Prognóstico

Em geral, as pessoas transgênero apresentam um maior risco de estigmatização e discriminação, o que pode levar a depressão, probabilidade de suicídio, dificuldades de relacionamento e consequências econômicas, como o desemprego.[15]​ Os eventuais problemas de saúde mental podem persistir após a redesignação sexual em alguns indivíduos, particularmente se eles tiverem dificuldade para se ajustar à sua nova identidade.[2]

Evidências de metanálises demonstram que, para a maioria das pessoas transgênero, o tratamento para afirmação de gênero (incluindo terapia hormonal) resulta em melhoras significativas na qualidade de vida e no funcionamento psicossocial.[41][42][43]​ A porcentagem de pessoas que lamentam a sua intervenção cirúrgica para afirmação de gênero é baixa (estimada entre 0.3% e 3.8%).[4]​ O arrependimento pode ser temporário ou permanente; neste cenário, recomenda-se a colaboração multidisciplinar para explorar mais esta questão, sendo os possíveis desfechos o tratamento clínico e/ou cirúrgico para continuar a transição, ou a cirurgia de revisão para devolver a anatomia ao sexo atribuído ao nascimento.[4]

Um estudo de coorte retrospectivo revelou que pessoas transgênero adultas que receberam tratamento hormonal tiveram um risco de mortalidade 2 vezes maior em comparação com a população em geral. O aumento do risco não foi atribuído ao tratamento hormonal, mas enfatizou a importância da saúde holística das pessoas transgêneros, incluindo o tratamento adequado de doenças cardiovasculares.[58]

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