Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

exacerbação com risco de vida ou insuficiência respiratória iminente

Back
1ª linha – 

avaliar quanto a intubação, ventilação mecânica e internação em unidade de terapia intensiva

Os pacientes que apresentarem sinais de asma com risco à vida (por exemplo, torpor, confusão, ausência de sibilos ["tórax silencioso"]) devem ser considerados para intubação, ventilação mecânica e internação em unidade de terapia intensiva (UTI).[1]

Pacientes que inicialmente apresentam exacerbação sem risco de vida, mas que não respondem adequadamente ao tratamento, ou que posteriormente desenvolvam sinais de asma com risco de vida, podem também necessitar de internação em UTI para avaliar a necessidade de intubação e ventilação mecânica.[1]

Back
associado a – 

beta-2 agonista inalatório de curta ação

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A administração repetida de um beta-2 agonista inalatório de curta ação (com nebulizador) é a terapia de primeira linha utilizada para reverter rapidamente a limitação do fluxo aéreo. O tratamento deve ser iniciado imediatamente e ajustado com base na resposta do paciente. Ele deve ser administrado em conjunto com ipratrópio inalatório (via nebulizador) nas exacerbações de asma graves ou com risco à vida.[1][45]​ A combinação de um beta-2 agonista e um anticolinérgico pode produzir efeitos broncodilatadores mais pronunciados que qualquer um dos medicamentos isoladamente.[74]​ Essa combinação também está associada a uma grande melhora no pico de fluxo e no volume expiratório forçado em 1 segundo (VEF₁).[75][76][77]

O uso dos nebulizadores pode transmitir partículas virais respiratórias e potencialmente contribuir para a disseminação de infecções virais respiratórias, como a COVID-19.[1]​ Considere o nível apropriado de equipamento de proteção individual (EPI).

Opções primárias

salbutamol por via inalatória: 2.5 a 5 mg nebulizados a cada 20 minutos em 3 doses, seguidos por 2.5 a 10 mg a cada 1-4 horas quando necessário; ou nebulização contínua com 10-15 mg/hora

Back
associado a – 

anticolinérgico inalatório

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O ipratrópio por via inalatória deve ser adicionado a um beta-2 agonista de curta ação em adultos com exacerbações de asma intensas ou com risco de vida.[1][45]

Os anticolinérgicos associados a um beta-2 agonista podem produzir efeitos broncodilatadores maiores que qualquer um dos dois medicamentos isoladamente.[74] Essa combinação também está associada a uma grande melhora no pico de fluxo e no volume expiratório forçado em 1 segundo (VEF₁), e a taxas de hospitalização mais baixas.[75][76][77]

O ipratrópio deve ser administrado somente em conjunto com beta-2 agonistas de curta ação, e não em substituição a eles. O ipratrópio pode ser administrado em conjunto com qualquer beta-2 agonista de curta ação.

O uso dos nebulizadores pode transmitir partículas virais respiratórias e potencialmente contribuir para a disseminação de infecções virais respiratórias, como a COVID-19.[1]​ Considere o nível apropriado de equipamento de proteção individual (EPI).

Opções primárias

ipratrópio por via inalatória: nebulização com 500 microgramas juntamente com cada administração de beta-2 agonista de curta ação (geralmente a cada 20 minutos em 3 doses e, em seguida, quando necessário)

Back
associado a – 

oxigênio suplementar

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Deve-se administrar oxigênio suplementar por meio de cânulas nasais ou máscaras com reservatório de oxigênio para se alcançar saturação de oxigênio de 93% a 95%.[1]

A oxigenoterapia deve então ser ajustada. A PaCO₂ pode piorar em alguns pacientes com grave obstrução do fluxo aéreo com saturação de oxigênio a 100%.

Back
associado a – 

corticosteroide intravenoso ou oral

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Demonstrou-se que a utilização de corticosteroides sistêmicos acelera a resolução das exacerbações e previne a recidiva.[1][53]

Corticosteroides intravenosos podem ser administrados aos pacientes que não conseguirem tomar medicamentos por via oral por estarem muito dispneicos para deglutir, estarem vomitando ou necessitarem de ventilação não invasiva ou intubação.​[1]​ Os corticosteroides sistêmicos devem ser administrados idealmente dentro de 1 hora após a apresentação.[1]

Pode levar até 4 horas após a administração de corticosteroides para que se observe melhora clínica.[1]

As diretrizes internacionais recomendam a hidrocortisona como um corticosteroide intravenoso típico.[1] Entretanto, nos EUA, a metilprednisolona intravenosa é mais comumente usada na prática. A prednisolona é a escolha típica quando a terapia oral é considerada adequada. Outros corticosteroides orais ou intravenosos podem ser usados de acordo com as orientações locais.

