A doença geralmente está localizada em um único sítio extranodal.[4]Zucca E, Arcaini L, Buske C, et al. Marginal zone lymphomas: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2020 Jan;31(1):17-29.
https://www.doi.org/10.1016/j.annonc.2019.10.010
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31912792?tool=bestpractice.com
O estômago é o mais comumente afetado (linfoma MALT gástrico).[6]Kiesewetter B, Lamm W, Dolak W, et al. Transformed mucosa-associated lymphoid tissue lymphomas: a single institution retrospective study including polymerase chain reaction-based clonality analysis. Br J Haematol. 2019 Aug;186(3):448-59.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6771836
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31124124?tool=bestpractice.com
[13]Raderer M, Kiesewetter B, Ferreri AJ. Clinicopathologic characteristics and treatment of marginal zone lymphoma of mucosa-associated lymphoid tissue (MALT lymphoma). CA Cancer J Clin. 2016 Mar-Apr;66(2):153-71.
https://acsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.3322/caac.21330
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26773441?tool=bestpractice.com
A doença disseminada (incluindo doença em estádio avançado) é mais comum nos linfomas MALT não gástricos (ocorrendo em aproximadamente 25% dos pacientes).[8]Zucca E, Conconi A, Pedrinis E, et al. Nongastric marginal zone B-cell lymphoma of mucosa-associated lymphoid tissue. Blood. 2003 Apr 1;101(7):2489-95.
https://www.doi.org/10.1182/blood-2002-04-1279
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12456507?tool=bestpractice.com
O diagnóstico é baseado na história, exame físico, estudos de imagem e biópsia (com avaliação histopatológica, imunofenotípica e genética).
Anamnese e exame físico
Os pacientes devem ser submetidos a uma história e exame físico completos, com foco nos locais envolvidos. A história e os achados do exame físico variam dependendo do sítio de envolvimento e do estádio da doença.
O linfoma MALT gástrico tipicamente se manifesta com dispepsia e desconforto epigástrico. A anamnese pode revelar infecção crônica por Helicobacter pylori. Raramente podem estar presentes dor abdominal, náusea, diarreia, má absorção, vômitos e sintomas B (febres inexplicáveis, sudorese noturna e perda de peso significativa).[13]Raderer M, Kiesewetter B, Ferreri AJ. Clinicopathologic characteristics and treatment of marginal zone lymphoma of mucosa-associated lymphoid tissue (MALT lymphoma). CA Cancer J Clin. 2016 Mar-Apr;66(2):153-71.
https://acsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.3322/caac.21330
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26773441?tool=bestpractice.com
Sangramento gastrointestinal, perfuração e obstrução foram relatados com pouca frequência. A linfadenopatia é um achado incomum no linfoma MALT gástrico.[30]Olszewska-Szopa M, Wróbel T. Gastrointestinal non-Hodgkin lymphomas. Adv Clin Exp Med. 2019 Aug;28(8):1119-24.
https://advances.umw.edu.pl/pdf/2019/28/8/1119.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31414733?tool=bestpractice.com
A apresentação típica do linfoma MALT não gástrico varia a depender do sítio envolvido:
Glândulas salivares/parótidas: massa de glândula salivar em crescimento. A história pode revelar uma doença autoimune (por exemplo, síndrome de Sjögren ou sialadenite linfoepitelial).
Anexos oculares: hiperemia conjuntival (olho vermelho) indolor com ou sem fotofobia, mimetizando conjuntivite alérgica. O exame físico pode revelar massas alaranjadas ou rosa-salmão nos fórnices conjuntivais. Se a órbita estiver envolvida, pode ocorrer proptose indolor (com ou sem distúrbios de motilidade do olho), diplopia, ptose e, raramente, redução da visão.
Pulmões: aproximadamente 40% dos pacientes com linfoma MALT de pulmão são assintomáticos e apresentam incidentalmente um nódulo pulmonar solitário em uma radiografia torácica de rotina.[9]Cohen SM, Petryk M, Varma M, et al. Non-Hodgkin's lymphoma of mucosa-associated lymphoid tissue. Oncologist. 2006;11:1100-17.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17110630?tool=bestpractice.com
Os pacientes sintomáticos podem apresentar febre, perda de peso, tosse, dispneia e hemoptise.[9]Cohen SM, Petryk M, Varma M, et al. Non-Hodgkin's lymphoma of mucosa-associated lymphoid tissue. Oncologist. 2006;11:1100-17.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17110630?tool=bestpractice.com
A história pode revelar uma doença autoimune (por exemplo, síndrome de Sjögren, lúpus eritematoso sistêmico ou síndrome de imunodeficiência comum variável).
Glândula tireoide: massa tireoidiana; sinais e sintomas de obstrução esofágica/traqueal (dispneia, disfagia, desvio traqueal) podem ocorrer se a massa for grande. A história pode revelar tireoidite de Hashimoto.
Pele: lesões papulonodulares isoladas ou múltiplas ou placas marrons ou vermelho-amarronzadas que são observadas principalmente ao longo dos membros ou costas.
Mama: massa mamária aumentada e indolor.
Dura-máter: deficits neurológicos focais.
Avaliação laboratorial
Todos os pacientes devem fazer um hemograma completo com diferencial e esfregaço de sangue para descartar anemia (devida a sangramento gastrointestinal) e para avaliar o envolvimento da medula óssea (por exemplo, se houver trombocitopenia).
Um perfil metabólico completo (incluindo TFHs) deve ser realizado para avaliar as funções hepática e renal basais antes de iniciarem o tratamento.[4]Zucca E, Arcaini L, Buske C, et al. Marginal zone lymphomas: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2020 Jan;31(1):17-29.
https://www.doi.org/10.1016/j.annonc.2019.10.010
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31912792?tool=bestpractice.com
[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A lactato desidrogenase (LDH) e a beta-2 microglobulina fornecem uma indicação indireta da taxa proliferativa do linfoma (isto é, atividade da doença) e devem ser medidas como parte da investigação inicial para orientar o diagnóstico e o prognóstico.[14]Walewska R, Eyre TA, Barrington S, et al. Guideline for the diagnosis and management of marginal zone lymphomas: a British Society of Haematology guideline. Br J Haematol. 2024 Jan;204(1):86-107.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjh.19064
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957111?tool=bestpractice.com
[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Elas raramente estão elevadas no linfoma MALT.
A eletroforese de proteínas séricas deve ser considerada porque uma paraproteína pode ser detectada se houver diferenciação plasmocitária, o que ocorre em cerca de um terço dos pacientes.[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[31]Molina TJ, Lin P, Swerdlow SH, et al. Marginal zone lymphomas with plasmacytic differentiation and related disorders. Am J Clin Pathol. 2011 Aug;136(2):211-25.
https://academic.oup.com/ajcp/article/136/2/211/1766046
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21757594?tool=bestpractice.com
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Linfoma MALT de pulmão: partes desse tumor demonstram diferenciação plasmocítica notável (coloração de CD138, ×200)Dos acervos de Dr. R. Joshi e Dr. C. McNamara; usado com permissão [Citation ends].
Endoscopia digestiva alta
Uma endoscopia digestiva alta deve ser realizada se houver suspeita de linfoma MALT gástrico.[4]Zucca E, Arcaini L, Buske C, et al. Marginal zone lymphomas: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2020 Jan;31(1):17-29.
https://www.doi.org/10.1016/j.annonc.2019.10.010
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31912792?tool=bestpractice.com
[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A aparência endoscópica do linfoma MALT gástrico mimetiza gastrite crônica e úlcera péptica; portanto, a biópsia endoscópica é essencial para confirmar o diagnóstico de linfoma MALT gástrico.
Biópsia
Amostras para biópsia tecidual devem ser obtidas de áreas com aparência normal e anormal de um local afetado, sempre que possível.[14]Walewska R, Eyre TA, Barrington S, et al. Guideline for the diagnosis and management of marginal zone lymphomas: a British Society of Haematology guideline. Br J Haematol. 2024 Jan;204(1):86-107.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjh.19064
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957111?tool=bestpractice.com
[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Podem ser necessárias múltiplas biópsias se a doença for multifocal (por exemplo, estômago, pele). A biópsia por aspiração com agulha fina deve ser evitada, pois pode não fornecer uma amostra adequada para o diagnóstico.
A análise histopatológica e imunofenotípica das amostras de biópsia deve ser realizada para estabelecer um diagnóstico.[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Deve-se observar que o linfoma MALT gástrico se dissemina preferencialmente para a zona marginal esplênica, onde pode não ser detectado pelas técnicas histopatológicas convencionais.[32]Cavalli F, Isaacson PG, Gascoyne RD, et al. MALT lymphomas. Haematology Am Soc Hematol Educ Program. 2001;241-258.
http://asheducationbook.hematologylibrary.org/cgi/content/full/2001/1/241
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11722987?tool=bestpractice.com
Testes histológicos (coloração imuno-histoquímica) para infecção por H pylori devem ser realizados nas amostras de biópsia se houver suspeita de linfoma MALT gástrico.[4]Zucca E, Arcaini L, Buske C, et al. Marginal zone lymphomas: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2020 Jan;31(1):17-29.
https://www.doi.org/10.1016/j.annonc.2019.10.010
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31912792?tool=bestpractice.com
[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
No linfoma MALT gástrico avançado com infiltração extensa da parede gástrica, o H pylori pode ser difícil de demonstrar em amostras histológicas.[33]Nakamura S, Yao T, Aoyagi K, et al. Helicobacter pylori and primary gastric lymphoma: a histopathologic and immunohistochemical analysis of 237 patients. Cancer. 1997 Jan 1;79(1):3-11.
http://www3.interscience.wiley.com/cgi-bin/fulltext/73502285/HTMLSTART
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8988720?tool=bestpractice.com
Se a infecção por H pylori não for confirmada histologicamente, um teste alternativo (não invasivo) para H pylori deve ser realizado (por exemplo, teste do antígeno fecal, teste respiratório da ureia, sorologia).[4]Zucca E, Arcaini L, Buske C, et al. Marginal zone lymphomas: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2020 Jan;31(1):17-29.
https://www.doi.org/10.1016/j.annonc.2019.10.010
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31912792?tool=bestpractice.com
[14]Walewska R, Eyre TA, Barrington S, et al. Guideline for the diagnosis and management of marginal zone lymphomas: a British Society of Haematology guideline. Br J Haematol. 2024 Jan;204(1):86-107.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjh.19064
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957111?tool=bestpractice.com
[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O teste de reação em cadeia da polimerase para Chlamydia psittaci, Campylobacter jejuni e Borrelia burgdorferi pode ser feito em amostras de biópsia se houver suspeita de linfoma MALT não gástrico.[4]Zucca E, Arcaini L, Buske C, et al. Marginal zone lymphomas: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2020 Jan;31(1):17-29.
https://www.doi.org/10.1016/j.annonc.2019.10.010
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31912792?tool=bestpractice.com
[14]Walewska R, Eyre TA, Barrington S, et al. Guideline for the diagnosis and management of marginal zone lymphomas: a British Society of Haematology guideline. Br J Haematol. 2024 Jan;204(1):86-107.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjh.19064
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957111?tool=bestpractice.com
Consulte Etiologia.
