Critérios

Organização Mundial da Saúde: definição de caso[41]

Descrição clínica:

  • Síndrome neurológica aguda (ou seja, encefalite) dominada por formas de hiperatividade (raiva furiosa) ou síndromes paralíticas (raiva paralítica) com evolução para coma e óbito, em geral por insuficiência cardíaca ou respiratória, tipicamente em até 7–10 dias após os primeiros sinais se não houver a instituição de cuidados intensivos. Pode incluir qualquer um dos seguintes sinais:

    • aerofobia

    • Hidrofobia

    • Parestesia ou dor localizada

    • fraqueza localizada

    • Náuseas ou vômitos.

Critérios laboratoriais para o diagnóstico:

  • Deve-se usar um ou mais dos seguintes critérios laboratoriais para confirmar um caso clínico:

    • Presença de antígenos virais em amostras (por exemplo, tecido cerebral, pele)

    • Isolamento do vírus de amostras em cultura celular ou em animais de laboratório

    • Presença de anticorpos virais específicos no líquido cefalorraquidiano (LCR) ou soro de uma pessoa não vacinada; e/ou

    • Presença de ácidos nucleicos virais em amostras (por exemplo, tecido cerebral, pele, saliva e urina concentrada).

Classificação de casos:

  • Suspeito: um caso compatível com a definição de caso clínico

  • Provável: um caso suspeito associado a uma história confiável de contato com um animal raivoso suspeito, provável ou confirmado

  • Confirmado: um caso suspeito ou provável que é confirmado em laboratório.

Centros de Controle e Prevenção de Doenças: definição de caso de 2011[45]

Descrição clínica:

  • Encefalomielite aguda que quase sempre evolui para coma ou óbito dentro de 10 dias após o primeiro sintoma.

Critérios laboratoriais para o diagnóstico:

  • Detecção de antígenos de Lyssavirus em uma amostra clínica (preferencialmente o crânio ou os nervos adjacentes aos folículos pilosos na nuca) pelo teste de anticorpo fluorescente direto; OU

  • Isolamento (em cultura celular ou em um animal de laboratório) de um Lyssavirus a partir da saliva ou de tecido do sistema nervoso central; OU

  • Identificação de anticorpos específicos para Lyssavirus (ou seja, pelo teste de anticorpo fluorescente indireto [AIF] ou neutralização total do vírus da raiva em diluição de 1:5) no líquido cefalorraquidiano (LCR); OU

  • Identificação de anticorpos específicos para Lyssavirus (ou seja, pelo teste de anticorpo fluorescente indireto ou neutralização total do vírus da raiva em diluição de 1:5) no soro de uma pessoa não vacinada; OU

  • Detecção de ácido ribonucleico (RNA) viral de Lyssavirus (usando reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa) na saliva, LCR ou tecido.

Classificação de casos:

  • Caso confirmado: um caso clinicamente compatível com confirmação laboratorial por meio de exames em um laboratório estadual ou federal de saúde pública.

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