Embora as diretrizes recomendem a consideração de um corticosteroide inalatório (CI) em altas doses para as exacerbações graves, na prática é improvável que eles sejam usados nas exacerbações com risco à vida quando o paciente já estiver tomando um corticosteroide sistêmico; nos adultos, as evidências de benefício da administração de CI além de corticosteroides sistêmicos são conflitantes.[1][68]

Ciclo de tratamento: geralmente 5-7 dias. Não é necessário reduzir a dose gradualmente se ela tiver sido prescrita por menos de 2 semanas.[1]

Opções primárias

succinato sódico de metilprednisolona: 60-80 mg por via intravenosa uma vez ao dia

ou

succinato sódico de hidrocortisona: 200-300 mg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 6-8 horas

Opções secundárias

prednisolona: 40-80 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas

Back
associado a – 

cuidados de suporte

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O monitoramento e a correção do equilíbrio hídrico e dos distúrbios eletrolíticos podem ser necessários a depender da condição clínica do paciente (por exemplo, para os pacientes que necessitarem de reidratação intravenosa).[45]

Back
Considerar – 

magnésio intravenoso

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Sulfato de magnésio intravenoso não é recomendado para uso de rotina em exacerbações da asma.[1]​ No entanto, demonstrou-se que uma única infusão reduz as taxas de internação hospitalar em certos pacientes, incluindo adultos com um volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF₁) predito de <25% a 30% e aqueles com falha do tratamento inicial.[65] Acredita-se que o magnésio iniba o influxo de cálcio na musculatura lisa das vias aéreas, agindo como um broncodilatador.[66]​ A Global Initiative for Asthma recomenda que o sulfato de magnésio intravenoso seja considerado para as exacerbações graves que não responderem ao tratamento inicial.[1]

Opções primárias

sulfato de magnésio: 2 g por via intravenosa em dose única ao longo de 20 minutos

Back
Considerar – 

antibioticoterapia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Antibióticos não devem ser administrados rotineiramente em exacerbações de asma, a menos que existam fortes indícios de infecção pulmonar, tais como febre e escarro purulento ou evidências radiográficas de pneumonia.[1]​​[62][71]​ A maioria das exacerbações agudas da asma são desencadeadas por infecção viral.[8][12][45]​ A seleção e a dosagem dos antibióticos devem ser de acordo com os padrões locais de resistência.

Back
Considerar – 

ventilação mecânica

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A ventilação mecânica deve ser administrada a pacientes refratários ao tratamento e que permanecem com dificuldade respiratória grave. As estratégias de manejo da ventilação frequentemente incluem frequências respiratórias baixas, volumes correntes baixos, altas taxas de fluxo inspiratório e evitação da pressão expiratória final positiva aplicada pelo ventilador.


Intubação traqueal - Vídeo de demonstração
Intubação traqueal - Vídeo de demonstração

Como inserir um tubo traqueal em um adulto usando um laringoscópio.



Ventilação com ressuscitador manual ("bolsa-válvula-máscara") - Vídeo de demonstração
Ventilação com ressuscitador manual ("bolsa-válvula-máscara") - Vídeo de demonstração

Como usar um aparato reanimador manual autoinflável para fornecer suporte ventilatório a adultos. Vídeo de demonstração da técnica em duas pessoas.


exacerbação grave

Back
1ª linha – 

beta-2 agonista inalatório de curta ação

A administração repetida de um beta-2 agonista de curta ação por via inalatória (com nebulizador ou inalador dosimetrado [MDI] associado a espaçador) é a terapia de primeira linha usada para reverter rapidamente a limitação do fluxo aéreo. O tratamento deve ser iniciado imediatamente e ajustado com base na resposta do paciente. Ele deve ser administrado com ipratrópio inalado (via nebulizador) em exacerbações de asma graves ou com risco à vida.[1][45]​​ A combinação de um beta-2 agonista e um anticolinérgico pode produzir efeitos broncodilatadores mais aprimorados do que qualquer um dos medicamentos isoladamente.[74]​ Essa combinação também está associada a uma grande melhora no pico de fluxo e no volume expiratório forçado em 1 segundo (VEF₁), e a taxas de hospitalização mais baixas.[75][76][77]

Nebulizadores são úteis caso o paciente não seja capaz de coordenar o uso do inalador dosimetrado.

