Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

Inicial

pacientes submetidos a transplante de células-tronco hematopoéticas: medidas preventivas

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palifermina

A palifermina (fator de crescimento de ceratinócitos recombinante) pode ser usada para diminuir a incidência e a duração de mucosite oral grave em pacientes com neoplasias hematológicas que recebem quimioterapia em altas doses e irradiação corporal total, seguida de transplante autólogo de células-tronco.[24][46]​​

Administrada por 3 dias consecutivos antes e 3 dias consecutivos após a quimiorradiação.

Pode ser considerado em pacientes submetidos a transplantes alogênicos.[47][48]

A palifermina pode não estar disponível em alguns países.

Opções primárias

palifermina: 60 microgramas/kg por via intravenosa uma vez ao dia por 3 dias consecutivos antes e 3 dias após a quimioterapia

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crioterapia oral durante infusão de quimioterapia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Colocar lascas de gelo e/ou água gelada na boca antes, durante e imediatamente após a infusão da quimioterapia é recomendado em pacientes que recebem melfalana em altas doses como parte de um esquema mieloablativo.[22][23][25]​​​ [ Cochrane Clinical Answers logo ]

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Considerar – 

laserterapia intraoral de baixa intensidade

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Pacientes que recebem quimioterapia em altas doses ou quimiorradiação antes do transplante de células-tronco hematopoéticas podem se beneficiar da laserterapia de baixa intensidade para reduzir a gravidade da mucosite oral.​[22][24][29]​​​ O mecanismo de ação não é bem compreendido, mas acredita-se que consista em cicatrização e um efeito anti-inflamatório.[30][31]​​ A Multinational Association of Supportive Care in Cancer e a International Society of Oral Oncology recomendam seguir os protocolos específicos de fotobiomodulação para obter a resposta ideal.[22]

pacientes que recebem fluoruracila em bolus: medidas preventivas

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crioterapia oral durante infusão de quimioterapia

Colocar lascas de gelo e/ou água gelada na boca antes, durante e imediatamente após a infusão da quimioterapia é recomendado em pacientes que recebem esses agentes.[22][23][25]​​​ [ Cochrane Clinical Answers logo ]

pacientes que recebem radioterapia na cavidade oral: medidas preventivas

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medidas protetoras contra radiação

Em pacientes com restaurações dentárias de metal, o uso de dispositivos como protetor odontológico, rolo de algodão ou cera para separar o metal da mucosa pode prevenir a mucosite adjacente provocada por dispersão reflexiva de radiação.[28]

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enxaguante bucal anti-inflamatório

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Um enxaguante bucal anti-inflamatório é útil para reduzir a gravidade da mucosite em pacientes que recebem radioterapia de cabeça e pescoço em dose moderada (até 50 Gy) com ou sem quimioterapia concomitante.​[22][32][50]​​ No entanto, a maioria dos protocolos terapêuticos de radioterapia para neoplasias de cabeça e pescoço envolve doses de 60-70 Gy.

Evidências dão suporte ao uso de enxaguante bucal com benzidamina; no entanto, ele não está mais disponível em alguns países. Consulte os protocolos locais para obter orientação sobre a escolha.

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Considerar – 

laserterapia intraoral de baixa intensidade

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Pacientes que recebem radioterapia de cabeça e pescoço na cavidade oral, com ou sem quimioterapia concomitante, podem se beneficiar da laserterapia intraoral de baixa intensidade para reduzir a gravidade da MO.[24][29]​ O mecanismo de ação não é bem compreendido, mas acredita-se que consista em cicatrização e um efeito anti-inflamatório.[30][31]​ A MASCC/ISOO recomenda seguir protocolos específicos de fotobiomodulação para uma resposta ideal.[22]

AGUDA

mucosite oral estabelecida

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cuidados orais

Protocolos de cuidados orais devem ser iniciados em todos os pacientes.[22][24]​​[27]​​[33]​ Isso deve incluir higiene bucal padrão, como escovação e uso de fio dental, e uso de uma escova de dentes macia para evitar traumas nos tecidos orais.

Irrigação profissional e desbridamento da superfície dos dentes, com limpeza atraumática da mucosa oral, talvez sejam apropriados.

A lubrificação oral pode ser aprimorada com uso de enxágue bucal simples consistindo em meia colher de chá de bicarbonato de sódio em um copo ou mais com água morna ou camomila diversas vezes por dia. Outros lubrificantes, como soluções de hidroxietilcelulose, também podem ser considerados.

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associado a – 

analgésico ou anestésico tópico

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Para pacientes com mucosite leve a moderada, analgésicos orais simples (por exemplo, paracetamol, ibuprofeno) e o uso tópico de lidocaína gel ou enxágue podem ser adequados para controle da dor.[22]

O enxágue bucal com morfina também pode reduzir a dor. Essa formulação talvez precise ser manipulada por um farmacêutico.[45]

Para mucosite ulcerativa grave, analgésicos opioides sistêmicos podem ser necessários para que se consiga o controle adequado da dor. Os exemplos incluem tramadol, oxicodona ou morfina.

Em pacientes submetidos a transplante de células-tronco hematopoéticas, a analgesia com morfina controlada pelo paciente demonstrou resultados na diminuição do uso de opioides por hora e menor duração da dor.[24][45]​​

Opções primárias

paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia

ou

ibuprofeno: 300-400 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

ou

lidocaína tópica: (solução viscosa a 2%) 15 mL a cada 3 horas quando necessário (bochechar e cuspir), máximo de 8 doses/dia

Opções secundárias

tramadol: 50 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 400 mg/dia

ou

oxicodona: 10 mg por via oral (liberação controlada) a cada 12 horas quando necessário

ou

sulfato de morfina: 2.5 a 10 mg por via intravenosa a cada 2-6 horas quando necessário

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