Prevenção primária

As estratégias de prevenção primária se baseiam na redução dos fatores de risco por meio da modificação do estilo de vida.[1][2]​​​[3][51]​​ Atualmente as diretrizes dos EUA recomendam que os pacientes com aumento do risco de fibrilação atrial (FA) adotem uma modificação dos fatores de risco e do estilo de vida orientada por diretrizes, a qual inclui a manutenção do peso ideal e a perda de peso se eles tiverem sobrepeso ou obesidade, adoção de um estilo de vida fisicamente ativo, redução do consumo não saudável de bebidas alcoólicas, abandono do hábito de fumar, controle do diabetes e controle da pressão arterial/hipertensão.[1]

O uso de inibidores da ECA, estatinas e componentes lipídicos alimentares específicos presentes em determinados tipos de peixe demonstrou reduzir a incidência da FA.[70][71][72][73][74][75]​​ O tratamento pré-operatório com um betabloqueador ou amiodarona reduz a incidência pós-operatória de FA em pacientes submetidos a cirurgias cardíacas ou com risco elevado de FA.[1][5] [ Cochrane Clinical Answers logo ] [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​ Intervenções não farmacológicas, inclusive a estimulação atrial, também podem ser consideradas para a prevenção da FA pós-operatória nos pacientes submetidos a cirurgias cardíacas.[76] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

Em pacientes com apneia obstrutiva do sono, o manejo ideal da condição pode reduzir a incidência e a recorrência da FA.[1][2]

A atividade física moderada pode prevenir o desenvolvimento de FA; no entanto, descobriu-se que a atividade extenuante pode aumentar o risco de FA.[3][77]​ Pode ser apropriado recomendar cautela àqueles que realizam anos de treinamento regular de resistência de alto volume (≥3 horas/dia) e alta intensidade; existem dados observacionais que relacionam isso ao aumento do risco de FA em homens e um risco semelhante em curva J observado para atividade alta ou vigorosa em homens e mulheres em outro estudo.[1][78][79]

Prevenção secundária

Atualmente, as diretrizes dos EUA recomendam que todos os pacientes com FA adotem uma modificação dos fatores de risco e do estilo de vida, orientados pelas diretrizes, que inclui medidas de prevenção secundária: manutenção do peso ideal e perda de peso se apresentarem sobrepeso ou obesidade, adoção de um estilo de vida fisicamente ativo, redução do consumo de bebidas alcoólicas não saudáveis, abandono do hábito de fumar, controle do diabetes e controle da pressão arterial/hipertensão.[1]

Foi demonstrado que a redução do peso com manejo intensivo dos fatores de risco diminui a carga e a gravidade dos sintomas de FA e resulta em remodelamento cardíaco benéfico.[3][211][212][213]​​ Exercícios supervisionados demonstraram ajudar a reduzir a recorrência de FA, melhorar a qualidade de vida e melhorar a capacidade cardiorrespiratória e a capacidade funcional.[214][215][216]

O tratamento otimizado da apneia obstrutiva do sono pode reduzir a incidência, a recorrência, a evolução e os sintomas da FA.[2]​​[45][217]​​

Reduzir ou interromper o consumo de bebidas alcoólicas pode diminuir as recorrências de arritmia.[3]

O tabagismo está associado a desfechos desfavoráveis em pacientes com FA, e o abandono do hábito de fumar foi associado à redução do risco de AVC e eventos cardiovasculares.[218][219]​​​​ O controle ideal da pressão arterial pode reduzir a recorrência de FA e os eventos cardiovasculares.[220][221][222]

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