Monitoramento
A frequência e os detalhes do acompanhamento do paciente dependem do tipo e da gravidade das manifestações clínicas, e da necessidade de monitorar os efeitos colaterais dos medicamentos.
Anualmente, devem-se realizar teste de função pulmonar (com espirometria, volumes pulmonares e capacidade de difusão) e ecocardiografia para vigilância em todos os pacientes com doença mista do tecido conjuntivo (DMTC), para identificar e avaliar o desenvolvimento de hipertensão pulmonar.
Testes sorológicos não são comumente usados para monitorar a atividade da doença na DMTC. Entretanto, eles podem ser úteis nas seguintes circunstâncias:
Em pacientes que apresentam titulações de anti-DNA (ácido desoxirribonucleico) de fita dupla, o aumento dos títulos pode ser um sinal de agravamento da doença.[56]
Em pacientes com anticorpos antissintetase, os títulos podem flutuar durante o curso da doença; seu desaparecimento sugere um bom prognóstico.
Monitoramento para efeitos colaterais do tratamento com corticosteroides
Avalie o risco do paciente de osteoporose induzida por corticosteroide e inicie o tratamento profilático conforme a necessidade. Consulte Osteoporose (Abordagem de tratamento).
Recomenda-se iniciar glicose sanguínea de jejum e níveis glicêmicos regulares para o tratamento crônico com corticosteroides.
Antagonistas H2 ou inibidores da bomba de prótons podem ser prescritos se o paciente desenvolver desconforto gastrointestinal ou tiver uma história de úlcera péptica.
A pressão arterial (PA) é medida a cada visita, já que pode ocorrer hipertensão grave e insuficiência renal, especialmente em pacientes com esclerodermia ou DMTC e síndrome de sobreposição.
Exames oftalmológicos são realizados periodicamente a fim de verificar se há catarata e glaucoma.
Os níveis de potássio sérico são monitorados. A suplementação de potássio poderá ser necessária se o paciente se tornar hipocalêmico.
Monitoramento para efeitos colaterais do tratamento com imunossupressores
Metotrexato: o hemograma completo, a creatinina sérica e os testes da função hepática, incluindo gama-glutamiltransferase, são avaliados a cada 1 a 2 semanas até que a dose esteja estável, e depois a cada 8 a 12 semanas.
Azatioprina: o hemograma completo e os testes da função hepática, incluindo a gama-glutamiltransferase, são avaliados a cada 1 a 2 semanas até que a dose esteja estável, e depois a cada 8 a 12 semanas.
Hidroxicloroquina: a avaliação oftalmológica para o desenvolvimento de retinopatia deve ser realizada em uma frequência consistente com a prática local.
Imunoglobulina intravenosa (IGIV): Recomenda-se a medida da função renal de base devido ao risco de insuficiência renal induzida por IGIV. Os níveis séricos de imunoglobulina A (IgA) devem ser verificados antes da primeira administração, pois pode ocorrer anafilaxia nos pacientes com deficiência de IgA.
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