Características histológicas à biópsia
A característica morfológica habitual do linfoma MALT é a infiltração de células neoplásicas ao redor dos folículos de células B reativas, fora da zona do manto preservada, em uma distribuição de zona marginal e estendendo-se para a região interfolicular.[21]Bacon CM, Du MQ, Dogan A. Mucosa-associated lymphoid tissue (MALT) lymphoma: a practical guide for pathologists. J Clin Pathol. 2007 Apr;60(4):361-72.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC2001121
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16950858?tool=bestpractice.com
As características morfológicas do linfoma MALT são geralmente as mesmas em todos os sítios anatômicos.[34]Laurent C, Cook JR, Yoshino T, et al. Follicular lymphoma and marginal zone lymphoma: how many diseases? Virchows Arch. 2023 Jan;482(1):149-62.
https://link.springer.com/article/10.1007/s00428-022-03432-2
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36394631?tool=bestpractice.com
Pode haver certas diferenças específicas de cada sítio.
A transformação de alto grau do linfoma MALT é caracterizada pela presença de números aumentados de células blásticas transformadas que têm um fenótipo de linfoma difuso de grandes células B (LDGCB). Esses casos devem ser formalmente diagnosticados como linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), e a presença de um linfoma MALT concomitante deve ser observada.
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Infiltrado de células linfoides no pulmão, confirmando a origem de células B (coloração de CD20, ×200)Dos acervos de Dr. R. Joshi e Dr. C. McNamara; usado com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Linfoma MALT do pulmão: o epitélio respiratório residual foi distorcido por infiltrados de linfócitos; lesão linfoepitelial (coloração de citoqueratina, ×200)Dos acervos de Dr. R. Joshi e Dr. C. McNamara; usado com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Linfoma MALT (tecido linfoide associado à mucosa) gástrico: infiltração do epitélio gástrico por linfócitos B neoplásicos (coloração de CD20, ×200)Dos acervos de Dr. R. Joshi e Dr. C. McNamara; usado com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Linfoma MALT do pulmão: parênquima pulmonar substituído por um infiltrado neoplásico de pequenos linfócitos; um folículo em torno das células da zona marginal neoplásica pode ser reconhecido no centro da imagem (coloração de hematoxilina-eosina [H&E], ×200)Dos acervos de Dr. R. Joshi e Dr. C. McNamara; usado com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Linfoma MALT (tecido linfoide associado à mucosa) gástrico: epitélio gástrico normal distorcido por um infiltrado neoplásico de linfócitos que se estende para dentro do epitélio gástrico superficial (coloração de hematoxilina-eosina [H&E], ×200)Dos acervos de Dr. R. Joshi e Dr. C. McNamara; usado com permissão [Citation ends].
Imunofenotipagem
A imuno-histoquímica (com ou sem citometria de fluxo) das amostras de biópsia deve ser realizada para identificar marcadores tumorais e confirmar o diagnóstico.[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O imunofenótipo típico para linfoma MALT é CD5-, CD10-, CD20+, CD23-/+, CD43-/+, ciclina D1-, com folículos BCL2-.[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Estudos genéticos
A avaliação citogenética (por exemplo, hibridização in situ fluorescente [FISH] e cariótipo) e/ou molecular (por exemplo, reação em cadeia da polimerase) de amostras de biópsia deve ser considerada para detectar anormalidades citogenéticas associadas ao linfoma MALT.[4]Zucca E, Arcaini L, Buske C, et al. Marginal zone lymphomas: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2020 Jan;31(1):17-29.
https://www.doi.org/10.1016/j.annonc.2019.10.010
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31912792?tool=bestpractice.com
[18]Sagaert X, De Wolf-Peeters C, Noels H, et al. The pathogenesis of MALT lymphomas: where do we stand? Leukemia. 2007 Mar;21(3):389-96.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17230229?tool=bestpractice.com
[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
t(11;18): detectado principalmente no linfoma MALT gástrico e pulmonar. Os pacientes com linfoma MALT gástrico que forem t(11;18)-positivos provavelmente não serão positivos para infecção por H pylori e provavelmente não responderão à terapia de erradicação do H pylori.[25]Kahl B, Yang D. Marginal zone lymphomas: management of nodal, splenic, and MALT NHL. Haematology Am Soc Hematol Educ Program. 2008:359-64.
