Complicações
A cisplatina é uma parte importante do esquema de tratamento e pode causar náuseas e vômitos significativos. Estes podem ser agudos ou protelados, aparecendo vários dias após a administração da quimioterapia. Os antieméticos intravenosos (IV) normalmente são administrados com cada infusão para evitar esse efeito adverso, e os antieméticos para uso doméstico também são prescritos. Esquemas combinados de medicamentos antieméticos incluindo dexametasona, aprepitanto e antagonistas 5-HT3 são eficazes na redução de náuseas e vômitos.[105]
A neutropenia é comum durante a quimioterapia. Os pacientes com uma contagem absoluta de neutrófilos de <500/microlitro ou <1000/microlitro e em queda são considerados neutropênicos. Nesses casos, febre é definida como qualquer temperatura ≥38.3 ºC (101 ºF) ou uma temperatura ≥37.8 ºC (100 ºF) mantida por 1 hora.
As febres neutropênicas requerem avaliação e tratamento urgentes. (O exame físico completo, hemoculturas, hemograma completo, creatinina e testes da função hepática são obrigatórios. Uma radiografia torácica e uma urinálise também são realizadas. A antibioticoterapia empírica de amplo espectro deve ser administrada sem demora.) O suporte com citocinas deve ser considerado conforme apropriado para garantir a adesão terapêutica à programação de dosagem.
A cisplatina pode causar danos renais significativos, inclusive insuficiência renal aguda. Os pacientes com disfunção renal inicial podem ter um risco maior. Os danos tubulares renais causados pela cisplatina podem levar à perda inadequada de eletrólitos, inclusive de magnésio. A hidratação com fluidoterapia intravenosa pode ser realizada para reduzir a possibilidade de danos renais.
No ano seguinte ao tratamento, a bleomicina-etoposídeo-cisplatina foi associada a riscos altamente aumentados de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e tromboembolismo venoso. O risco de DCV diminuiu para níveis normais após 1 ano de tratamento com BEP.[108] O risco de desenvolver DCV em longo prazo aumentou naqueles que foram tratados com quimioterapia à base de platina; eram obesos ou fumantes no momento do diagnóstico; desenvolveram dislipidemia durante o acompanhamento, apresentavam história familiar positiva de DCV ou desenvolveram o fenômeno de Raynaud.[109]
A radiação e a quimioterapia estão associadas a um aumento no número de malignidades secundárias.[106]
O risco de câncer em órgãos sólidos aumenta depois de quimioterapia ou radioterapia com um risco relativo de aproximadamente 2.[111] Existe um risco 2.7 vezes maior de leucemias após quimioterapia.[112]
A neuropatia periférica (NP) pode ocorrer em pacientes tratados com cisplatina, carboplatina ou paclitaxel. A NP pode começar durante ou após a quimioterapia e pode agravar-se por meses após a quimioterapia. A melhora pode ocorrer, mas pode ser incompleta.[110] A cisplatina pode causar ototoxicidade.[110]
Geralmente ocorre em 6 meses do tratamento com bleomicina. O etoposídeo também provoca toxicidade pulmonar, mas isso é raro.
A pneumonite e a fibrose induzidas por bleomicina são complicações incomuns, mas possivelmente fatais do tratamento do câncer do testículo (fatais em <2%).[105]
O risco parece ter relação com a dose.
Idade acima de 40 anos, doença pulmonar preexistente e doença renal crônica parecem aumentar o risco.
A deterioração dos testes de função pulmonar pode indicar o desenvolvimento dessa complicação.
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