dias de azitromicina ou um ciclo de 5 dias de cefaclor resultou em curas bacteriológica ou sintomática equivalentes, comparados com um ciclo de 10 dias de amoxicilina.[79]Li P, Jiang G, Shen X. Evaluation of 3-day azithromycin or 5-day cefaclor in comparison with 10-day amoxicillin for treatment of tonsillitis in children. Can J Physiol Pharmacol. 2019 Oct;97(10):939-44. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31365280?tool=bestpractice.com No entanto, as taxas de incidência de febre reumática ou doença reumática cardíaca não foram avaliadas nesse estudo.[79]Li P, Jiang G, Shen X. Evaluation of 3-day azithromycin or 5-day cefaclor in comparison with 10-day amoxicillin for treatment of tonsillitis in children. Can J Physiol Pharmacol. 2019 Oct;97(10):939-44. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31365280?tool=bestpractice.com Outro estudo constatou que penicilina V (fenoximetilpenicilina) por 5 dias não foi inferior ao desfecho clínico da penicilina V por 10 dias (a doses diferentes); no entanto, novamente o efeito sobre as taxas de incidência de febre ou doença reumática cardíaca não foi avaliado.[80]Skoog Ståhlgren G, Tyrstrup M, Edlund C, et al. Penicillin V four times daily for five days versus three times daily for 10 days in patients with pharyngotonsillitis caused by group A streptococci: randomised controlled, open label, non-inferiority study. BMJ. 2019 Oct 4;367:l5337. https://www.bmj.com/content/367/bmj.l5337.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31585944?tool=bestpractice.com Como as evidências ainda estão surgindo, os ciclos mais curtos de antibióticos devem ser considerados uma nova alternativa, em vez da opção primária recomendada.[81]Lee RA, Stripling JT, Spellberg B, et al. Short-course antibiotics for common infections: what do we know and where do we go from here? Clin Microbiol Infect. 2023 Feb;29(2):150-9. https://www.doi.org/10.1016/j.cmi.2022.08.024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36075498?tool=bestpractice.com [82]Krüger K, Töpfner N, Berner R, et al. Clinical practice guideline: sore throat. Dtsch Arztebl Int. 2021 Mar 19;118(11):188-94. https://www.doi.org/10.3238/arztebl.m2021.0121 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33602392?tool=bestpractice.com
Estratégias de dosagem intensa de fenoximetilpenicilina podem acelerar a recuperação e podem ser uma estratégia futura para o tratamento de faringoamigdalite positiva para GAS.[95]Tell D, Tyrstrup M, Edlund C, et al. Clinical course of pharyngotonsillitis with group A streptococcus treated with different penicillin V strategies, divided in groups of centor score 3 and 4: a prospective study in primary care. BMC Infect Dis. 2022 Nov 11;22(1):840. https://www.doi.org/10.1186/s12879-022-07830-4 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36368940?tool=bestpractice.com
Recomenda-se profilaxia com antibióticos em indivíduos com história de febre reumática para diminuir o risco de recidiva de febre reumática.
