Prevenção primária
A mudança no comportamento é vital para a prevenção da doença inflamatória pélvica (DIP), já que os fatores de risco potencialmente modificáveis estão associados à DIP (por exemplo, prática de sexo seguro).[18][19] Os pacientes de alto risco devem ser aconselhados sobre comportamentos sexuais mais seguros, como o uso de preservativos, e sobre o risco de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).[20] Quando adequado, deve-se realizar também o aconselhamento e o exame para a infecção por vírus da imunodeficiência humana (HIV).
Em ensaios clínicos, a profilaxia pós-exposição (PPE) com doxiciclina demonstrou benefício na redução da incidência de ISTs (sífilis, clamídia e gonorreia) subsequentes em homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres transgênero de alto risco.[21][22][23] Com base na eficácia observada da PPE com doxiciclina para reduzir o risco de ISTs, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendam que HSH e mulheres transgênero que tiverem tido infecção por sífilis, clamídia ou gonorreia nos últimos 12 meses devem receber aconselhamento de que a PPE com doxiciclina pode ser usada para prevenir essas infecções.[24] A PPE com doxiciclina também pode ser discutida com HSH e mulheres transgênero que não tiverem tido uma IST bacteriana nos últimos 12 meses, mas que provavelmente participarão de atividades sexuais que são conhecidas por serem de alto risco de exposição a ISTs.[24] A PPE com doxiciclina pode ser autoadministrada até 72 horas após a relação sexual. Os indivíduos que recebem prescrição para PPE devem fazer testes para IST a cada 3-6 meses.
Prevenção secundária
Homens que tiverem tido contato sexual com uma mulher diagnosticada com DIP durante os 60 dias anteriores ao início dos sintomas devem ser avaliados e tratados com esquemas efetivos contra clamídia e gonorreia. Se a última relação sexual da paciente tiver sido >60 dias antes do início dos sintomas ou do diagnóstico, o parceiro sexual mais recente da paciente deve ser tratado.
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As mulheres devem ser orientadas a evitarem relações sexuais até que elas e seus parceiros tenham concluído o ciclo do tratamento. Se não for possível o rastreamento adequado para gonorreia e clamídia no(s) parceiro(s) sexual(is), deverá ser prescrita uma terapia empírica para gonorreia e clamídia.[1]
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