Etiologia

A etiologia da dermatite disidrótica é desconhecida. Vários fatores de risco e possíveis fatores contribuintes têm sido investigados. Existem evidências conflitantes quanto à atopia conferir ou não risco elevado.[6][7] Alguns investigadores constataram que a alergia de contato (especialmente a metais) está correlacionada à dermatite disidrótica, enquanto outros não fizeram a mesma constatação.[8][9] Pacientes sensíveis ao níquel podem apresentar crises de dermatite disidrótica após exposição alimentar ou administração sistêmica do metal.[10][11] A alta densidade dos ductos écrinos das palmas das mãos e solas dos pés pode ocasionar a concentração de metal nessas superfícies na sudorese, acarretando crises em pacientes sensíveis ao níquel.[12] A hiperidrose parece ser uma condição agravante para um subgrupo de pessoas com dermatite disidrótica.[6][13] Agentes irritantes comuns, como água, detergentes e solventes, podem também ter alguma função na exacerbação da doença em alguns pacientes.[14][15]​ Um estudo demonstrou uma correlação entre disidrose e tabagismo, contraceptivos orais e ácido acetilsalicílico.[7] Estresse emocional também pode desencadear surtos de dermatite disidrótica, mas a condição não está vinculada a gênero ou idade.[3][4][6][8][16]

Fisiopatologia

A dermatite disidrótica não está relacionada a uma alteração nos ductos écrinos, como sugere seu nome. Na histopatologia, ela é simplesmente uma dermatite espongiótica da pele das extremidades. O espessamento da camada córnea é que causa a clássica aparência de "tapioca" da dermatite disidrótica, por sua impedância à ruptura vesicular.[17] A porção intraepidérmica dos ductos écrinos não é afetada por esse processo.[17]

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