Opções primárias
fenoximetilpenicilina: crianças ≤27 kg: 250 mg por via oral duas a três vezes ao dia por 10 dias; crianças >27 kg e adultos: 500 mg por via oral duas a três vezes ao dia por 10 dias
ou
benzilpenicilina benzatina: crianças ≤27 kg: 600,000 unidades por via intramuscular em dose única; crianças >27 kg e adultos: 1.2 milhão de unidades por via intramuscular em dose única
ou
amoxicilina: crianças: 50 mg/kg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas por 10 dias, máximo de 1000 mg/dia; adultos: 500 mg por via oral duas vezes ao dia por 10 dias
Opções secundárias
azitromicina: crianças: 12 mg/kg (máximo de 500 mg/dose) por via oral uma vez ao dia no dia 1, seguidos de 6 mg/kg (máximo 250 mg/dose) uma vez ao dia por 4 dias; adultos: 500 mg por via oral uma vez ao dia no dia 1, seguidos de 250 mg uma vez ao dia por 4 dias
ou
claritromicina: crianças: 15 mg/kg/dia por via oral administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 10 dias, máximo de 500 mg/dia; adultos: 250 mg por via oral duas vezes ao dia por 10 dias
ou
eritromicina base: crianças: 25-50 mg/kg/dia por via oral administrados em 4 doses fracionadas por 10 dias, máximo de 2000 mg/dia; adultos: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia por 10 dias
ou
cefalexina: crianças: 25-50 mg/kg/dia por via oral administrados em doses fracionadas a cada 12 horas por 10 dias, máximo de 1000 mg/dia; adultos: 500 mg por via oral duas vezes ao dia por 10 dias
ou
cefadroxila: crianças: 30 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas por 10 dias, máximo de 1000 mg/dia; adultos: 1000 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas por 10 dias
ou
clindamicina: crianças: 20 mg/kg/dia por via oral administrados em doses fracionadas a cada 8 horas por 10 dias, máximo de 1800 mg/dia; adultos: 300-600 mg por via oral a cada 8 horas por 10 dias
tonsilectomia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes adultos com faringite recorrente podem ter benefício modesto com a tonsilectomia.[90]Koskenkorva T, Koivunen P, Koskela M, et al. Short-term outcomes of tonsillectomy in adult patients with recurrent pharyngitis: a randomized controlled trial. CMAJ. 2013 May 14;185(8):E331-6. https://www.cmaj.ca/content/185/8/E331.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23549975?tool=bestpractice.com [91]Burton MJ, Glasziou PP, Chong LY, et al. Tonsillectomy or adenotonsillectomy versus non-surgical treatment for chronic/recurrent acute tonsillitis. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Nov 19;(11):CD001802. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001802.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25407135?tool=bestpractice.com [92]Morad A, Sathe NA, Francis DO, et al. Tonsillectomy versus watchful waiting for recurrent throat infection: a systematic review. Pediatrics. 2017 Feb;139(2):e20163490. https://pediatrics.aappublications.org/content/139/2/e20163490.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28096515?tool=bestpractice.com Nas crianças com episódios recorrentes de faringite por estreptococo do grupo A (GAS), a tonsilectomia pode ser considerada.[93]Mitchell RB, Archer SM, Ishman SL, et al. Clinical practice guideline: tonsillectomy in children (update). Otolaryngol Head Neck Surg. 2019 Feb;160(1_suppl):S1-42. https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/0194599818801757 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30798778?tool=bestpractice.com
hidratação, repouso ± corticosteroide ± imunoglobulina intravenosa
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O objetivo do tratamento é prestar cuidados de suporte, incluindo uma hidratação adequada.
O repouso é ainda uma recomendação frequente, mas sua real utilidade é desconhecida. Recomenda-se evitar atividades físicas vigorosas (inclusive esportes de contato) nas primeiras 3 a 4 semanas da doença em razão da possibilidade de ruptura esplênica, embora já tenham sido demonstrados casos de até 8 semanas a partir do diagnóstico inicial. A ultrassonografia abdominal é recomendada para confirmar a resolução da esplenomegalia antes da liberação para atividades físicas vigorosas.[83]Bartlett A, Williams R, Hilton M. Splenic rupture in infectious mononucleosis:a systematic review of published case reports. Injury. 2016 Mar;47(3):531-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26563483?tool=bestpractice.com
Os pacientes com sintomas sistêmicos graves de mononucleose infecciosa e suas complicações devem ser admitidos a um hospital.
Os corticosteroides sistêmicos devem ser reservados aos pacientes com obstrução intensa das vias aéreas, trombocitopenia intensa ou anemia hemolítica.[84]Rezk E, Nofal YH, Hamzeh A, et al. Steroids for symptom control in infectious mononucleosis. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Nov 8;(11):CD004402. https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD004402.pub3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26558642?tool=bestpractice.com
A imunoglobulina intravenosa, que modula a resposta do sistema imunológico, pode ser utilizada em pacientes com trombocitopenia imune.