http://asheducationbook.hematologylibrary.org/cgi/content/full/2008/1/359
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19074110?tool=bestpractice.com
[26]Liu H, Ye H, Ruskone-Fourmestraux A, et al. T(11;18) is a marker for all stage gastric MALT lymphomas that will not respond to H. pylori eradication. Gastroenterology. 2002;122:1286-1294.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11984515?tool=bestpractice.com
t(14;18): detectada no linfoma MALT de fígado, pele, pulmão e anexos oculares
t(3;14): detectada no linfoma MALT de tireoide, anexos oculares e pele
t(1;14): detectada nos linfomas MALT gástrico e pulmonar
As outras anormalidades citogenéticas que podem ser detectadas no linfoma MALT incluem trissomia do cromossomo 3 e trissomia do cromossomo 18.[35]Zucca E, Rossi D, Bertoni F. Marginal zone lymphomas. Hematol Oncol. 2023 Jun;41 Suppl 1:88-91.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hon.3152
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37294969?tool=bestpractice.com
Exames de imagem
A TC (com contraste) do pescoço, tórax, abdome e pelve deve ser solicitada em todos os pacientes para estadiamento e avaliação da resposta ao tratamento.[14]Walewska R, Eyre TA, Barrington S, et al. Guideline for the diagnosis and management of marginal zone lymphomas: a British Society of Haematology guideline. Br J Haematol. 2024 Jan;204(1):86-107.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjh.19064
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957111?tool=bestpractice.com
[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A TC das glândulas salivares/parótidas deve ser solicitada se houver sintomas ou sinais de envolvimento das glândulas salivares.
A PET-TC com 18F-fluordesoxiglucose (FDG) pode ser útil para estadiamento do tumor e avaliação da resposta ao tratamento, mas pode levar a achados falsos-negativos devido à baixa taxa metabólica do linfoma MALT.[30]Olszewska-Szopa M, Wróbel T. Gastrointestinal non-Hodgkin lymphomas. Adv Clin Exp Med. 2019 Aug;28(8):1119-24.
https://advances.umw.edu.pl/pdf/2019/28/8/1119.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31414733?tool=bestpractice.com
[36]Almuhaideb A, Papathanasiou N, Bomanji J. 18F-FDG PET/CT imaging in oncology. Ann Saudi Med. 2011 Jan-Feb;31(1):3-13.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3101722
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21245592?tool=bestpractice.com
[37]Carrillo-Cruz E, Marín-Oyaga VA, de la Cruz Vicente F, et al. Role of 18F-FDG-PET/CT in the management of marginal zone B cell lymphoma. Hematol Oncol. 2015 Dec;33(4):151-8.
https://www.doi.org/10.1002/hon.2181
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25407794?tool=bestpractice.com
[38]Albano D, Giubbini R, Bertagna F. 18F-FDG PET/CT and primary hepatic MALT: a case series. Abdom Radiol (NY). 2016 Oct;41(10):1956-9.
https://www.doi.org/10.1007/s00261-016-0800-1
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27259334?tool=bestpractice.com
Outros exames de imagem podem ser indicados a depender do sitio afetado.[4]Zucca E, Arcaini L, Buske C, et al. Marginal zone lymphomas: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2020 Jan;31(1):17-29.
