Diagnósticos diferenciais
Alopécia areata difusa
SINAIS / SINTOMAS
É uma queda de cabelo não cicatricial, autoimune, inflamatória, normalmente caracterizada por áreas de calvície circunscritas e assimétricas.
O couro cabeludo é o local mais afetado.
Sugere-se o diagnóstico pelos achados de fios curtos quebradiços (ponto de exclamação), pitting ungueal e uma história de renovação periódica do cabelo.[28]
Investigações
A histopatologia de uma biópsia do couro cabeludo caracteriza-se pelo número elevado de folículos catágenos e telógenos e pela presença de infiltrados linfocíticos e eosinofílicos na região peribulbar.
Eflúvio telógeno agudo
SINAIS / SINTOMAS
Um aumento da queda de fios de cabelo normais.
A alopecia é difusa.
Há uma história de estressor físico (febre alta, cirurgia, gravidez, perda de peso rápida, deficiência nutricional, hemorragia ou disfunção hormonal como disfunção tireoidiana) ou de uso de medicamento desencadeante aproximadamente 3 a 5 meses antes do início da queda.
Queda de cabelo difusa no couro cabeludo, às vezes, com a renovação de fios curtos na parte frontal, embora a densidade geral do cabelo pareça normal ou minimamente diminuída.
Investigações
O teste de tração do cabelo em geral é positivo.
A biópsia do couro cabeludo não revela folículos pilosos miniaturizados e parece quase normal exceto por um aumento variável na proporção de folículos telógenos.
Eflúvio telógeno crônico
SINAIS / SINTOMAS
É um início idiopático abrupto da queda difusa e generalizada de fios telógenos do couro cabeludo que pode persistir por vários anos.
Ocorre mais comumente em mulheres.
Distingue-se do eflúvio telógeno agudo pela longa evolução flutuante.
Não há presença de queda de cabelo frontoparietal ou aumento da parte central, mas a doença pode ser acompanhada de recessão bitemporal.
As mulheres em geral apresentam-se sem redução visível da densidade dos fios no couro cabeludo.
A queda de cabelo parece ser autolimitada e não causa calvície.
Investigações
O teste de tração do cabelo é positivo nas fases iniciais ativas de queda de cabelo, mas negativo na queda de cabelo em longo prazo. A avaliação histopatológica de uma biópsia do couro cabeludo revela uma pele de aparência normal.
Eflúvio anágeno
SINAIS / SINTOMAS
A queda de cabelo anágena está associada a qualquer dano no folículo piloso que prejudique a atividade mitótica. Geralmente ocorre após a exposição a agentes quimioterápicos antineoplásicos que causam a interferência imediata na formação da haste capilar e a queda de fios anágenos já formados.[28]
Investigações
O teste de tração do cabelo é positivo.
Presença de fios predominantemente anágenos no exame microscópico de espécime de biópsia.
Síndrome do ovário policístico (SOPC)
SINAIS / SINTOMAS
As pacientes podem apresentar-se com ganho de peso, menstruação irregular, infertilidade e/ou hirsutismo. Os sintomas ou características associados são a acne e a alopécia androgênica.
Investigações
Os testes diagnósticos padrão são a ultrassonografia pélvica, embora nem todas as mulheres tenham cistos ovarianos, e um perfil de androgênio (testosterona total e livre, sulfato de prasterona [DHEA] e globulina ligadora de hormônios sexuais).
Síndrome de Cushing
SINAIS / SINTOMAS
Os pacientes podem queixar-se de ganho de peso apresentando as fácies de lua cheia, obesidade troncular e corcova de búfalo. Os achados associados são o hirsutismo, rubor facial, hematomas e estrias de distensão.
Investigações
Os testes de rastreamento padrão revelam níveis elevados de cortisol urinário livre de 24 horas, cortisol salivar noturno ou ausência de supressão noturna no teste de dexametasona. A supressão pela dexametasona em altas e baixas doses pode identificar também a síndrome de Cushing dependente ou independente do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH).
Hiperprolactinemia
SINAIS / SINTOMAS
As mulheres podem apresentar oligomenorreia e amenorreia. Os homens podem apresentar disfunção sexual, cefaleia e/ou defeitos de campo visual. A galactorreia pode ser um achado associado tanto em homens quanto em mulheres.
Investigações
Os testes de rastreamento revelam níveis de prolactina sérica elevados.
Disfunção tireoidiana
SINAIS / SINTOMAS
Os pacientes com hipotireoidismo podem apresentar-se com intolerância ao frio, fadiga, ganho de peso, constipação, bócio e/ou depressão. Os achados associados são pele e cabelo ásperos e secos.
Os pacientes com hipertireoidismo podem apresentar-se com perda de peso, aumento de apetite, intolerância ao calor, irritabilidade, fadiga e/ou sintomas cardíacos como palpitações.
Os pacientes com um distúrbio autoimune também podem apresentar-se com mixedema e/ou exoftalmia pré-tibial.
Investigações
O teste sérico de hormônio estimulante da tireoide (TSH) revela níveis elevados em pacientes com hipotireoidismo primário e níveis baixos ou suprimidos em pacientes com hipertireoidismo primário.
Deficiência de ferro
SINAIS / SINTOMAS
Os sintomas podem incluir fadiga progressiva, palidez, dispneia e pica. Os achados associados são a queda de cabelo e unhas quebradiças.
Investigações
Os testes de rastreamento padrão revelam anemia microcítica, níveis baixos de ferro sérico e ferritina, e alta capacidade de ligação do ferro.
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