O uso dos nebulizadores pode transmitir partículas virais respiratórias e potencialmente contribuir para a disseminação de infecções virais respiratórias, como a COVID-19.[1]​ Considere o nível apropriado de equipamento de proteção individual (EPI).

Opções primárias

salbutamol por via inalatória: (inalador dosimetrado com 100 microgramas/dose) 400-800 microgramas (4-8 puffs) a cada 20 minutos por até 4 horas, depois a cada 1-4 horas quando necessário; ou 2.5 a 5 mg com o nebulizador a cada 20 minutos por 3 doses, seguidos por 2.5 a 10 mg a cada 1-4 horas quando necessário; ou nebulização contínua com 10-15 mg/hora

Back
associado a – 

anticolinérgico inalatório

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O ipratrópio por via inalatória deve ser adicionado a um beta-2 agonista de curta ação em adultos com exacerbações de asma intensas ou com risco de vida.[1][45]

Os anticolinérgicos associados a um beta-2 agonista podem produzir efeitos broncodilatadores maiores que qualquer um dos dois medicamentos isoladamente.[74] Essa combinação também está associada a uma grande melhora no pico de fluxo e no volume expiratório forçado em 1 segundo (VEF₁), e a taxas de hospitalização mais baixas.[75][76][77]

O ipratrópio deve ser administrado somente em conjunto com beta-2 agonistas de curta ação, e não em substituição a eles. O ipratrópio pode ser administrado em conjunto com qualquer beta-2 agonista de curta ação.

O uso dos nebulizadores pode transmitir partículas virais respiratórias e potencialmente contribuir para a disseminação de infecções virais respiratórias, como a COVID-19.[1]​ Considere o nível apropriado de equipamento de proteção individual (EPI).

Opções primárias

ipratrópio por via inalatória: (inalador dosimetrado 17 microgramas/dose) 136 microgramas (8 puffs) de 20 em 20 minutos, durante até 3 horas, administrados em combinação e dosados a cada administração de beta-2 agonista de curta ação; ou 500 microgramas nebulizados a cada 20 minutos durante 3 doses e, depois, quando necessário, administrados em combinação e dosados a cada administração de beta-2 agonista de curta ação

Back
associado a – 

oxigênio suplementar

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Deve-se administrar oxigênio suplementar por meio de cânulas nasais ou máscaras com reservatório de oxigênio para se alcançar saturação de oxigênio de 93% a 95%.[1]

A oxigenoterapia deve então ser ajustada. A PaCO₂ pode piorar em alguns pacientes com grave obstrução do fluxo aéreo com saturação de oxigênio a 100%.

Back
associado a – 

corticosteroide oral ou intravenoso

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os corticosteroides sistêmicos devem ser administrados idealmente até 1 hora após a apresentação.[1] Pode levar até 4 horas após a administração de corticosteroides para que se observe melhora clínica.[1]​ Alguns pacientes podem já ter iniciado um ciclo de corticosteroides orais se eles fizerem parte do plano de autocuidado.[1]

Demonstrou-se que a utilização de corticosteroides sistêmicos acelera a resolução das exacerbações e previne a recidiva.[1][53]​ A administração oral é a via preferencial.[1]​ Os corticosteroides intravenosos podem ser administrados nos pacientes que estiverem dispneicos demais para deglutir, que apresentarem vômitos ou que necessitarem de ventilação não invasiva ou intubação.[1]

A prednisolona é a escolha típica para terapia com corticoterapia oral. As diretrizes internacionais recomendam a hidrocortisona como um corticosteroide intravenoso típico.[1] Entretanto, nos EUA, a metilprednisolona intravenosa é mais comumente usada na prática. Outros corticosteroides orais ou intravenosos podem ser usados de acordo com as orientações locais.

Em pacientes com exacerbação grave ou com risco de vida que estejam recebendo corticosteroides sistêmicos, a diretriz da Global Initiative for Asthma (GINA) recomenda a consideração de corticosteroide inalatório (CI) adicional em altas doses, ao mesmo tempo em que alerta que as evidências de benefício da combinação de um corticosteroide sistêmico associado a um CI são conflitantes em adultos.[1][68][69]​ Na prática, é improvável que os CIs sejam usados se o paciente já estiver tomando um corticosteroide sistêmico.

