Caso clínico
Caso clínico #1
Um menino de 17 meses apresenta um declínio na relação peso/altura do 25° para 5° percentil ao longo de 5 meses, um declínio na relação peso/comprimento do 20° para o 5° percentil e um acompanhamento de comprimento/idade no 30° percentil. Ele nasceu a termo pesando 3.2 kg e medindo 49 cm de comprimento, e foi amamentado parcialmente por 3 meses. Ele teve refluxo leve que foi tratado com medicação e, desde então, não ocorreu novamente. Ele frequenta uma creche. Sua mãe tem 24 anos, concluiu o ensino médio e trabalha em período integral. No momento, ela está solteira e tem 2 filhos mais velhos. O pai da criança trabalha em período integral e vê o filho semanalmente. A avó ajuda a cuidar da criança. A família tem segurança alimentar e não relata problemas psicossociais graves. Os horários das refeições são descritos como regulares e agradáveis. As preocupações da mãe são o peso, a altura e o comportamento alimentar do filho. Ele não tem muito apetite, come devagar e cospe o alimento, mas não tem problemas de sufocamento ou vômitos. A mãe fica ansiosa no horário das refeições e, com frequência, chantageia o filho, prepara alimentos alternativos e, ocasionalmente, o alimenta no colo. A criança prefere comer guloseimas e tomar suco o dia inteiro. Ele costuma ter acessos de raiva. Seu desenvolvimento é normal. A avaliação inicial não revela história ou achados de exame sugestivos de doença alérgica, endocrinológica ou gastrointestinal.
Caso clínico #2
Um menino de 7 meses apresenta uma relação peso/comprimento notavelmente abaixo do 5° percentil. A criança parece apática, com maus hábitos de higiene e dobras acentuadas na pele das nádegas devido à perda de massa muscular e tecido subcutâneo. Sua mãe, solteira e adolescente, mora com um amigo. A família não tem sido acompanhada desde o checkup de 2 meses, quando preocupações sobre o cuidado parental foram observadas. Uma agência de serviços de enfermagem em domicílio tentou entrar em contato com a mãe, mas não conseguiu. Ela levou o bebê à clínica porque sua avó não parava de dizer que ele "não parecia bem".
Outras apresentações
O deficit no crescimento pode se manifestar de muitas outras maneiras.[7][8][9] Frequentemente, o crescimento deficitário não é óbvio para os pais ou para o profissional da saúde, mas apenas quando representado graficamente. Os pais podem relatar problemas de alimentação ou preocupações com o crescimento. Pode haver sintomas ou sinais como diarreia persistente, cuspir/vômitos frequentes, infecções recorrentes ou incomuns, dispneia e letargia; eles podem refletir afecções subjacentes que podem estar prejudicando o crescimento. Problemas comportamentais ou de desenvolvimento, bem como problemas parentais e familiares, como depressão parental ou falta de rotinas regulares, podem ser o problema manifesto. Os problemas relacionados com a pobreza, como falta de abrigo, o desemprego e a falta de acesso aos cuidados de saúde, podem chamar a atenção para uma possível insegurança alimentar como um fator que contribui para o deficit no crescimento.
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