Epidemiologia

A Situação Mundial da Infância, publicada pela UNICEF, fornece informações atualizadas sobre a saúde e o crescimento das crianças em todos os países, regiões e no mundo.[10]

Com base nos dados relatados em 2021, entre crianças de 0 a 59 meses:

  • O deficit de estatura, definido como a porcentagem de crianças <-2 DP da mediana da relação altura/idade dos Padrões de Crescimento Infantil da OMS, é de 22% em nível mundial, 3% para a Europa Ocidental, 3% para a América do Norte, 32% para a África Subsaariana e 32% para o Sul da Ásia.

  • O enfraquecimento, definido como a porcentagem de crianças <-2 DP da mediana da relação de peso/altura dos Padrões de Crescimento Infantil da OMS, é de 7% em nível mundial, 0% para a Europa Ocidental, <1% para a América do Norte, 5% para a África Subsaariana e 15% para o Sul da Ásia.

Entre crianças em idade escolar (de 5 a 19 anos):

  • A magreza, definida como a porcentagem de crianças com IMC < -2 DP da mediana de acordo com as referências de crescimento da OMS, é de 11% em nível mundial, 1% para a Europa Ocidental, 1% para a América do Norte, 7% para a África Subsaariana e 25% para o Sul da Ásia.

Embora o Estudo de Referência sobre o Crescimento em Múltiplos Países ilustre que, em condições ideais, o crescimento inicial das crianças não difere entre regiões, estes dados revelam padrões de crescimento diferentes entre regiões, provavelmente associados a condições diferentes, incluindo padrões alimentares.[11][12][13][14]

Pesquisas de base populacional constataram que até 50% das crianças com deficit no crescimento não são identificadas por profissionais da saúde.[15] Embora o deficit no crescimento seja mais comum entre crianças de famílias de baixa renda que em bebês de famílias de classe média, ele ocorre em todos os segmentos da população.[16] A pobreza pode afetar as crianças diretamente através da falta de alimentos, cuidados de saúde e educação, e indiretamente através do aumento do estresse familiar, o que pode interferir com a capacidade dos pais de fornecerem regularmente refeições nutritivas e de uma forma adequada.[8] A insegurança alimentar foi associada a hospitalizações, saúde ruim e risco ao desenvolvimento entre bebês, e a problemas acadêmicos, de desenvolvimento e de aprendizagem entre crianças em idade escolar.[17][18][19]​​ As crianças podem apresentar um crescimento deficitário em lares de qualquer classe social em casos de relações problemáticas entre pais e filhos, psicopatologia parental, disfunção familiar ou patologia orgânica. O impacto desses problemas aumenta no contexto de pobreza.

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