O ciclo de tratamento com corticosteroides sistêmicos geralmente dura de 5 a 7 dias. Não é necessário reduzir a dose se ela for prescrita por menos de 2 semanas.[1] Um ensaio clínico randomizado e controlado comparando os efeitos de 2 dias de dexametasona oral e 5 dias de prednisolona oral em pacientes entre 18 e 45 anos com exacerbações agudas de asma (taxa de pico do fluxo expiratório <80% do ideal) mostrou que a primeira é, no mínimo, tão efetiva quanto a segunda para que os pacientes retornem aos seus níveis normais de atividade e para prevenir recidivas.[70] A GINA recomenda que, se usada, a dexametasona oral não deve ser mantida por mais de 2 dias devido a preocupações com efeitos adversos metabólicos: se for necessário tratamento adicional com corticosteroides sistêmicos, deve-se considerar uma mudança para a prednisolona.[1]

Opções primárias

prednisolona: 40-80 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas

Opções secundárias

succinato sódico de metilprednisolona: 60-80 mg por via intravenosa uma vez ao dia

ou

succinato sódico de hidrocortisona: 200-300 mg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 6-8 horas

Back
associado a – 

cuidados de suporte

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O monitoramento e a correção do equilíbrio hídrico e dos distúrbios eletrolíticos podem ser necessários a depender da condição clínica do paciente (por exemplo, para os pacientes que necessitarem de reidratação intravenosa).[45]

Back
Considerar – 

magnésio intravenoso

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Sulfato de magnésio intravenoso não é recomendado para uso de rotina em exacerbações da asma.[1]​ No entanto, demonstrou-se que uma única infusão reduz as taxas de internação hospitalar em certos pacientes, incluindo adultos com um volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF₁) predito de <25% a 30% e aqueles com falha do tratamento inicial.[65]

Acredita-se que o magnésio iniba o influxo de cálcio na musculatura lisa das vias aéreas, agindo como um broncodilatador.[66] A Global Initiative for Asthma recomenda que o sulfato de magnésio intravenoso seja considerado para as exacerbações graves que não responderem ao tratamento inicial.[1]

Opções primárias

sulfato de magnésio: 2 g por via intravenosa em dose única ao longo de 20 minutos

Back
Considerar – 

antibioticoterapia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Antibióticos não devem ser administrados rotineiramente em exacerbações de asma, a menos que existam fortes indícios de infecção pulmonar, tais como febre e escarro purulento ou evidências radiográficas de pneumonia.[1]​​[62][71]​ A maioria das exacerbações agudas da asma são desencadeadas por infecção viral.[8][12][45]​ Deve-se seguir os protocolos locais da instituição para escolha do antibiótico e da dosagem apropriada.

exacerbação leve a moderada

Back
1ª linha – 

beta-2 agonista inalatório de curta ação

A administração repetida de um beta-2 agonista de curta ação por via inalatória (com inalador dosimetrado ou nebulizador) é a terapia de primeira linha utilizada para reverter rapidamente a limitação do fluxo aéreo. O tratamento deve ser iniciado imediatamente e ajustado com base na resposta do paciente.

Para pacientes com exacerbações leves a moderadas, a administração de um beta-2 agonista de curta ação por meio de um inalador dosimetrado associado a um espaçador ou de um inalador de pó seco produz melhoras na função pulmonar semelhantes às obtidas com o nebulizador.[1]​ Os nebulizadores são úteis caso o paciente não seja capaz de coordenar o uso de um inalador dosimetrado.

O uso dos nebulizadores pode transmitir partículas virais respiratórias e potencialmente contribuir para a disseminação de infecções virais respiratórias, como a COVID-19.[1]​ Considere o nível apropriado de equipamento de proteção individual (EPI).

