História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Em particular, história familiar de criptorquidia, baixo peso ao nascer e/ou prematuridade.
testículo mal posicionado ou ausente
O testículo afetado pode ser palpável ou não palpável, unilateral ou bilateral.
testículo com criptorquidia palpável
Não pode ser manipulado para dentro do escroto ou retorna imediatamente para a posição superior depois de ser manipulado para dentro do escroto.
testículo não palpável
O testículo não pode ser localizado/palpado no escroto, canal inguinal ou regiões femoral ou perineal, apesar do exame físico completo.
Outros fatores diagnósticos
comuns
assimetria testicular
hipoplasia ou assimetria escrotal
testículo retrátil
Testículo localizado em posição supraescrotal, mas que pode ser manipulado para baixo, de forma indolor, para dentro do escroto e permanecer aí depois da liberação da tração.
Incomuns
criptorquidia ascendente
A criptorquidia também pode se apresentar como um evento ascendente em pacientes previamente documentados com posição testicular normal no escroto, posteriormente observando-se que ascendeu para a porção superior do escroto ou do canal inguinal.
hipospádia
Presença de hipospádia deve ter encaminhamento imediato para teste genético e posterior avaliação urológica.
micropênis
Comprimento do pênis menor que 2 desvios padrão abaixo do normal para a idade.
características sexuais secundárias/sinais puberais em pacientes pré-púberes/púberes
Devem ser investigados em pacientes apresentando criptorquidia em idade avançada.
cicatriz cirúrgica na região inguinal
A criptorquidia pode ser iatrogênica.
Fatores de risco
Fortes
história familiar de criptorquidia
prematuridade
A descida do testículo da região inguinal para o escroto geralmente ocorre durante 24 a 35 semanas de gestação.[39] