Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

CONTÍNUA

mastalgia

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1ª linha – 

medidas de suporte

A tranquilização por meio de explicações sobre os efeitos da ciclagem hormonal menstrual e os efeitos do estrogênio é efetiva para aliviar a ansiedade das pacientes.

A maioria das mulheres considera útil o uso de sutiãs que ofereçam uma sustentação adequada às mamas.

Algumas mulheres parecem sofrer menos desconforto ao restringir o consumo de cafeína ou sódio na dieta; no entanto, essa estratégia ainda não foi documentada cientificamente. Além disso, a suplementação alimentar com isoflavonas (produtos da soja) e uma dieta com baixo índice de gordura e rica em fibras foram sugeridas como estratégias úteis para mulheres com mastalgia; no entanto, há poucas evidências sobre essas intervenções.[30]

Em mulheres menopausadas que recebem terapia de reposição hormonal (TRH), a modificação dos esquemas terapêuticos é uma abordagem razoável, considerando-se que as taxas relatadas de mastalgia induzida pela TRH variam em diferentes combinações e preparações em comparação com placebo.[13][27]

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Considerar – 

analgesia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Sugere-se realizar um teste terapêutico com um analgésico não narcótico, como paracetamol, ibuprofeno ou aspirina.

Opções primárias

paracetamol: 500-1000 mg a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia

ou

ibuprofeno: 300-400 mg a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

ou

aspirina: 300-900 mg a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia

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Considerar – 

óleo de prímula

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O ácido gama-linolênico (GLA) é o componente ativo do óleo de prímula.

Ensaios clínicos randomizados e controlados por placebo estudaram o GLA com resultados variáveis. Uma metanálise desses ensaios demonstra heterogeneidade significativa entre eles, com ausência geral de benefícios visíveis.[36]

Apesar da ausência de dados generalizados, o óleo de prímula pode ser útil para algumas pacientes e tem efeitos indesejáveis limitados.

Poderá ser acrescentado às medidas de suporte iniciais se a dor persistir, apesar do tratamento e das orientações, ou se já tiver sido intensa ou prolongada na apresentação inicial. É necessário realizar um teste terapêutico de 3 a 6 meses para se observar um efeito definitivo.[23]

Opções primárias

óleo de prímula: 1 g/dia por via oral por 3 semanas inicialmente, aumentar em incrementos de 1 g/dia a cada 3-4 semanas de acordo com a resposta, máximo de 3 g/dia

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2ª linha – 

terapia hormonal

Se a mastalgia for intensa, tiver duração superior a 6 meses e interferir, de forma significativa, nas atividades diárias, pode-se considera terapia hormonal com tamoxifeno, bromocriptina ou danazol.[24][25][26]

O tamoxifeno é um inibidor competitivo do estrogênio, que age como um agonista/antagonista do hormônio; bromocriptina é um inibidor de prolactina e o danazol suprime as gonadotrofinas, resultando em atividade androgênica, antiestrogênica e antiprogestogênica.[24][25][26]

Entre esses medicamentos, o danazol é o único aprovado para mastalgia; no entanto, o tamoxifeno é usado com mais frequência porque pode ser mais efetivo, e os cirurgiões estão mais familiarizados com o uso e o seu perfil de efeitos adversos. O danazol é raramente usado devido aos seus efeitos adversos masculinizantes.

Esses tratamentos não são muito usados devido aos efeitos adversos indesejáveis.

Opções primárias

tamoxifeno: 10 mg por via oral uma vez ao dia nos dias 15-25 do ciclo menstrual por 3 meses

Opções secundárias

bromocriptina: 1.25 mg por via oral uma vez ao dia ao deitar inicialmente, aumentar em incrementos de 1.25 mg/dia ao longo de 2 semanas, a dose habitual é de 2.5 mg duas vezes ao dia

Opções terciárias

danazol: 100 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, iniciando no dia 2 do ciclo menstrual, reduzir para 100 mg uma vez ao dia, iniciando no dia 2 do ciclo após 2 meses e, em seguida, reduzir para 100 mg uma vez ao dia nos dias 14-28 do ciclo ou 100 mg em dias alternados em caso de amenorreia

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Considerar – 

analgesia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Sugere-se realizar um teste terapêutico com um analgésico não narcótico, como paracetamol, ibuprofeno ou aspirina.

Opções primárias

paracetamol: 500-1000 mg a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia

ou

ibuprofeno: 300-400 mg a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

ou

aspirina: 300-900 mg a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia

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associado a – 

aspiração do cisto

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Não é necessário nenhum tratamento para uma paciente assintomática cujo cisto simples seja detectado em um exame físico de rastreamento ou na mamografia.Ultrassonografia de um cisto mamário.[31]

A aspiração é realizada na maioria das pacientes com um cisto palpável, principalmente se for sintomático (doloroso) ou se houver preocupação acerca do diagnóstico exato pela aparência na ultrassonografia (a aspiração nesse caso é realizada para fins diagnósticos). A American Society of Breast Surgeons recomenda que, se uma ultrassonografia confirmar que uma massa mamária é um cisto simples, a drenagem não é necessária a menos que seja incômodo para a paciente ou tenha características preocupantes.[32][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ultrassonografia de um cisto mamário (observe as margens lisas e nítidas características da lesão anecoica com realce acústico posterior)Cortesia de Limin Yang, MD, e de Justin Boatsman, MD, Departamento de Radiologia, University of Iowa Hospital and Clinics; usada com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@55dbc55

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associado a – 

remoção da lesão e estratégias de redução do risco

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Em pacientes com massa mamária, é necessário realizar um diagnóstico preciso a fim de excluir câncer de mama ou identificar histologia de alto risco. Se a biópsia revelar mama fibrocística sem atipia, não será necessário realizar uma terapia adicional.

Em caso de evidências de hiperplasia ductal atípica, é aconselhável remover toda a lesão e considerar estratégias de redução do risco de câncer de mama.[20][33][34]

descarga mamilar

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tranquilização com observação

Em pacientes com descarga mamilar não suspeita, não é necessário realizar uma intervenção adicional. A tranquilização e a observação são suficientes.

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encaminhamento a um cirurgião

Pacientes com descarga mamilar associada a massa palpável ou anormalidade mamográfica devem ser encaminhadas imediatamente a um cirurgião.

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encaminhamento e cirurgia

A consulta a um especialista deve ser providenciada quando há descarga mamilar suspeita, mesmo quando não há massa palpável ou a mamografia é normal.[35]

Se a descarga for sanguinolenta e muito profusa, poderá ser necessário realizar uma microductectomia (remoção de um ducto lactífero sintomático) ou excisão do ducto central.

Em pacientes com descarga mamilar não suspeita e exames de imagem negativos para malignidade e prolactinoma, mas cuja a descarga seja profusa e afete, de forma significativa, a qualidade de vida, a excisão do complexo do ducto central pode ajudar a controlar a descarga.[35][37]

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