Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

CONTÍNUA

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1ª linha – 

modificação do estilo de vida

Evitar fatores desencadeantes ou de exacerbação identificados para pacientes específicos.

Aconselhe o uso frequente e livre de emolientes sobre as áreas afetadas, principalmente após qualquer contato com água. Use formulações à base de parafina branca mole ou uma formulação de creme se o paciente não tolerar o produto.

Aconselhe os pacientes a evitar trabalho prolongado em condições de umidade e sugira o uso de luvas de proteção, caso necessário. Recomende o uso de agentes de limpeza leves, evitando-se produtos para a pele com fragrâncias ou corantes.

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corticosteroide tópico ou imunomodulador

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Usado em pacientes que não apresentam resposta à modificação do estilo de vida isolada.[15][33][34]

Preparações potentes (por exemplo, clobetasol, fluocinonida) são usadas por até duas semanas por mês, antes da mudança para um corticosteroide de potência intermediária (por exemplo, mometasona, triancinolona) para evitar efeitos adversos, como atrofia cutânea e telangiectasia. A terapia de manutenção consiste em um corticosteroide tópico de potência média.[35]

Formulações à base de pomada geralmente são consideradas superiores a cremes ou loções, pois são mais eficazes e contêm menos conservantes ou aditivos.[22] A oclusão com um envoltório plástico ou um curativo hidrocoloide aumenta a eficácia; entretanto, também aumenta o risco de efeitos adversos, principalmente com corticosteroides de alta potência.[34]

Imunomoduladores tópicos, como tacrolimo e pimecrolimo, são considerados para o manejo crônico e podem ser usados para terapia de manutenção (como agentes poupadores de corticosteroide) quando houver preocupações quanto à atrofia cutânea após a obtenção do controle por meio de corticosteroides tópicos.[15][36][37][38]

Esses agentes são menos eficazes em pele espessamente queratinizada, como nas solas dos pés. Pode ser usado um queratolítico (como creme de ureia) para melhorar a absorção.[36][37]

Opções primárias

clobetasol tópico: (0.05%) aplicar com moderação na(s) área(s) afetada(s) uma vez ao dia ao deitar por até 2 semanas e, em seguida, mudar para um corticosteroide de potência mais baixa

ou

fluocinonida tópica: (0.05%) aplicar com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia por até 2 semanas e, em seguida, mudar para um corticosteroide de potência mais baixa

ou

mometasona tópica: (0.1%) aplicar com moderação na(s) área(s) afetada(s) uma vez ao dia até a resolução dos sintomas

ou

triancinolona tópica: (0.025% ou 0.1%) aplicar com moderação na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia até a resolução dos sintomas

Opções secundárias

tacrolimo tópico: (0.1%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

ou

pimecrolimo tópico: (1%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

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corticosteroide oral

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Reservado para ciclos curtos em circunstâncias graves (por exemplo, ponfolix). A adição de um corticosteroide oral pode trazer uma grande melhora em casos sem resposta clínica às modificações do estilo de vida isoladamente ou à terapia tópica.

Um ciclo curto de prednisolona é recomendável nesses casos; a retirada gradual da dose não é necessária para essa duração de tratamento.[2] Ciclos mais longos de tratamento com corticosteroides orais não são recomendados devido a seus efeitos adversos bem conhecidos, os quais incluem hiperglicemia, hipertensão, osteoporose e catarata.

Opções primárias

prednisolona: 60 mg por via oral uma vez ao dia por 3-5 dias

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anti-histamínico

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O controle do prurido pode ser obtido com anti-histamínicos orais (por exemplo, difenidramina, hidroxizina).

Opções primárias

difenidramina: 25-50 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 300 mg/dia

ou

hidroxizina: 25 mg por via oral a cada 6-8 horas, quando necessário

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terapia específica para níquel

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Uma dieta com baixo teor de níquel é útil para alguns pacientes motivados com dermatite disidrótica persistente e alergia a níquel comprovada por meio de teste de contato ou de desafio oral.[27][28]

Uma dieta com baixo conteúdo em níquel inclui a restrição a todos os alimentos enlatados e alimentos preparados com utensílios e vasilhas contendo níquel, além da evitação dos seguintes alimentos: aspargo, vagens, brócolis, cenoura, milho, alface, cogumelos, cebola, pera, ervilha, ruibarbo, espinafre, tomate, couve, brotos de alfafa, alho-poró, lentilha, abacaxi, framboesa, ameixa seca, tâmara, figo, arenque, marisco, chá, pó de proteína de soja, chocolate, cacau, fermento em pó, marzipã, nozes, sementes de girassol e gergelim, alcaçuz, vitaminas contendo níquel, farinha de trigo integral, farelo de cereais, trigo sarraceno, painço, pão com múltiplos grãos, farinha de aveia, arroz não polido e farelo de centeio.

Outros métodos empregados para diminuir os efeitos sistêmicos de níquel incluem tratamento com agentes orais (como vitamina C, ferro, dissulfiram e cromoglicato de sódio) e dessensibilização.[29][30][31]

No entanto, as terapias específicas para níquel, como um todo, ainda necessitam de grandes estudos randomizados e controlados.

Opções primárias

dissulfiram: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

cromoglicato sódico: 200-400 mg por via oral quatro vezes ao dia

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terapia para hiperidrose

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A hiperidrose é um fator de exacerbação para alguns pacientes com dermatite disidrótica.

Nesse subgrupo de pacientes, podem ser úteis modalidades que interrompem a função sudorípara écrina, como cloreto de alumínio tópico, iontoforese, glicopirrônio tópico e toxina botulínica tipo A.[23][24][25]

O tratamento com toxina botulínica tipo A está associado a dor na ocasião das injeções e ao efeito adverso temporário de fraqueza das mãos. Técnicas cuidadosas de diluição e injeção são necessárias para evitar complicações.[25]

A BTXA tem prevalência sobre iontoforese.

Opções primárias

cloreto de alumínio tópico: (solução a 20%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) uma vez ao dia ao deitar, por 2-3 dias ou até a anidrose, seguido por uma ou duas vezes por semana ao deitar quando necessário

ou

glicopirrônio tópico: (compressa a 2.4%) aplicar uma compressa na(s) área(s) afetada(s) uma vez ao dia

ou

toxina botulínica do tipo A: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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fototerapia nas mãos/pés

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A fototerapia pode ser um tratamento adjuvante útil em pacientes que respondem parcialmente à terapia convencional.

Psoralenos tópicos (por exemplo, metoxisaleno) associados a ultravioleta A (PUVA) são um tratamento eficaz.[15][38]​​[39][40][41]​​​​ Existem vários esquemas, mas geralmente é usado um esquema de 8 semanas. Os PUVA tópicos têm efeitos adversos relacionados a bolhas e hiperpigmentação, mas os efeitos adversos sistêmicos de náuseas ou vômitos e fotossensibilidade persistente no corpo inteiro observados com o tratamento oral por PUVA são raros.[46]

Os PUVA orais são uma opção de segunda linha; entretanto, essa terapia traz riscos de danos oculares e câncer de pele.[47]A UV-A-1 não exige o uso de psoralenos (que aumentam o risco de carcinogênese), mas ela não está amplamente disponível.[48]resistente.

O principal risco dos PUVA é a carcinogênese, que é dose-dependente. UVB de banda estreita é outra opção eficaz.[15][38]​​ Na fase de tratamento ativo, os pacientes são tratados três vezes por semana. Os pacientes recebem uma tentativa de 8 semanas de tratamento ativo; após esse período, os tratamentos podem ser retirados gradualmente na fase de manutenção.

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terapia imunossupressora sistêmica

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Imunossupressores sistêmicos são usados com algum sucesso em pacientes sem resposta clínica à terapia convencional e à fototerapia.[42][43][44][45]​ Entretanto, as evidências de eficácia para dermatite disidrótica são fracas.[38]

Esses agentes só são empregados em caso de doença resistente ao tratamento, pois seus efeitos adversos podem ser graves. Eles incluem: hepatotoxicidade, toxicidade renal, pneumonite, pancitopenia, risco elevado de neoplasia ou de infecção, teratogenicidade, hipertensão, hiperlipidemia e oligospermia.

A suplementação de ácido fólico reduz a probabilidade dos efeitos adversos hematológicos do metotrexato.

Os pacientes com esse nível de gravidade devem buscar uma consulta em uma clínica especializada em dermatologia.

Opções primárias

metotrexato: 12.5 a 20 mg por via oral uma vez por semana, sempre no mesmo dia da semana

--E--

ácido fólico: 1 mg por via oral uma vez ao dia

ou

azatioprina: 100-150 mg/dia por via oral inicialmente; reduzir para 50-100 mg/dia como dose de manutenção

ou

ciclosporina: 2.5 mg/kg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas

ou

micofenolato de mofetila: 1.5 g por via oral duas vezes ao dia inicialmente, diminuir a dose gradativamente de acordo com a resposta

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