Complicações
Complicação comum na prostatite bacteriana aguda e, em alguns pacientes, pode ser a característica de apresentação. Pode ser causada por edema da próstata causado pelo desenvolvimento da infecção. A retenção urinária é um diagnóstico clínico e a retenção iminente pode ser reconhecida em pacientes que se queixam de aumento da dificuldade da passagem da urina e que, na ultrassonografia, demonstram ter um volume residual pós-miccional. O tratamento da retenção aguda se faz por cateter urinário.
A sepse sistêmica é clinicamente reconhecida em um paciente obviamente indisposto no exame físico, geralmente com febre, embora em alguns casos o paciente possa estar hipotérmico. Se não for tratada, a hipotensão e taquicardia ocorrerão em seguida. A doença pode ser fatal sem tratamento com antibióticos adequados.
Essa complicação rara pode se desenvolver em pacientes com prostatite bacteriana aguda. A etiologia dessa afecção surge da presença de uma infecção bacteriana, com aumento do risco de desenvolver abscesso em pacientes com cateter de demora, instrumentação do trato urinário inferior e imunocomprometimento (por exemplo, diabetes, infecção por HIV).[50] O paciente se queixa de dor perianal intensa e pode ter dificuldade na passagem da urina. O exame retal pode revelar uma área de flutuação na próstata.
Os pacientes necessitam de antibioticoterapia adicional/adjuvante e podem necessitar de intervenção cirúrgica. A aspiração de pus com cultura e a sensibilidade ajudarão na escolha do agente. A aspiração pode ser transretal ou perineal, podendo ser guiada por ultrassonografia. A intervenção endoscópica por meio de uma pinça de Collins pode ser usada para "desencapar" o abscesso. Em pacientes com sinais de sepse, podem ser necessárias ressecção transuretral da próstata (RTUP) e drenagem da cavidade.[37]
O desenvolvimento de sintomas intratáveis de disúria, polaciúria, desconforto pélvico e (às vezes) impotência sugere inflamação crônica e/ou infecção da próstata. Os exames laboratoriais são não produtivos, com urinálise normal e culturas de urina negativas. As secreções prostáticas expressas obtidas por toque retal podem revelar leucócitos na ausência de bactérias, no exame microscópico. O tratamento da prostatite bacteriana crônica consiste em um ciclo prolongado de antibióticos orais (por exemplo, sulfametoxazol/trimetoprima) por 6 semanas, anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e cuidados de suporte (evitar cafeína, aumentar a ingestão de água e tomar banhos de assento quentes). Prostatite não bacteriana crônica é outro termo para síndrome da dor pélvica crônica (SDPC) e pode ser inflamatória ou não inflamatória.[4] Os esquemas de tratamento eficazes para SDPC continuam indefinidos, e as estratégias baseiam-se no controle sintomático e no alívio da ansiedade.[49][51][52]
[ ]
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal