Novos tratamentos

Rilzabrutinibe

O rilzabrutinibe é um inibidor oral experimental da Bruton quinase, desenvolvido para tratar doenças imunologicamente mediadas. Ele tem um mecanismo de ação duplo, inibindo a ativação das células B e interrompendo a fagocitose das células revestidas de anticorpos pelos receptores Fc gama no baço e no fígado. Atualmente ele está sendo avaliado em um estudo de fase 3 que compara o rilzabrutinibe com placebo em adultos e adolescentes com trombocitopenia imune (PTI) persistente ou crônica.[88][89]​ Um estudo de fase 1 e 2 incluindo 60 pacientes com PTI (contagem plaquetária basal mediana de 15 × 10⁹/L [15 × 10³/microlitro]) que tiveram falhas em tratamentos anteriores (mediana de 4 terapias) mostrou que 40% dos participantes alcançaram uma resposta (contagem plaquetária ≥50 × 10⁹/L [≥50 × 10³/microlitro]) com o rilzabrutinibe. O tempo mediano de resposta foi de 11.5 dias. Não foram relatados sangramentos ou eventos trombóticos relacionados ao tratamento superiores ao grau 2. Os eventos adversos comuns relacionados ao tratamento incluíram diarreia (32% dos pacientes), náuseas (30%) e fadiga (10%).[90]​ A Food and Drug Administration (FDA) concedeu designação de tramitação rápida a este medicamento para o tratamento da PTI.

Efgartigimode alfa

O efgartigimode alfa é um fragmento Fc derivado de IgG1 humana, desenvolvido para atingir os receptores Fc neonatais para acelerar a degradação patológica da IgG nas doenças autoimunes. Atualmente ele está sendo avaliado em ensaios clínicos de fase 3 para o tratamento da PTI persistente ou crônica.[91] Em um ensaio clínico de fase 3 do efgartigimode alfa, incluindo 131 pacientes com PTI crônica, foi alcançada uma resposta sustentada da contagem plaquetária (≥50 × 10⁹/L [≥50 × 10³/microlitro] durante pelo menos 4 das últimas 6 semanas) em 22% dos pacientes, em comparação com 5% dos que receberam placebo.[92]​ O efgartigimode alfa foi bem tolerado, com eventos adversos leves a moderados, apenas. O efgartigimode alfa está atualmente licenciado para o tratamento da miastenia gravis, mas não da PTI.

Sutinlimabe

O sutinlimabe é um anticorpo monoclonal humanizado que tem como alvo C1s na via clássica do complemento. Em um ensaio clínico de fase 1 que incluiu 12 pacientes com PTI crônica ou refratária, 5 pacientes (42%) obtiveram respostas duradouras na contagem plaquetária (≥50 × 10⁹/L [≥50 × 10³/microlitro] em ≥50% das consultas de acompanhamento) e 4 obtiveram resposta completa (contagem plaquetária ≥100 × 10⁹/L [≥100 × 10³/microlitro]). A resposta pode ser mantida em todos os pacientes com RC através da administração prolongada de sutinlimabe. O tempo mediano de resposta foi de 2 dias. O sutinlimabe foi geralmente bem tolerado e nenhum paciente interrompeu o tratamento devido a eventos adversos relacionados ao medicamento.[93]​ Um ensaio clínico de fase 2 está em andamento.[94] O sutinlimabe está atualmente licenciado para o tratamento da hemólise associada à doença por crioaglutininas, mas não para a PTI.

Agonistas do receptor de trombopoetina na gestação

Atualmente os agonistas do receptor de trombopoetina não são recomendados durante a gestação, porque é provável que atravessem a placenta e a sua segurança não está estabelecida. No entanto, existem algumas evidências que sugerem que eles podem ter um papel no tratamento da PTI grave em gestantes antes do parto. Um estudo retrospectivo e observacional incluindo 15 mulheres (17 gestações) em mulheres com PTI tratadas com eltrombopague ou romiplostim durante a gestação não relatou eventos adversos significativos na mãe ou no neonato. A resposta inicial ao tratamento foi alcançada em 77% dos pacientes.[95]​ Uma revisão retrospectiva dos dados de 186 gestações em mulheres expostas ao romiplostim não relatou quaisquer preocupações específicas quanto à segurança.[96]​ Vários relatos de casos dão apoiam a segurança (exceto pelo aumento do risco de trombocitose neonatal) e a eficácia dos agonistas dos receptores de trombopoetina administrados no terceiro trimestre. Evidências emergentes sugerem que o romiplostim pode ter um papel no aumento da contagem plaquetária na preparação para o parto.[15][97]​​

Avatrombopague em crianças

O avatrombopague (um agonista oral do receptor de trombopoetina de segunda geração) foi aprovado para o tratamento de adultos com PTI crônica que apresentaram resposta insuficiente a um tratamento anterior. A segurança e a eficácia do avatrombopague em crianças com PTI que apresentaram uma resposta insuficiente a um tratamento anterior estão sendo avaliadas em um ensaio clínico de fase 3b, randomizado e controlado por placebo.[43][98]

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