Consulte Mononucleose infecciosa.
terapia antifúngica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A Candida albicans é geralmente suscetível à terapia tópica.
Os casos leves a moderados de candidíase oral podem ser tratados com agentes antifúngicos poliênicos (por exemplo, nistatina). Deve-se observar que a suspensão de nistatina possui alto conteúdo de sacarose, e seu uso frequente, sobretudo em um paciente com xerostomia, pode aumentar o risco de cárie dentária.
Para indivíduos com infecção fúngica mais disseminada, envolvendo mais superfícies da boca, ou naqueles que apresentam duração mais longa dos sintomas, um antifúngico azólico, como o fluconazol, é mais adequado.
Consulte Candidíase oral.
antitoxina diftérica associada a antibioticoterapia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A antitoxina diftérica é o pilar de terapia e deve ser administrada imediatamente, assim que houver forte suspeita clínica de difteria. A confirmação laboratorial do diagnóstico não deve atrasar a administração de antitoxina, uma vez que os pacientes podem piorar rapidamente. A antitoxina pode neutralizar somente toxinas livres no soro, e a eficácia diminui significativamente após o início de sintomas mucocutâneos, os quais sinalizam o movimento da toxina para as células.
Os antibióticos não são substitutos do tratamento com antitoxina, mas servem para evitar a produção adicional da toxina pela erradicação do organismo Corynebacterium diphtheriae. Eles também tratam as infecções cutâneas localizadas. Além disso, os antibióticos evitam a transmissão da doença para contatos. O C diphtheriae é geralmente suscetível à penicilina e eritromicina.[86]Centers for Disease Control and Prevention. Diphtheria. Sep 2022 [internet publication]. https://www.cdc.gov/diphtheria/clinicians.html
Consulte Difteria.
antibioticoterapia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A antibioticoterapia com agentes ativos contra Francisella tularensis é o pilar de tratamento em todos os pacientes, independentemente da manifestação clínica.
As práticas de isolamento padrão devem ser seguidas, e o laboratório clínico deve ser alertado para tularemia como diagnóstico suspeito antes de os espécimes clínicos serem enviados.
O padrão ouro para a terapia é um aminoglicosídeo. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA recomendam gentamicina como medicamento de primeira escolha com base na experiência e na eficácia, particularmente para casos graves.[87]Centers for Disease Control and Prevention. Tickborne diseases of the United States. Aug 2022 [internet publication]. https://www.cdc.gov/ticks/tickbornediseases/index.html A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a gentamicina como medicamento de primeira escolha, por ser mais amplamente disponível, sendo a estreptomicina uma alternativa, se disponível.[88]World Health Organization: Global Alert and Response (GAR). WHO guidelines on tularaemia. 2007 [internet publication]. https://apps.who.int/iris/handle/10665/43793 A escolha do agente, em última análise, depende das orientações locais e da disponibilidade desses medicamentos. A doxiciclina é um agente alternativo.[87]Centers for Disease Control and Prevention. Tickborne diseases of the United States. Aug 2022 [internet publication]. https://www.cdc.gov/ticks/tickbornediseases/index.html
Consulte Tularemia.
antibioticoterapia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
É mais difícil erradicar o gonococo da faringe que de sítios urogenitais. Para a infecção gonocócica não complicada da faringe, recomenda-se ceftriaxona intramuscular em dose única. Caso seja identificada coinfecção por clamídia, a clamídia deve ser tratada com doxiciclina, ou azitromicina oral durante a gestação. Um teste para confirmar a cura deve ser solicitado para se garantir a erradicação após o tratamento.[89]St Cyr S, Barbee L, Workowski KA, et al. Update to CDC's treatment guidelines for gonococcal infection, 2020. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2020 Dec 18;69(50):1911-6. https://www.doi.org/10.15585/mmwr.mm6950a6 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33332296?tool=bestpractice.com
Consulte Infecção por gonorreia (que também inclui coinfecção por clamídia).
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal