Contratura de Dupuytren
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- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
sem contraturas das articulações metacarpofalangianas ou interfalangianas proximais (IFP)
conduta expectante
Os pacientes com contratura de Dupuytren precoce que apresentarem evidências da doença mas ainda não tiverem desenvolvido contraturas poderão ser tratados com uma conduta expectante, com acompanhamentos regulares a cada 6 meses para avaliar a evolução da doença. O teste de mesa de Hueston e uma classificação adequada da contratura de Dupuytren são essenciais durante as sessões de acompanhamento.[49]Townley WA, Baker R, Sheppard N, et al. Dupuytren's contracture unfolded. BMJ. 2006;332:397-400. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1370973 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16484265?tool=bestpractice.com [50]Au-Yong IT, Wildin CJ, Dias JJ, et al. A review of common practice in Dupuytren surgery. Tech Hand Up Extrem Surg. 2005 Dec;9(4):178-87. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16340578?tool=bestpractice.com
injeções de corticosteroide
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes com contratura de Dupuytren precoce que apresentarem evidências da doença mas ainda não tiverem desenvolvido contraturas poderão ser tratados com injeções de corticosteroide se apresentarem sintomas incômodos.
Demonstrou-se que a injeção mensal de triancinolona acetonida nos nódulos de Dupuytren, por até 5 meses ou a cada 6 semanas até se completarem 3 injeções, produz uma regressão significativa da doença, sendo necessária uma média de 3.2 injeções por nódulo para haver melhora da função.[28]Ketchum LD, Donahue TK. The injection of nodules of Dupuytren's disease with triamcinolone acetonide. J Hand Surg Am. 2000 Nov;25(6):1157-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11119679?tool=bestpractice.com Após a injeção de corticosteroide, um número menor de pacientes que o predito para a conduta expectante isolada chega a precisar do tratamento cirúrgico.[28]Ketchum LD, Donahue TK. The injection of nodules of Dupuytren's disease with triamcinolone acetonide. J Hand Surg Am. 2000 Nov;25(6):1157-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11119679?tool=bestpractice.com
Opções primárias
triancinolona acetonida: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
contraturas de ≤30 graus da articulação metacarpofalângica, sem contraturas da articulação interfalangiana proximal (IFP)
injeção de colagenase
A colagenase do Clostridium histolyticum é usada para tratar pacientes adultos com cordas palpáveis e contratura interfalângica proximal ou metacarpofalângica, com uma redução correspondente nas fasciotomias e fasciectomias.[29]Lipman MD, Carstensen SE, Deal DN. Trends in the treatment of Dupuytren disease in the United States between 2007 and 2014. Hand (N Y). 2017 Jan;12(1):13-20. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5207289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28082837?tool=bestpractice.com É necessária uma média de 1.4 injeção para normalizar as articulações acometidas, e o sucesso clínico foi atingido em 29 dias.[30]Badalamente MA, Hurst LC. Efficacy and safety of injectable mixed collagenase subtypes in the treatment of Dupuytren's contracture. J Hand Surg Am. 2007 Jul-Aug;32(6):767-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17606053?tool=bestpractice.com Em um estudo, reduções nas contraturas de 0 a 5 graus da extensão total, 30 dias após a última injeção, foram atingidas em cordas injetadas com colagenase, em comparação a cordas injetadas com placebo.[31]Hurst LC, Badalamente MA, Hentz VR, et al. Injectable collagenase clostridium histolyticum for Dupuytren's contracture. N Engl J Med. 2009 Sep 3;361(10):968-79. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0810866 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19726771?tool=bestpractice.com Os eventos adversos se restringem ao local da injeção, geralmente de gravidade leve a moderada e natureza transitória.[30]Badalamente MA, Hurst LC. Efficacy and safety of injectable mixed collagenase subtypes in the treatment of Dupuytren's contracture. J Hand Surg Am. 2007 Jul-Aug;32(6):767-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17606053?tool=bestpractice.com Os eventos adversos mais comumente relatados foram edema localizado na mão, dor, hematomas, prurido e aumento e sensibilidade transitória dos linfonodos regionais. Eventos adversos graves foram observados em 2% dos receptores da colagenase, incluindo rupturas de tendão e síndrome da dor regional complexa.[31]Hurst LC, Badalamente MA, Hentz VR, et al. Injectable collagenase clostridium histolyticum for Dupuytren's contracture. N Engl J Med. 2009 Sep 3;361(10):968-79. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0810866 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19726771?tool=bestpractice.com Embora com poucos pacientes, a literatura sugere que a recorrência é mais comum nas contraturas da articulação IFP que nas contraturas da articulação metacarpofalângica. Mesmo assim, são necessários estudos de longo prazo com mais pacientes para verificar a efetividade e os índices de recorrência em longo prazo no tratamento com colagenase, assim como sua segurança no longo prazo.