Opções primárias

salbutamol por via inalatória: (inalador dosimetrado com 100 microgramas/dose) 400-800 microgramas (4-8 puffs) a cada 20 minutos por até 4 horas, depois a cada 1-4 horas quando necessário; ou 2.5 a 5 mg com o nebulizador a cada 20 minutos por 3 doses, seguidos por 2.5 a 10 mg a cada 1-4 horas quando necessário; ou nebulização contínua com 10-15 mg/hora

Back
associado a – 

corticosteroide oral

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Deve ser administrado um ciclo curto de tratamento com um corticosteroide oral (por exemplo, prednisolona).[1]​ Pode levar até 4 horas após a administração de um corticosteroide para que se observe melhora clínica.[1]​ Alguns pacientes podem já ter iniciado um ciclo de corticosteroides orais se eles fizerem parte do plano de autocuidado.[1]

Demonstrou-se que a utilização de corticosteroides sistêmicos acelera a resolução das exacerbações e previne a recidiva.[1][53]​​​​ Nos cenários de assistência aguda, a Global Initiative for Asthma (GINA) recomenda que os corticosteroides sistêmicos devem ser administrados em todas as exacerbações, exceto nas mais leves; seu uso é especialmente importante se o tratamento com beta-2 agonista de curta ação não proporcionar melhora duradoura dos sintomas, ou se o paciente tiver uma história de exacerbações que tiverem exigido corticosteroides orais ou os estivesse usando quando a exacerbação atual ocorreu.[1]

Um ensaio clínico randomizado e controlado comparando os efeitos de 2 dias de dexametasona oral e 5 dias de prednisolona oral em pacientes entre 18 e 45 anos com exacerbações agudas de asma (taxa de pico do fluxo expiratório <80% do ideal) mostrou que a primeira é, no mínimo, tão efetiva quanto a segunda para que os pacientes retornem aos seus níveis normais de atividade e para prevenir recidivas.[70]​ A GINA recomenda que, se usada, a dexametasona oral não deve ser mantida por mais de 2 dias devido a preocupações com efeitos adversos metabólicos: se for necessário tratamento adicional com corticosteroides sistêmicos, deve-se considerar uma mudança para a prednisolona.[1]

Ciclo do tratamento: pelo menos 5 dias e até a recuperação da exacerbação aguda; não há necessidade de redução gradual da dose antes da interrupção.

Opções primárias

prednisolona: 40-80 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas

Back
Considerar – 

anticolinérgico inalatório

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O ipratrópio por via inalatória deve ser adicionado a um beta-2 agonista de curta ação em adultos com exacerbações de asma moderadas, sobretudo se a resposta ao tratamento inicial for insatisfatória.[1][45]

Os anticolinérgicos associados a um beta-2 agonista podem produzir efeitos broncodilatadores maiores que qualquer um dos dois medicamentos isoladamente.[74] Essa combinação também está associada a uma grande melhora no pico de fluxo e no volume expiratório forçado em 1 segundo (VEF₁), e a taxas de hospitalização mais baixas.[75][76][77]

O ipratrópio deve ser administrado somente em conjunto com beta-2 agonistas de curta ação, e não em substituição a eles. O ipratrópio pode ser administrado em conjunto com qualquer beta-2 agonista de curta ação.

O uso dos nebulizadores pode transmitir partículas virais respiratórias e potencialmente contribuir para a disseminação de infecções virais respiratórias, como a COVID-19.[1]​ Considere o nível apropriado de equipamento de proteção individual (EPI).

Opções primárias

ipratrópio por via inalatória: (inalador dosimetrado 17 microgramas/dose) 136 microgramas (8 puffs) de 20 em 20 minutos, durante até 3 horas, administrados em combinação e dosados a cada administração de beta-2 agonista de curta ação; ou 500 microgramas nebulizados a cada 20 minutos durante 3 doses e, depois, quando necessário, administrados em combinação e dosados a cada administração de beta-2 agonista de curta ação

Back
Considerar – 

oxigênio suplementar

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Deve-se administrar oxigênio suplementar, se necessário, por meio de cânulas nasais ou máscaras com reservatório de oxigênio para alcançar saturação de oxigênio de 93% a 95%.[1]

A oxigenoterapia deve então ser ajustada. A PaCO₂ pode piorar em alguns pacientes com grave obstrução do fluxo aéreo com saturação de oxigênio a 100%.

Back
Considerar – 

antibioticoterapia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Antibióticos não devem ser administrados rotineiramente em exacerbações de asma, a menos que existam fortes indícios de infecção pulmonar, tais como febre e escarro purulento ou evidências radiográficas de pneumonia.[1]​​[62][71]​ A maioria das exacerbações agudas da asma são desencadeadas por infecção viral.[8][12][45]​ Deve-se seguir os protocolos locais da instituição para escolha do antibiótico e da dosagem apropriada.

