Doença inflamatória pélvica (DIP)
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
suspeita ou confirmação de doença inflamatória pélvica (DIP) leve ou moderada na manifestação inicial
cefalosporina parenteral associada a doxiciclina oral e a metronidazol oral
A consideração para a seleção do esquema de tratamento inclui custo, disponibilidade, aceitação da paciente, padrões locais de sensibilidade antimicrobiana, epidemiologia local de infecções específicas e gravidade da doença.[22]British Association for Sexual Health and HIV. UK national guideline for the management of pelvic inflammatory disease. Jan 2019 [internet publication]. https://www.bashhguidelines.org/current-guidelines/systemic-presentation-and-complications/pid-2019
As pacientes com doença leve a moderada que puderem tolerar fluidos orais, não apresentarem abscesso tubo-ovariano, nem outros fatores para internação (por exemplo, emergências cirúrgicas não podem ser descartadas; a paciente está grávida; doença grave que impede manejo ambulatorial; a paciente não é capaz de seguir ou tolerar um esquema oral ambulatorial; a paciente não respondeu à terapia ambulatorial) devem ser tratadas com uma combinação de uma cefalosporina por via intramuscular (por exemplo, ceftriaxona, cefoxitina) associada a doxiciclina e a metronidazol por via oral. A probenecida deve ser usada com a cefoxitina. O metronidazol deve ser usado em combinação com a doxiciclina para fornecer cobertura estendida contra bactérias anaeróbias. O metronidazol também trata com eficácia a vaginose bacteriana, uma coinfecção comum nas mulheres com DIP. Outras cefalosporinas parenterais de terceira geração também podem ser usadas.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968
Taxas de cura microbiológica e clínica de 88% a 100% foram relatadas com antibióticos orais.[9]Scholes D, Stergachis A, Heidrich FE, et al. Prevention of pelvic inflammatory disease by screening for cervical chlamydial infection. N Engl J Med. 1996 May 23;334(21):1362-6. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199605233342103 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8614421?tool=bestpractice.com Entretanto, se a paciente não responder à antibioticoterapia ambulatorial em até 72 horas, indica-se internação e antibióticos intravenosos.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968
As gestantes com DIP apresentam alto risco de morbidade materna e parto prematuro e devem ser internadas e tratadas com antibióticos intravenosos em consulta com um especialista em doenças infecciosas.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968
Atualmente, não há dados que sugiram que as mulheres com infecção por HIV e coinfecção por DIP necessitam de um manejo clínico mais agressivo (por exemplo, internação ou esquemas de antibioticoterapia intravenosa).[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968
Opções primárias
ceftriaxona: peso corporal <150 kg: 500 mg por via intramuscular em dose única; peso corporal ≥150 kg: 1000 mg por via intramuscular em dose única
e
doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia por 14 dias
e
metronidazol: 500 mg por via oral duas vezes ao dia por 14 dias
ou
cefoxitina: 2 g por via intramuscular em dose única
e
probenecida: 1 g por via oral em dose única
e
doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia por 14 dias
e
metronidazol: 500 mg por via oral duas vezes ao dia por 14 dias
tratamento dos contatos sexuais
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Homens que tiverem tido contato sexual com uma mulher diagnosticada com DIP durante os 60 dias anteriores ao início dos sintomas devem ser avaliados e tratados com esquemas efetivos contra clamídia e gonorreia. Se a última relação sexual da paciente tiver sido >60 dias antes do início dos sintomas ou do diagnóstico, o parceiro sexual mais recente da paciente deve ser tratado.
[ ]
In people with sexually transmitted infections, what are the best strategies for partner notification?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.676/fullMostre-me a resposta As mulheres devem ser orientadas a evitarem relações sexuais até que elas e seus parceiros tenham concluído o ciclo do tratamento. Se não for possível o rastreamento adequado para gonorreia e clamídia no(s) parceiro(s) sexual(is), deverá ser prescrita uma terapia empírica para gonorreia e clamídia.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968
considerar remoção do dispositivo intrauterino (DIU)
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As evidências são insuficientes para recomendar a remoção de DIUs nas mulheres diagnosticadas com DIP aguda. No entanto, deve-se ter cuidado sobre se o DIU permanece no lugar; um acompanhamento clínico rigoroso é obrigatório e deve-se considerar a remoção se os sintomas não tiverem remitido em 48 a 72 horas.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968 [30]Ross J, Guaschino S, Cusini M, et al. 2017 European guideline for the management of pelvic inflammatory disease. Int J STD AIDS. 2018 Feb;29(2):108-14. https://iusti.org/wp-content/uploads/2019/12/IUSTIPIDGuideline2017.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29198181?tool=bestpractice.com [43]Royal College of General Practitioners/British Association for Sexual Health and HIV. Sexually transmitted infections in primary care 2013 (RCGP/BASHH). 2013 [internet publication]. https://www.rcgp.org.uk/-/media/Files/CIRC/RCGP-Sexually-Transmitted-Infections-in-Primary-Care-2013.ashx?la=en
fluoroquinolona ou azitromicina com ou sem metronidazol
Em consequência da resistência disseminada e cada vez maior, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) não recomendam mais o uso rotineiro de antibióticos do grupo das fluoroquinolonas para o tratamento da DIP. No entanto, se uma alergia impedir o uso de cefalosporinas, se a prevalência na comunidade e o risco individual de gonorreia forem baixos e o acompanhamento for provável, o uso de uma fluoroquinolona ou da azitromicina, com ou sem metronidazol, pode ser considerado.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968 O metronidazol oferece cobertura estendida contra bactérias anaeróbias e trata com eficácia a vaginose bacteriana, uma coinfecção comum nas mulheres com DIP.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968
No Reino Unido, as fluoroquinolonas devem ser evitadas como tratamento empírico de primeira linha para DIP em pacientes com alto risco de DIP gonocócica (por exemplo, doença clinicamente grave, parceiro com gonorreia, história de contato sexual no exterior).[30]Ross J, Guaschino S, Cusini M, et al. 2017 European guideline for the management of pelvic inflammatory disease. Int J STD AIDS. 2018 Feb;29(2):108-14. https://iusti.org/wp-content/uploads/2019/12/IUSTIPIDGuideline2017.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29198181?tool=bestpractice.com [41]Boukes FS, Dekker JH, Wiersma TJ, et al. Nederlands Huisartsen Genootschap. Summary of the practice guideline 'Pelvic inflammatory disease' (first revision) from the Dutch College of General Practitioners [in Dutch]. Ned Tijdschr Geneeskd. 2007 Mar 31;151(13):753-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17471777?tool=bestpractice.com No entanto, como a Neisseria gonorrhoeae é uma causa incomum de DIP no Reino Unido, elas podem ser usadas como tratamento empírico de segunda linha entre as pessoas que não apresentarem alto risco de gonorreia.[22]British Association for Sexual Health and HIV. UK national guideline for the management of pelvic inflammatory disease. Jan 2019 [internet publication]. https://www.bashhguidelines.org/current-guidelines/systemic-presentation-and-complications/pid-2019
O tratamento deve ser iniciado após o teste de gonorreia e basear-se na sensibilidade antimicrobiana.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968 [22]British Association for Sexual Health and HIV. UK national guideline for the management of pelvic inflammatory disease. Jan 2019 [internet publication]. https://www.bashhguidelines.org/current-guidelines/systemic-presentation-and-complications/pid-2019
Se a testagem para Mycoplasma genitalium estiver disponível e a M genitalium for detectada, as diretrizes recomendam tratamento com moxifloxacino.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968 [22]British Association for Sexual Health and HIV. UK national guideline for the management of pelvic inflammatory disease. Jan 2019 [internet publication]. https://www.bashhguidelines.org/current-guidelines/systemic-presentation-and-complications/pid-2019 [26]Jensen JS, Cusini M, Gomberg M, et al. 2021 European guideline on the management of Mycoplasma genitalium infections. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2022 May;36(5):641-50. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/jdv.17972 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35182080?tool=bestpractice.com
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos no sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[42]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3). https://www.mdpi.com/1999-4923/15/3/804 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso de fluoroquinolonas e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso de fluoroquinolonas deve ser restrito apenas em infecções bacterianas graves e de risco de vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento e indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
Opções primárias
levofloxacino: 500 mg por via oral uma vez ao dia por 14 dias
e
metronidazol: 500 mg por via oral duas vezes ao dia por 14 dias
ou
moxifloxacino: 400 mg por via oral uma vez ao dia por 14 dias
ou
azitromicina: 500 mg por via intravenosa uma vez ao dia por 1-2 dias, seguidos por 250 mg por via oral uma vez ao dia por 7 dias
ou
azitromicina: 500 mg por via intravenosa uma vez ao dia por 1-2 dias, seguidos por 250 mg por via oral uma vez ao dia por 12-14 dias
e
metronidazol: 500 mg por via oral três vezes ao dia por 12-14 dias
tratamento dos contatos sexuais
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Homens que tiverem tido contato sexual com uma mulher diagnosticada com DIP durante os 60 dias anteriores ao início dos sintomas devem ser avaliados e tratados com esquemas efetivos contra clamídia e gonorreia. Se a última relação sexual da paciente tiver sido >60 dias antes do início dos sintomas ou do diagnóstico, o parceiro sexual mais recente da paciente deve ser tratado.
