Prognóstico

Pacientes saudáveis (sem comorbidade) com desvio dos pés para dentro ("in-toeing") ou para fora ("out-toeing") e perfil rotacional com 2 desvios padrão dentro da média para sua idade

Apesar da grande variação dos perfis rotacionais em lactentes e crianças pequenas, a história natural é normalização gradual até os 5 a 6 anos de idade. A grande maioria das variações torcionais se corrige com o crescimento, pois a versão, a pliabilidade dos tecidos moles e a coordenação muscular se modificam à medida que a deambulação começa e amadurece.

Variações torcionais não causam problemas a outras articulações ou à coluna vertebral em longo prazo. Não há evidências sugerindo que membros rotacionados medialmente ou lateralmente aumentem o risco de queda ou prejudiquem a função.[88] O desvio dos pés para dentro ("in-toeing") ao correr tende a ser mais comum em velocistas, permitindo que os flexores do pododáctilo intensifiquem o arranque de modo mais efetivo.[89]

Torção tibial: a tíbia normal é rotacionada lateralmente em 5° no nascimento e aumenta para 15° a 20° na maturidade esquelética.[90] A torção tibial medial geralmente se corrige 1 a 2 anos depois que o arqueamento fisiológico remite. A torção tibial lateral é menos comum que a torção tibial medial na primeira infância, mas provavelmente persiste na terceira infância. Ela pode diminuir a agilidade e a velocidade da deambulação, caso seja grave. A torção tibial lateral geralmente não remite com o crescimento.[79]

A maioria dos neonatos apresenta contraturas de rotação externa dos quadris, que se acredita serem decorrentes do posicionamento intrauterino. Isso geralmente remite durante o início da deambulação, momento no qual "in-toeing" pode ser observado, comumente devido à torção tibial medial. Torção femoral: a anteversão femoral (rotação medial) diminui de aproximadamente 40º (faixa: 15º a 50º) para 20º (faixa: 10º a 35º) até os 10 anos de idade.[1][2][3][4][91][92] Há evidências limitadas que associam anteversão em adultos ao desempenho físico ou à osteoartrite de quadril.[31][93][94][95][96] A torção femoral medial não causa deformidades no pé e vice-versa.

Pacientes saudáveis (sem comorbidade) com desvio dos pés para dentro ("in-toeing") ou para fora ("out-toeing") com perfil rotacional com 2 desvios padrão além da média para sua idade

A maioria das deformidades torcionais remite com o crescimento e desenvolvimento normais. Um crescente corpo de evidências sugere que o desalinhamento rotacional dos membros inferiores possa estar associado à osteoartrose prematura das articulações do quadril, joelho e tornozelo.[41][29][30][31][42][97] Torção tibial lateral excessiva foi associada a desalinhamento progressivo do pé equino-plano-valgo, desalinhamento do hálux valgo e osteocondrite dissecante do joelho.[3][98][99][100]

Síndrome do mau alinhamento torcional sem paralisia cerebral

A história natural é de progressão dos sintomas, raramente com remissão.[66][101]

Desalinhamento torcional em crianças com paralisia cerebral

A história natural é de progressão dos sintomas, raramente com remissão.[102][103][104]

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