[32]Watt AJ, Curtin CM, Hentz VR. Collagenase injection as nonsurgical treatment of Dupuytren's disease: 8-year follow-up. J Hand Surg Am. 2010 Apr;35(4):534-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20353858?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática constatou que cirurgias prévias não afetavam a eficácia e segurança das injeções de colagenase, tornando-a uma opção para pacientes com contratura de Dupuytren recorrente.[34]Bainbridge C, Gerber RA, Szczypa PP, et al. Efficacy of collagenase in patients who did and did not have previous hand surgery for Dupuytren's contracture. J Plast Surg Hand Surg. 2012 Sep;46(3-4):177-83. http://informahealthcare.com/doi/pdf/10.3109/2000656X.2012.683795 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22670890?tool=bestpractice.com
Após a injeção ser administrada, um curativo é colocado na mão. O paciente será então orientado a voltar ao consultório no dia seguinte para a manobra de extensão do dedo, na qual o dedo é estirado para se romper a corda. Isso pode ser feito com ou sem um anestésico local. Após a manipulação ser concluída com êxito, não haverá restrições e a movimentação precoce será recomendada. Embora a diminuição da recorrência com o uso posterior de uma imobilização noturna não tenha sido provada, ela deve ser oferecida ao paciente. O paciente é acompanhado para avaliar a necessidade de, no máximo, mais 2 injeções com um intervalo de 4 a 6 semanas.[30]Badalamente MA, Hurst LC. Efficacy and safety of injectable mixed collagenase subtypes in the treatment of Dupuytren's contracture. J Hand Surg Am. 2007 Jul-Aug;32(6):767-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17606053?tool=bestpractice.com
A colagenase de Clostridium histolyticum pode não estar disponível em alguns países.
Opções primárias
colagenase do Clostridium histolyticum: 0.58 mg por via intralesional em dose única, máximo de 3 doses/corda
Mais colagenase do Clostridium histolyticumPode-se repetir 2 doses a intervalos de 4 semanas se a contratura persistir.
aponeurotomia com agulha
Em condições estéreis, a região é anestesiada com lidocaína e uma agulha de calibre 18 é usada para puncionar a banda aponeurótica que provoca a contratura digital. Isso enfraquece a contratura até que ela possa ser rompida por força mecânica, geralmente com um estalido característico. A agulha é introduzida em direção volar (lado palmar) ao tendão em vários locais, avançando da direção proximal à distal. Deve-se prestar especial atenção para não inserir a agulha no tendão, para evitar uma lesão iatrogênica. O uso da ultrassonografia para guiar o procedimento pode reduzir o risco de lesões acidentais.[62]Sakellariou VI, Brault J, Rizzo M. Ultrasound-assisted percutaneous needle fasciotomy for Dupuytren's contracture. Orthopedics. 2015 May;38(5):299-303. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25970356?tool=bestpractice.com
Geralmente, esse procedimento é bem-sucedido na correção da contratura, pode ser realizada em pouquíssimo tempo (20-30 minutos), precisa apenas de anestesia local e não é muito doloroso. Em comparação com procedimentos cirúrgicos por via aberta, resulta em uma resolução similar, cicatrizes mínimas, possibilita uma recuperação mais rápida e pode ser facilmente repetida se a contratura reincidir.[35]Toppi JT, Trompf L, Smoll NR, et al. Dupuytren's contracture: an analysis of outcomes of percutaneous needle fasciotomy versus open fasciectomy. ANZ J Surg. 2015 Sep;85(9):639-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24438029?tool=bestpractice.com [36]Zhou C, Selles RW, Slijper HP, et al. Comparative effectiveness of percutaneous needle aponeurotomy and limited fasciectomy for Dupuytren's contracture: a multicenter observational study. Plast Reconstr Surg. 2016 Oct;138(4):837-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27307334?tool=bestpractice.com [37]van Rijssen AL, Gerbrandy FS, Ter Linden H, et al. A comparison of the direct outcomes of percutaneous needle fasciotomy and limited fasciectomy for Dupuytren's disease: a 6-week follow-up study. J Hand Surg Am. 2006 May-Jun;31(5):717-25. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16713831?tool=bestpractice.com Portanto, a aponeurotomia com agulha é uma opção atrativa para os pacientes com uma forma menos agressiva ou inicial da doença.[38]Foucher G, Medina J, Navarro R. Percutaneous needle aponeurotomy: complications and results. J Hand Surg Br. 2003 Oct;28(5):427-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12954251?tool=bestpractice.com Foram relatados índices de recorrência de até 58% durante 3 a 5 anos de acompanhamento, mas os desfechos em longo prazo não foram bem registrados.[40]Chen NC, Srinivasan RC, Shauver MJ, et al. A systematic review of outcomes of fasciotomy, aponeurotomy, and collagenase treatments for Dupuytren's contracture. Hand (N Y). 2011 Sep;6(3):250-5. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3153627 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22942847?tool=bestpractice.com
Todos os pacientes com contraturas devem fazer terapia da mão após o procedimento.
