Caso clínico

Caso clínico #1

Uma menina de 2 anos de idade, previamente saudável, apresenta diarreia volumosa há 5 dias, acompanhada de vômitos. Não tem conseguido se alimentar bem e está atualmente afebril, embora sua mãe relate febre. Não foi observada presença de sangue nas fezes. A doença começou uma semana após a visita a uma minifazenda, onde a menina acariciou vários animais, incluindo bezerros.

Caso clínico #2

Um homem de 41 anos de idade com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) reclama de diarreia persistente e um tanto aquosa se estendendo por vários meses. Não observou sangue nas fezes, mas perdeu peso. Ele não está sob terapia antirretroviral e sua contagem de linfócitos CD4 é de 48/mm^3.

Outras apresentações

O Cryptosporidium pode causar doença crônica intratável e que implica risco de vida em pessoas com deficiência na função das células T, particularmente aquelas com imunodeficiências primárias nas células T, infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) avançada, linfoma ou leucemia (especialmente crianças).[1] Todo o trato gastrointestinal, incluindo a vesícula biliar e o ducto pancreático, pode ser afetado, o que pode causar pancreatite, colecistite, colangite esclerosante e, raramente, cirrose biliar consequente.[1]

O comprometimento traqueobrônquico é incomum, mas pode ocorrer; a sinusite também tem sido descrita nesses grupos. A criptosporidiose em um paciente com infecção por HIV avançada raramente pode se apresentar como pneumorretroperitôneo como resultado da pneumatose cistoide intestinal, na qual ocorrem cistos com gás na parede intestinal que podem se romper.[1]

Há também portadores assintomáticos, pelo menos entre crianças pequenas, incluindo aquelas em países industrializados.[12][13][14][15][16][17][18]​​ Nos países de renda baixa a média, estudos em grande escala demonstraram que a infecção por Cryptosporidium causa impactos duradouros na saúde e elevada mortalidade em bebês e crianças pequenas desnutridas. A presença de desnutrição, o deficit estatural, a emaciação e o deficit cognitivo estão entre os impactos na África Subsaariana, na América do Sul e no Sudeste Asiático.[19][20][21][22][23][24]​​[25][26]

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