Etiologia
A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma infecção polimicrobiana. Organismos sexualmente transmitidos, especialmente a Neisseria gonorrhoeae e a Chlamydia trachomatis, estão implicados em muitos casos; entretanto, os microrganismos que constituem a flora vaginal (por exemplo, anaeróbios, Gardnerella vaginalis, Haemophilus influenzae, bastonetes entéricos gram-negativos e Streptococcus agalactiae) também têm sido associados à DIP.[1]Acredita-se que a Chlamydia trachomatis seja a causa mais comum de DIP e esteja associada a 14% a 35% dos casos.[7][8] Além disso, o citomegalovírus (CMV), Mycoplasma hominis, Mycoplasma genitalium e Ureaplasma urealyticum podem ser os agentes etiológicos em alguns casos de DIP.
Fisiopatologia
A infecção começa no colo uterino e, se não for tratada, pode ascender para o trato genital superior. Dano epitelial, geralmente causado por Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, pode permitir a entrada oportunista de outros microrganismos.[9] A disseminação para o trato genital superior também pode ser causada por instrumentação do colo uterino, como dilatação e curetagem, interrupção de gestação ou inserção de dispositivo intrauterino (DIU).[9] Acredita-se que a infecção seja causada por rompimento da barreira cervical protetora e pela introdução direta da bactéria na cavidade endometrial da vagina ou do colo uterino.[10]
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