https://www.doi.org/10.1016/j.annonc.2019.10.010
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31912792?tool=bestpractice.com
[14]Walewska R, Eyre TA, Barrington S, et al. Guideline for the diagnosis and management of marginal zone lymphomas: a British Society of Haematology guideline. Br J Haematol. 2024 Jan;204(1):86-107.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjh.19064
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957111?tool=bestpractice.com
[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Estômago: ultrassonografia endoscópica. Particularmente útil para avaliar a infiltração da parede gástrica (profundidade da invasão) e o envolvimento dos linfonodos regionais
Intestino grosso: endoscopia digestiva baixa (colonoscopia)
Órbita ou cérebro: RNM. A RNM é insatisfatória para identificação do envolvimento ósseo e conjuntival
Mama: mamografia, ultrassonografia mamária e RNM
Tireoide: ultrassonografia
Pulmão: broncoscopia
A ecocardiografia ou a angiografia sincronizada multinuclear (MUGA) devem ser realizadas para avaliar a função cardíaca antes de se iniciar o tratamento com antraciclina.[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Outras investigações
O rastreamento para infecções virais coexistentes deve ser realizado conforme indicação clínica.[4]Zucca E, Arcaini L, Buske C, et al. Marginal zone lymphomas: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2020 Jan;31(1):17-29.
https://www.doi.org/10.1016/j.annonc.2019.10.010
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31912792?tool=bestpractice.com
[14]Walewska R, Eyre TA, Barrington S, et al. Guideline for the diagnosis and management of marginal zone lymphomas: a British Society of Haematology guideline. Br J Haematol. 2024 Jan;204(1):86-107.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjh.19064
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957111?tool=bestpractice.com
[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Sorologia para hepatites C e B: associadas a linfomas MALT não gástricos (por exemplo, fígado). O status para hepatite B deve ser determinado antes do tratamento devido ao risco de reativação do vírus durante a quimioterapia e/ou terapia imunossupressora.
Sorologia para HIV: há uma fraca associação entre infecção por HIV e linfomas MALT não gástricos (por exemplo, pulmão).
Testes moleculares e biópsia de medula óssea podem ser considerados.[4]Zucca E, Arcaini L, Buske C, et al. Marginal zone lymphomas: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2020 Jan;31(1):17-29.
https://www.doi.org/10.1016/j.annonc.2019.10.010
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31912792?tool=bestpractice.com
[14]Walewska R, Eyre TA, Barrington S, et al. Guideline for the diagnosis and management of marginal zone lymphomas: a British Society of Haematology guideline. Br J Haematol. 2024 Jan;204(1):86-107.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjh.19064
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957111?tool=bestpractice.com
[23]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: B-cell lymphomas [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[39]Nakamura S, Aoyagi K, Furuse M, et al. B-cell monoclonality precedes the development of gastric MALT lymphoma in Helicobacter pylori-associated chronic gastritis. Am J Pathol. 1998;152:1271-1279.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1858568/pdf/amjpathol00017-0162.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9588895?tool=bestpractice.com
[40]Zucca E, Bertoni F, Roggero E, et al. Molecular analysis of the progression from Helicobacter pylori-associated chronic gastritis to mucosa-associated lymphoid-tissue lymphoma of the stomach. N Engl J Med. 1998;338:804-810.
http://content.nejm.org/cgi/content/full/338/12/804
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9504941?tool=bestpractice.com
[41]Treon SP, Xu L, Yang G, et al. MYD88 L265P somatic mutation in Waldenström's macroglobulinemia. N Engl J Med. 2012 Aug 30;367(9):826-33.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1200710?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200www.ncbi.nlm.nih.gov
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22931316?tool=bestpractice.com
Rearranjo gênico de imunoglobulina: pode ajudar a distinguir o linfoma maligno (clonal) de afecções benignas (policlonais) (por exemplo, hiperplasia, inflamação). Em alguns casos, a monoclonalidade pode ser demonstrada na gastrite crônica não complicada, e isso pode preceder o surgimento do linfoma MALT gástrico.
Mutação MYD88: pode ajudar a distinguir o linfoma MALT (com diferenciação plasmocitária) da macroglobulinemia de Waldenström. A mutação MYD88 é comum na macroglobulinemia de Waldenström (mais de 90%), mas é incomum no linfoma MALT.
Biópsia e aspirado de medula óssea: para avaliar o envolvimento da medula óssea e para estadiamento.