fasciotomia percutânea
Semelhante à aponeurotomia com agulha, mas utiliza um bisturi para cortar e liberar a banda que provoca a contratura digital sendo, portanto, realizada por um cirurgião de mão no centro cirúrgico.[43]Rowley DI, Couch M, Chesney RB, et al. Assessment of percutaneous fasciotomy in the management of Dupuytren's contracture. J Hand Surg Br. 1984 Jun;9(2):163-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6747419?tool=bestpractice.com [44]Colville J. Dupuytren's contracture - the role of fasciotomy. Hand. 1983 Jun;15(2):162-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6884846?tool=bestpractice.com O dedo é integralmente estendido com um estalido característico.
O procedimento é menos doloroso e possibilita uma recuperação mais rápida que nas intervenções por fasciectomia aberta. No entanto, ele está associado a um risco de recorrência de até 43%, visto que a fáscia doente nunca é inteiramente removida, além de haver riscos de lesão do tendão flexor e nervos.[43]Rowley DI, Couch M, Chesney RB, et al. Assessment of percutaneous fasciotomy in the management of Dupuytren's contracture. J Hand Surg Br. 1984 Jun;9(2):163-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6747419?tool=bestpractice.com [44]Colville J. Dupuytren's contracture - the role of fasciotomy. Hand. 1983 Jun;15(2):162-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6884846?tool=bestpractice.com [45]Bryan AS, Ghorbal MS. The long-term results of closed palmar fasciotomy in the management of Dupuytren's contracture. J Hand Surg Br. 1988 Aug;13(3):254-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3171286?tool=bestpractice.com
Todos os pacientes com contraturas devem fazer terapia da mão após o procedimento.
injeções de corticosteroide
Os pacientes que desejarem evitar um procedimento mais invasivo poderão se beneficiar das injeções de corticosteroide.
Demonstrou-se que a injeção mensal de triancinolona acetonida nos nódulos de Dupuytren, por até 5 meses ou a cada 6 semanas até se completarem 3 injeções, produz uma regressão significativa da doença, sendo necessária uma média de 3.2 injeções por nódulo para haver melhora da função.[28]Ketchum LD, Donahue TK. The injection of nodules of Dupuytren's disease with triamcinolone acetonide. J Hand Surg Am. 2000 Nov;25(6):1157-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11119679?tool=bestpractice.com Após a injeção de corticosteroide, um número menor de pacientes que o predito para a conduta expectante isolada chega a precisar do tratamento cirúrgico.[28]Ketchum LD, Donahue TK. The injection of nodules of Dupuytren's disease with triamcinolone acetonide. J Hand Surg Am. 2000 Nov;25(6):1157-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11119679?tool=bestpractice.com
Todos os pacientes com contraturas devem fazer terapia da mão após o procedimento.
Opções primárias
triancinolona acetonida: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
contraturas de >30 graus da articulação metacarpofalângica e/ou contraturas da articulação interfalangiana proximal (IFP)
fasciectomia parcial aberta + antibióticos perioperatórios
O procedimento mais comumente usado no tratamento cirúrgico da contratura de Dupuytren, visto estar associado a um índice de recorrência pós-operatória de 15%.[49]Townley WA, Baker R, Sheppard N, et al. Dupuytren's contracture unfolded. BMJ. 2006;332:397-400. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1370973 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16484265?tool=bestpractice.com
Com uma incisão palmar transversa sobreposta à prega palmar distal, a fáscia em que se tiverem formado cordas patológicas será excisada, na direção proximal à distal. [Figure caption and citation for the preceding image starts]: Visão pré-operatória do dedo anelar de paciente com contratura em flexão com indicação cirúrgica, mostrando a marcação das incisões, demonstrando incisão transversa sobreposta à prega palmar distal e incisões oblíquas de Brunner na direção proximal à distalDo acervo do Dr. C. M. Rodner; usado com permissão [Citation ends]. A escolha da incisão digital fica a critério do cirurgião, sendo esta, na maioria das vezes, uma incisão de Brunner ou uma incisão longitudinal (geralmente associada a zetaplastias múltiplas).
Na palma, as estruturas neurovasculares profundas situadas abaixo da fáscia comprometida são identificadas e retraídas. [Figure caption and citation for the preceding image starts]: Visão intraoperatória do dedo anelar de paciente com contratura em flexão, com feixe neurovascular digital radial identificado e isolado avançando em direção volar sobre a corda de Dupuytren, sendo elevada por um fórceps para excisão na direção proximal à distalDo acervo do Dr. C. M. Rodner; usado com permissão [Citation ends]. A fáscia doente é excisada e elevada na direção proximal à distal. Com o avanço da corda de Dupuytren no dedo, deve-se tomar cuidado para identificar as artérias e nervos radiais e ulnares, especialmente nas contraturas da articulação IFP. As articulações são inspecionadas para verificar a existência de contraturas persistentes, e a contratura residual da articulação IFP é tratada com a liberação da placa volar, com liberação subsequente dos ligamentos colaterais, se necessário.
Quando possível, o fechamento primário e direto da pele palmar deverá ser realizado sobre um dreno Penrose para prevenir hematomas, pois esse método de fechamento possibilita movimentação precoce e boa sensibilidade cutânea, evitando os cuidados meticulosos necessários com uma ferida aberta. [Figure caption and citation for the preceding image starts]: Visão pós-operatória do dedo anelar de paciente com contratura em flexão, mostrando ferida fechada sobre dreno Penrose, usado para minimizar a formação subsequente de hematomaDo acervo do Dr. C. M. Rodner; usado com permissão [Citation ends]. Se o defeito palmar for grande demais para um fechamento primário, pode-se adotar um enxerto de pele ou a técnica da palma aberta, proposta por McCash. O paciente é acompanhado em alguns dias para a remoção do dreno e avaliação da ferida.
Todos os pacientes com contraturas devem fazer terapia da mão após o procedimento. Após uma fasciectomia parcial aberta, os exercícios de flexão começarão após a ferida se estabilizar.
A infecção pós-operatória é combatida com o uso de antibióticos perioperatórios e manipulação cuidadosa dos tecidos moles. Geralmente, são administradas cefalosporinas de primeira ou segunda geração. A clindamicina pode ser usada como alternativa em pacientes com alergia à penicilina, possibilitando o tratamento de Gram-positivos. As práticas, porém, variam dependendo do centro, e protocolos locais devem ser consultados e seguidos.
imobilização pós-operatória
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Após uma fasciectomia parcial aberta, os dedos são imobilizados na posição estendida.
No quinto dia pós-operatório, os pacientes são encaminhados a um terapeuta da mão para uma imobilização em extensão digital baseada no antebraço, que deverá ser usada integralmente entre as consultas com o terapeuta. Os exercícios de flexão começarão quando a ferida se estabilizar. A reaquisição da flexão digital costuma ser mais difícil que a manutenção da extensão pós-fasciectomia, em decorrência da necessidade de imobilização na posição estendida. [Figure caption and citation for the preceding image starts]: Visão pós-operatória de um mês do dedo anelar de paciente com contratura em flexão, demonstrando extensão total ativa do dedoDo acervo do Dr. C. M. Rodner; usado com permissão [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Visão pós-operatória de um mês do dedo anelar de paciente com contratura em flexão, demonstrando flexão ativa do dedoDo acervo do Dr. C. M. Rodner; usado com permissão [Citation ends].
Na terceira semana pós-operatória, a imobilização é removida gradualmente, devendo ser usada apenas à noite, podendo a imobilização noturna em extensão continuar por até 6 meses.
Alguns cirurgiões deixaram de utilizar a imobilização pós-operatória, preferindo uma mobilização precoce para minimizar as dificuldades de flexão. Também há evidências que sugerem que a imobilização pós-cirurgia (inclusive a noturna, em extensão) não representa um benefício adicional à terapia padrão da mão para a manutenção da extensão dos dedos, exceto talvez nos casos em que ocorre perda de extensão no pós-operatório, em que a imobilização noturna em extensão noturna pode trazer algum benefício.[53]Kemler MA, Houpt P, van der Horst CM. A pilot study assessing the effectiveness of postoperative splinting after limited fasciectomy for Dupuytren's disease. J Hand Surg Eur Vol. 2012 Oct;37(8):733-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22311918?tool=bestpractice.com [54]Collis J, Collocott S, Hing W, et al. The effect of night extension orthoses following surgical release of Dupuytren contracture: a single-center, randomized, controlled trial. J Hand Surg Am. 2013 Jul;38(7):1285-94. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23790420?tool=bestpractice.com A imobilização pós-operatória pode não se justificar para todos os pacientes.
aponeurotomia segmentar
Concilia as técnicas percutâneas e a fasciectomia aberta. Nela, múltiplas incisões pequenas são feitas na palma e nos dedos para remover os segmentos da corda de Dupuytren e obter a descontinuação entre os segmentos do tecido doente, sem objetivar a remoção integral do tecido patológico.
Os resultados clínicos dessa técnica são similares aos de técnicas tradicionais de fasciectomia aberta, com um índice de recorrência de 20% a 35%.[46]Rayan GM. Dupuytren disease: Anatomy, pathology, presentation, and treatment. J Bone Joint Surg Am. 2007 Jan;89(1):189-98. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17256226?tool=bestpractice.com [47]Moermans JP. Long-term results after segmental aponeurectomy for Dupuytren's disease. J Hand Surg Br. 1996;21:797-800. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8982932?tool=bestpractice.com [48]Moermans JP. Segmental aponeurectomy in Dupuytren's disease. J Hand Surg Br. 1991 Aug;16(3):243-54. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1960487?tool=bestpractice.com
Todos os pacientes com contraturas devem fazer terapia da mão após o procedimento.
fasciotomia percutânea
Semelhante à aponeurotomia com agulha, mas utiliza um bisturi para cortar e liberar a banda que provoca a contratura digital sendo, portanto, realizada por um cirurgião de mão no centro cirúrgico.[43]Rowley DI, Couch M, Chesney RB, et al. Assessment of percutaneous fasciotomy in the management of Dupuytren's contracture. J Hand Surg Br. 1984 Jun;9(2):163-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6747419?tool=bestpractice.com [44]Colville J. Dupuytren's contracture - the role of fasciotomy. Hand. 1983 Jun;15(2):162-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6884846?tool=bestpractice.com O dedo é integralmente estendido com um estalido característico.
O procedimento é menos doloroso e possibilita uma recuperação mais rápida que nas intervenções por fasciectomia aberta. No entanto, ele está associado a um risco de recorrência de até 43%, visto que a fáscia doente nunca é inteiramente removida, além de haver riscos de lesão do tendão flexor e nervos.[43]Rowley DI, Couch M, Chesney RB, et al. Assessment of percutaneous fasciotomy in the management of Dupuytren's contracture. J Hand Surg Br. 1984 Jun;9(2):163-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6747419?tool=bestpractice.com [44]Colville J. Dupuytren's contracture - the role of fasciotomy. Hand. 1983 Jun;15(2):162-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6884846?tool=bestpractice.com [45]Bryan AS, Ghorbal MS. The long-term results of closed palmar fasciotomy in the management of Dupuytren's contracture. J Hand Surg Br. 1988 Aug;13(3):254-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3171286?tool=bestpractice.com
Todos os pacientes com contraturas devem fazer terapia da mão após o procedimento.
