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Klinische richtlijn rond lage rugpijn en radiculaire pijnPublicada por: KCEÚltima publicação: 2018Guide de pratique clinique pour les douleurs lombaires et radiculairesPublicada por: KCEÚltima publicação: 2018A dorsalgia discogênica está associada à presença de doença discal degenerativa radiologicamente confirmada. Múltiplos estudos identificaram um processo mecânico e inflamatório complexo como a causa principal de dor discogênica crônica.[15][16][17][18]
Descobriu-se que as influências genéticas são mais importantes que os efeitos mecânicos de atividades esportivas, hábitos de postura ao sentar ou fatores ocupacionais no desenvolvimento de degeneração discal, embora posturas e estresses relacionados à ocupação, decorrentes da carga e da mecânica de levantamento anormal, também pareçam estar relacionados.[19][20] A doença discal degenerativa também está associada à idade avançada, ao tabagismo, à presença de tropismo das facetas articulares e artrite, à morfologia pélvica anormal e a alterações no alinhamento sagital.
A dor radicular nas pernas associada à doença degenerativa discal é decorrente da compressão da raiz nervosa em virtude das facetas articulares hipertrofiadas, do prolapso de disco intervertebral, ou da estenose foraminal decorrente de perda da altura do disco ou de instabilidade nesse segmento móvel.
Em muitos casos, mais de uma causa de dor é responsável pelos sintomas do paciente. Portanto, a dorsalgia discogênica permanece, principalmente, como um diagnóstico de exclusão.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ressonância nuclear magnética (RNM) da coluna: degeneração das facetas articulares e um grande cisto na faceta articular de L5S1 esquerda comprimindo a raiz nervosa S1 esquerdaDo acervo do Dr. N. Quiraishi [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ressonância nuclear magnética (RNM) da coluna: degeneração do disco L4-5 com protuberância discal e disco L5S1 com uma zona de alta intensidadeDo acervo do Dr. N. Quiraishi [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ressonância nuclear magnética (RNM) da coluna ponderada em T2: imagem sagital (à esquerda) mostrando discos degenerados; imagem axial (à direita) mostrando estenose do forame em L5S1 do lado esquerdoDo acervo do Dr. N. Quiraishi [Citation ends].
Fisiopatologia
O disco saudável tem uma estrutura muito robusta. Ele é feito de um gel semifluido maleável incompressível, conhecido como núcleo pulposo, cercado por um anel fibroso bem organizado. O anel fibroso proporciona resistência a forças multidirecionais e é responsável pela estabilidade do disco. Quando saudável, o disco é a maior estrutura avascular do corpo. Em nível celular, ele é composto por condrócitos, proteoglicanos, matriz extracelular e água. O ritmo circadiano humano normal permite as trocas de fluidos para dentro e para fora do disco.
As alterações degenerativas são subsequentes a uma perda de hidratação do núcleo pulposo e causam uma cascata de eventos em nível celular.[21] Estas incluem alteração do tipo e da natureza dos proteoglicanos, perda de condrócitos, apoptose e a presença de agrupamentos cartilaginosos.[22][23][24] A degeneração do disco resulta em concentrações inadequadas de estresse durante a carga, formação de rupturas circunferenciais ou radiais dentro do anel fibroso, liberação de agentes inflamatórios e sensibilização dos nociceptores da dor localizados dentro do anel.[15][16][17][25][26][27][28][29][30][31][32][33][34][35] O contorno do disco pode permanecer intacto, enquanto o aspecto interno passa por múltiplas alterações inflamatórias e degenerativas.
A progressão da degeneração do disco pode causar manifestações adicionais de dor, incluindo perda da altura do disco e artrose da faceta articular, hérnia de disco e irritação da raiz nervosa, além de alterações hipertróficas que resultam em estenose da coluna vertebral.[1][2] Como resultado, pacientes com doença degenerativa discal podem apresentar uma variedade de sintomas desde leve sensibilidade localizada até dor radicular excruciante e intensa, e sintomas nos membros inferiores.
Classificação
Cascata degenerativa de Kirkaldy Willis[3]
A doença degenerativa discal é dividida em 3 estágios:
Estágio 1: disfunção segmentar temporária
Estágio 2: instabilidade segmentar - caracterizada por colapso do disco e frouxidão ligamentar
Estágio 3: reestabilização - alterações degenerativas avançadas (osteófitos ou pontes ósseas entre as vértebras, colapso do disco, contrações ligamentares e fusão articular) causando restrição de movimento e rigidez nos segmentos vertebrais.
O período de transição entre esses estágios é de aproximadamente 20 a 30 anos, terminando por causar rigidez da coluna vertebral com discos colapsados.
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