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In people with sexually transmitted infections, what are the best strategies for partner notification?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.676/fullMostre-me a resposta As mulheres devem ser orientadas a evitarem relações sexuais até que elas e seus parceiros tenham concluído o ciclo do tratamento. Se não for possível o rastreamento adequado para gonorreia e clamídia no(s) parceiro(s) sexual(is), deverá ser prescrita uma terapia empírica para gonorreia e clamídia.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968
considerar remoção do dispositivo intrauterino (DIU)
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As evidências são insuficientes para recomendar a remoção de DIUs nas mulheres diagnosticadas com DIP aguda. No entanto, deve-se ter cuidado sobre se o DIU permanece no lugar; um acompanhamento clínico rigoroso é obrigatório e deve-se considerar a remoção se os sintomas não tiverem remitido em 48 a 72 horas.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968 [30]Ross J, Guaschino S, Cusini M, et al. 2017 European guideline for the management of pelvic inflammatory disease. Int J STD AIDS. 2018 Feb;29(2):108-14. https://iusti.org/wp-content/uploads/2019/12/IUSTIPIDGuideline2017.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29198181?tool=bestpractice.com [43]Royal College of General Practitioners/British Association for Sexual Health and HIV. Sexually transmitted infections in primary care 2013 (RCGP/BASHH). 2013 [internet publication]. https://www.rcgp.org.uk/-/media/Files/CIRC/RCGP-Sexually-Transmitted-Infections-in-Primary-Care-2013.ashx?la=en
DIP grave, complicações ou ausência de resposta à terapia intramuscular/oral
hospitalização associada à antibioticoterapia por via intravenosa
A consideração para a seleção do esquema de tratamento inclui custo, disponibilidade, aceitação da paciente, padrões locais de sensibilidade antimicrobiana, epidemiologia local de infecções específicas e gravidade da doença.[22]British Association for Sexual Health and HIV. UK national guideline for the management of pelvic inflammatory disease. Jan 2019 [internet publication]. https://www.bashhguidelines.org/current-guidelines/systemic-presentation-and-complications/pid-2019
As pacientes com DIP grave incluem aquelas com um abscesso tubo-ovariano, que não conseguem tolerar fluidos por via oral e aquelas com outros fatores para internação (por exemplo, emergências cirúrgicas não podem ser excluídas; paciente gestante; doença grave que impede o manejo ambulatorial; paciente não consegue seguir nem tolerar um esquema terapêutico ambulatorial; paciente não respondeu à terapia ambulatorial).[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968
Nos EUA, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendam antibioticoterapia parenteral com uma cefalosporina (ceftriaxona, cefotetana ou cefoxitina) associada a doxiciclina para as pacientes com DIP grave.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968 O metronidazol deve ser usado com a ceftriaxona, pois a ceftriaxona é menos ativa contra bactérias anaeróbias que a cefotetana ou a cefoxitina.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968 Os esquemas parenterais alternativos incluem ampicilina/sulbactam associada a doxiciclina ou clindamicina associada a gentamicina. As mulheres recebendo um esquema parenteral de clindamicina associada a gentamicina que mostram melhora clínica em 24-48 horas podem ser trocadas para um esquema oral apropriado ou doxiciclina oral para completar os 14 dias de terapia.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968 Existem dados limitados para dar suporte ao uso de outras cefalosporinas parenterais de segunda ou terceira geração.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968
Por conta da dor associada à infusão intravenosa, a doxiciclina deve ser administrada por via oral, se possível. As administrações oral e intravenosa da doxiciclina e do metronidazol proporcionam biodisponibilidades semelhantes. O metronidazol oral é bem absorvido e deve ser considerado em vez da infusão intravenosa na ausência de doença grave ou de abscesso tubo-ovariano. Se o tratamento for iniciado com um agente parenteral, a paciente pode fazer a troca para a terapia oral dentro de 24-48 horas após a melhora clínica.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968
Opções primárias
ceftriaxona: 1 g por via intravenosa a cada 24 horas
e
doxiciclina: 100 mg por via oral/intravenosa a cada 12 horas
e
metronidazol: 500 mg por via oral/intravenosa a cada 12 horas
ou
cefotetana: 2 g por via intravenosa a cada 12 horas
e
doxiciclina: 100 mg por via oral/intravenosa a cada 12 horas
ou
cefoxitina: 2 g por via intravenosa a cada 6 horas
e
doxiciclina: 100 mg por via oral/intravenosa a cada 12 horas
Opções secundárias
ampicilina/sulbactam: 3 g por via intravenosa a cada 6 horas
Mais ampicilina/sulbactamA dose consiste em 2 g de ampicilina associados a 1 g de sulbactam.