injeção de colagenase
A colagenase do Clostridium histolyticum é usada para tratar pacientes adultos com cordas palpáveis e contratura interfalângica proximal ou metacarpofalângica, com uma redução correspondente nas fasciotomias e fasciectomias.[29]Lipman MD, Carstensen SE, Deal DN. Trends in the treatment of Dupuytren disease in the United States between 2007 and 2014. Hand (N Y). 2017 Jan;12(1):13-20. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5207289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28082837?tool=bestpractice.com É necessária uma média de 1.4 injeção para normalizar as articulações acometidas, e o sucesso clínico foi atingido em 29 dias.[30]Badalamente MA, Hurst LC. Efficacy and safety of injectable mixed collagenase subtypes in the treatment of Dupuytren's contracture. J Hand Surg Am. 2007 Jul-Aug;32(6):767-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17606053?tool=bestpractice.com Em um estudo, reduções nas contraturas de 0 a 5 graus da extensão total, 30 dias após a última injeção, foram atingidas em cordas injetadas com colagenase, em comparação a cordas injetadas com placebo.[31]Hurst LC, Badalamente MA, Hentz VR, et al. Injectable collagenase clostridium histolyticum for Dupuytren's contracture. N Engl J Med. 2009 Sep 3;361(10):968-79. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0810866 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19726771?tool=bestpractice.com Os eventos adversos se restringem ao local da injeção, geralmente de gravidade leve a moderada e natureza transitória.[30]Badalamente MA, Hurst LC. Efficacy and safety of injectable mixed collagenase subtypes in the treatment of Dupuytren's contracture. J Hand Surg Am. 2007 Jul-Aug;32(6):767-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17606053?tool=bestpractice.com Os eventos adversos mais comumente relatados foram edema localizado na mão, dor, hematomas, prurido e aumento e sensibilidade transitória dos linfonodos regionais. Eventos adversos graves foram observados em 2% dos receptores da colagenase, incluindo rupturas de tendão e síndrome da dor regional complexa.[31]Hurst LC, Badalamente MA, Hentz VR, et al. Injectable collagenase clostridium histolyticum for Dupuytren's contracture. N Engl J Med. 2009 Sep 3;361(10):968-79. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0810866 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19726771?tool=bestpractice.com Embora com poucos pacientes, a literatura sugere que a recorrência é mais comum nas contraturas da articulação IFP que nas contraturas da articulação metacarpofalângica. Mesmo assim, são necessários estudos de longo prazo com mais pacientes para verificar a efetividade e os índices de recorrência em longo prazo no tratamento com colagenase, assim como sua segurança no longo prazo.[32]Watt AJ, Curtin CM, Hentz VR. Collagenase injection as nonsurgical treatment of Dupuytren's disease: 8-year follow-up. J Hand Surg Am. 2010 Apr;35(4):534-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20353858?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática constatou que cirurgias prévias não afetavam a eficácia e segurança das injeções de colagenase, tornando-a uma opção para pacientes com contratura de Dupuytren recorrente.[34]Bainbridge C, Gerber RA, Szczypa PP, et al. Efficacy of collagenase in patients who did and did not have previous hand surgery for Dupuytren's contracture. J Plast Surg Hand Surg. 2012 Sep;46(3-4):177-83. http://informahealthcare.com/doi/pdf/10.3109/2000656X.2012.683795 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22670890?tool=bestpractice.com
Após a injeção ser administrada, um curativo é colocado na mão. O paciente será então orientado a voltar ao consultório no dia seguinte para a manobra de extensão do dedo, na qual o dedo é estirado para se romper a corda. Isso pode ser feito com ou sem um anestésico local. Após a manipulação ser concluída com êxito, não haverá restrições e a movimentação precoce será recomendada. Embora a diminuição da recorrência com o uso posterior de uma imobilização noturna não tenha sido provada, ela deve ser oferecida ao paciente. O paciente é acompanhado para avaliar a necessidade de, no máximo, mais 2 injeções com um intervalo de 4 a 6 semanas.[30]Badalamente MA, Hurst LC. Efficacy and safety of injectable mixed collagenase subtypes in the treatment of Dupuytren's contracture. J Hand Surg Am. 2007 Jul-Aug;32(6):767-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17606053?tool=bestpractice.com
A colagenase de Clostridium histolyticum pode não estar disponível em alguns países.
Opções primárias
colagenase do Clostridium histolyticum: 0.58 mg por via intralesional em dose única, máximo de 3 doses/corda
Mais colagenase do Clostridium histolyticumPode-se repetir 2 doses a intervalos de 4 semanas se a contratura persistir.
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