Rastreamento

O AVC pode ser a apresentação inicial da fibrilação atrial (FA). Estudos avaliando pacientes com primeiro episódio de AVC isquêmico descobriram que a prevalência da FA é de 15% a 25%.[4][5]​ Além disso, estudos que avaliam o monitoramento prolongado por eletrocardiograma (usando um gravador acionado por evento por 30 dias ou um dispositivo de monitoramento cardíaco implantável) em pacientes com AVC criptogênico demonstraram que a FA é comum nesses pacientes.[94][95]​ Portanto, estratégias para o rastreamento preventivo primário da FA em pacientes com alto risco de AVC podem ser consideradas. A US Preventive Services Task Force orienta que as evidências atuais são insuficientes para avaliar o equilíbrio entre benefícios e malefícios do rastreamento para FA.[96] Não há consenso entre especialistas ou diretrizes de recomendação para o rastreamento de pacientes com FA assintomática. No entanto, o rastreamento de FA pode ser realizado em pacientes que tiverem implantado marca-passo ou desfibrilador. Em um estudo observacional envolvendo pacientes que receberam um marca-passo implantável, a FA inicial e a carga de FA em longo prazo foram frequentemente observadas em pacientes com bloqueio atrioventricular ou doença do nó sinusal, mas foram significativamente predominantes em pacientes com doença do nó sinusal nos quais a FA faz parte da síndrome.[97]

Os pacientes que fazem tratamento para câncer apresentam alto risco de FA e devem realizar um ECG como parte da avaliação inicial de risco cardiovascular.[61] Aqueles com risco elevado, por exemplo pacientes que recebem determinados agentes de quimioterapia, devem realizar um rastreamento mais regular com ECGs e/ou tomadas de pulso oportunas.[61]

Tecnologias de saúde móveis, incluindo dispositivos inteligentes, tornaram-se uma área de pesquisa popular para a detecção da FA.[87][88]​ Há um grande número de aplicativos de saúde e monitores de atividade portáteis disponíveis, mas muitos não são validados clinicamente e recomenda-se cautela para o uso clínico.[1][2]​ Se a FA for detectada por dispositivos móveis ou vestíveis, o diagnóstico deve ser confirmado com ECG de derivação única ou 12 derivações analisado por um médico com experiência em interpretação do ritmo no ECG.[1]​​[2]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal