Em geral, a mucosite oral (MO) ocorre em até 20% a 65% dos pacientes adultos com câncer recebendo quimioterapia convencional para tumores sólidos, até 80% dos pacientes recebendo quimioterapia de altas doses para transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) e quase todos os pacientes recebendo radioterapia para neoplasias de cabeça e pescoço.[4]Jones JA, Avritscher EB, Cooksley CD, et al. Epidemiology of treatment-associated mucosal injury after treatment with newer regimens for lymphoma, breast, lung, or colorectal cancer. Support Care Cancer. 2006 Jun;14(6):505-15.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16601950?tool=bestpractice.com
[5]Vera-Llonch M, Oster G, Ford CM, et al. Oral mucositis and outcomes of allogeneic hematopoietic stem-cell transplantation in patients with hematologic malignancies. Support Care Cancer. 2007 May;15(5):491-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17139495?tool=bestpractice.com
[6]Vera-Llonch M, Oster G, Hagiwara M, et al. Oral mucositis in patients undergoing radiation treatment for head and neck carcinoma. Cancer. 2006 Jan 15;106(2):329-36.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cncr.21622/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16342066?tool=bestpractice.com
Sabe-se que o risco de MO após quimioterapia convencional para tumores sólidos está associado ao esquema de tratamento. Uma metanálise relatou uma incidência de MO de 65% em pacientes com câncer de mama tratadas com docetaxel associado a doxorrubicina e ciclofosfamida (TAC), com MO grave ocorrendo em 5%.[4]Jones JA, Avritscher EB, Cooksley CD, et al. Epidemiology of treatment-associated mucosal injury after treatment with newer regimens for lymphoma, breast, lung, or colorectal cancer. Support Care Cancer. 2006 Jun;14(6):505-15.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16601950?tool=bestpractice.com
Entre os pacientes com câncer pulmonar tratados com esquemas baseados em agentes de platina ou gencitabina, a incidência de MO foi de 15%, com MO grave relatada em 1%. A MO foi relatada em 14% dos pacientes com câncer de cólon tratados com quimioterapia à base de fluoruracila, com MO grave ocorrendo em 1.7%.
Para o TCTH, a gravidade da MO está associada ao tipo de transplante e ao esquema de condicionamento. Um estudo multicêntrico que investigou a incidência de MO em pacientes submetidos a TCTH relatou que 71% foram diagnosticados com MO e 21.6% com MO grave após o transplante.[7]Vagliano L, Feraut C, Gobetto G, et al. Incidence and severity of oral mucositis in patients undergoing haematopoietic SCT-results of a multicentre study. Bone Marrow Transplant. 2011 May;46(5):727-32.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20818449?tool=bestpractice.com
O risco de MO grave foi maior entre pacientes adultos que receberam TCTH alogênico em comparação com TCTH autólogo (39.7% e 16.4%, respectivamente; P < 0.001). Em uma revisão sistemática que investigou a MO entre pacientes de TCTH alogênico, MO grave ocorreu em 71.5% dos pacientes tratados com esquemas de intensidade reduzida e em 79.7% dos pacientes tratados com esquemas mieloablativos (P <0.01).[8]Chaudhry HM, Bruce AJ, Wolf RC, et al. The incidence and severity of oral mucositis among allogeneic hematopoietic stem cell transplantation patients: a systematic review. Biol Blood Marrow Transplant. 2016 Apr;22(4):605-16.
https://www.astctjournal.org/article/S1083-8791(15)00639-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26409924?tool=bestpractice.com
A MO é um efeito adverso extremamente comum da radioterapia para neoplasias de cabeça e pescoço, ocorrendo em praticamente todos os pacientes.[3]Elting LS, Cooksley CD, Chambers MS, et al. Risk, outcomes, and costs of radiation-induced oral mucositis among patients with head-and-neck malignancies. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2007 Jul 15;68(4):1110-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17398022?tool=bestpractice.com
[9]Liu M, An R, Wu Z, et al. The trajectory of oral mucositis in head and neck cancer patients undergoing radiotherapy and its influencing factors. Ear Nose Throat J. 2024 Feb 9:1455613241228211.
https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/01455613241228211
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38334289?tool=bestpractice.com
[10]Iovoli AJ, Turecki L, Qiu ML, et al. Severe oral mucositis after intensity-modulated radiation therapy for head and neck cancer. JAMA Netw Open. 2023 Oct 2;6(10):e2337265.
https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2810484
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37819659?tool=bestpractice.com
A frequência e a gravidade são influenciadas por vários fatores, incluindo o local do tumor, o campo de radiação e a técnica, além do uso de quimioterapia concomitante.[11]Elad S, Yarom N, Zadik Y, et al. The broadening scope of oral mucositis and oral ulcerative mucosal toxicities of anticancer therapies. CA Cancer J Clin. 2022 Jan;72(1):57-77.
https://acsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.3322/caac.21704
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34714553?tool=bestpractice.com
Em um estudo de coorte que examinou a MO relatada por pacientes após tratamento com radioterapia de intensidade modulada, 62.5% dos pacientes apresentaram MO grave.[10]Iovoli AJ, Turecki L, Qiu ML, et al. Severe oral mucositis after intensity-modulated radiation therapy for head and neck cancer. JAMA Netw Open. 2023 Oct 2;6(10):e2337265.
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