e
doxiciclina: 100 mg por via oral/intravenosa a cada 12 horas
ou
clindamicina: 900 mg por via intravenosa a cada 8 horas
e
gentamicina: 2 mg/kg por via intravenosa/intramuscular como dose de ataque, seguidos por 1.5 mg/kg a cada 8 horas; ou 3-5 mg/kg por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia
Mais gentamicinaAjuste a dose de acordo com o nível de gentamicina sérica.
trocar para antibioticoterapia oral após a melhora clínica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As pacientes devem ser reavaliadas 24 a 48 horas após o início do tratamento, e a decisão sobre a mudança da terapia parenteral para a oral, se adequada, pode se basear na melhora clínica.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968
A terapia parenteral pode ser interrompida 24-48 horas após a melhora clínica; a terapia oral continuada após o esquema de cefalosporina parenteral deve consistir em doxiciclina associada a metronidazol para completar um total de 14 dias de terapia.
A clindamicina oral ou a doxiciclina oral podem ser usadas após o esquema parenteral alternativo de clindamicina/gentamicina.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968 Se houver abscesso tubo-ovariano, deve-se usar clindamicina ou metronidazol oral com doxiciclina, pois isso fornece melhor cobertura anaeróbia.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968
Opções primárias
Após esquema com cefalosporina parenteral
doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia para completar ciclo de 14 dias
e
metronidazol: 500 mg por via oral duas vezes ao dia para completar ciclo de 14 dias
ou
Após esquema parenteral de clindamicina/gentamicina
clindamicina: 450 mg por via oral quatro vezes ao dia para completar ciclo de 14 dias
ou
Após esquema parenteral de clindamicina/gentamicina
doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia para completar ciclo de 14 dias
ou
Após esquema parenteral de clindamicina/gentamicina com abscesso tubo-ovariano
clindamicina: 450 mg por via oral quatro vezes ao dia para completar ciclo de 14 dias
ou
metronidazol: 500 mg por via oral duas vezes ao dia para completar ciclo de 14 dias
--E--
doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia para completar ciclo de 14 dias
tratamento dos contatos sexuais
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Homens que tiverem tido contato sexual com uma mulher diagnosticada com DIP durante os 60 dias anteriores ao início dos sintomas devem ser avaliados e tratados com esquemas efetivos contra clamídia e gonorreia. Se a última relação sexual da paciente tiver sido >60 dias antes do início dos sintomas ou do diagnóstico, o parceiro sexual mais recente da paciente deve ser tratado.
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In people with sexually transmitted infections, what are the best strategies for partner notification?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.676/fullMostre-me a resposta As mulheres devem ser orientadas a evitarem relações sexuais até que elas e seus parceiros tenham concluído o ciclo do tratamento. Se não for possível o rastreamento adequado para gonorreia e clamídia no(s) parceiro(s) sexual(is), deverá ser prescrita uma terapia empírica para gonorreia e clamídia.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968
considerar remoção do dispositivo intrauterino (DIU)
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As evidências são insuficientes para recomendar a remoção de DIUs nas mulheres diagnosticadas com DIP aguda. No entanto, deve-se ter cuidado sobre se o DIU permanece no lugar; um acompanhamento clínico rigoroso é obrigatório e deve-se considerar a remoção se os sintomas não tiverem remitido em 48 a 72 horas.[1]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968 [30]Ross J, Guaschino S, Cusini M, et al. 2017 European guideline for the management of pelvic inflammatory disease. Int J STD AIDS. 2018 Feb;29(2):108-14. https://iusti.org/wp-content/uploads/2019/12/IUSTIPIDGuideline2017.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29198181?tool=bestpractice.com [43]Royal College of General Practitioners/British Association for Sexual Health and HIV. Sexually transmitted infections in primary care 2013 (RCGP/BASHH). 2013 [internet publication]. https://www.rcgp.org.uk/-/media/Files/CIRC/RCGP-Sexually-Transmitted-Infections-in-Primary-Care-2013.ashx?la=en
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