CONTÍNUA

asma sintomática

Back
1ª linha – 

Terapia subsequente

Antes da alta, deve-se iniciar a terapia de controle baseada em corticosteroides inalatórios (CI), se não tiver sido previamente prescrita.[1]​ Os pacientes que já tomam medicamentos contendo CI geralmente devem ter seu tratamento intensificado por 2 a 4 semanas.[1]​ Se a exacerbação tiver ocorrido em um contexto de controle inadequado da asma em longo prazo (apesar de uma boa adesão e uma boa técnica de inalação), um aumento em prazo mais longo (por exemplo, 2 a 3 meses) pode ser indicado.[1]​ A Global Initiative for Asthma (GINA) recomenda um aumento ou mudança para terapia de manutenção e alívio (MART) com CI-formoterol (abordagem "Faixa 1") após uma exacerbação e informa que a Etapa 4 da MART é apropriada se o paciente visitou o pronto-socorro ou foi hospitalizado.[1]

Os pacientes devem retomar o uso do seu inalador de alívio normal antes da alta, caso ele tenha sido substituído por um beta-2 agonista de curta ação durante o tratamento agudo da exacerbação.[1]​ Eles devem voltar ao esquema de medicação de alívio com base na necessidade em vez de no uso regular, com base nas melhoras sintomática e objetiva.​[1]​ A GINA recomenda considerar a mudança para um esquema de tratamento com um medicamento de alívio CI-formoterol para aqueles que estavam usando um medicamento de alívio beta-2 agonista de ação curta antes da exacerbação, para reduzir o risco de exacerbações futuras.[1]

A adesão e a técnica inalatória devem ser reavaliadas antes da alta.[1]​ Os pacientes devem ser acompanhados por um médico de atenção primária ou pneumologista até 2 a 7 dias após uma exacerbação (ou dentro de 1 a 2 semanas se a exacerbação tiver sido autocontrolada em casa) para avaliar e otimizar o tratamento da asma, incluindo medicamentos, revisão de fatores de risco modificáveis e comorbidades, da técnica de inalação e do plano de ação por escrito para a asma.[1]

As diretrizes recomendam que a gravidade e o controle da asma sejam vistos como uma escada em que o medicamento pode subir ou descer com base na gravidade da doença e na adequação do controle.[1]

A abordagem gradual destina-se a apoiar, e não substituir, a tomada de decisão clínica necessária para atender às necessidades individuais do paciente.

Os pacientes podem iniciar em qualquer nível da escala, e os medicamentos podem ser aumentados (intensificados), se necessário. O aumento do uso de beta-agonistas de curta ação ou uso >2 dias por semana para alívio dos sintomas (e não para prevenção do broncoespasmo induzido pelo exercício) geralmente indica controle inadequado e necessidade de intensificar o tratamento.

O controle da asma do paciente deve ser avaliado regularmente para que haja redução do controle se a doença tiver sido bem controlada durante, pelo menos, 3 meses. Uma redução pode aumentar o risco de exacerbações, e medidas devem ser tomadas para reduzir o risco (por exemplo, evitar reduzir muito/rapidamente ou em momentos de maior risco de exacerbação).[1]​ Deve haver um plano de ação por escrito detalhando como e quando intensificar o tratamento caso o controle da asma piore (garantindo que os medicamentos necessários estejam disponíveis para o paciente seguir este plano).[1]​ É aconselhável um monitoramento rigoroso durante a redução (especialmente nos pacientes com fatores de risco para exacerbações) e um acompanhamento programado para avaliar a resposta.[1]​​ Os medicamentos contendo um CI não devem ser completamente suspensos, e a adesão a eles durante a redução da terapia deve ser incentivada.[1]

Não há evidências suficientes para recomendar o uso universal de eosinófilos no escarro ou dos níveis de fração de óxido nítrico exalado (FeNO) para personalizar o tratamento da asma. No entanto, algumas evidências sugerem que essa abordagem pode reduzir a frequência de exacerbações da asma.​[1][72][73] [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​​ A GINA recomenda o tratamento guiado pelo escarro para os adultos com asma moderada ou grave que forem tratados (ou podem ser encaminhados) em um centro que ofereça esse tratamento.[1]​ A medição da FeNO pode ser considerada como parte de uma estratégia de manejo e monitoramento contínuos para pacientes selecionados, se houver uma incerteza persistente na escolha, no monitoramento ou no ajuste das terapias.[39]​ Na prática clínica, a FeNO é usada principalmente para ajudar a orientar as decisões de tratamento nos pacientes com asma grave.[1]

back arrow

Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal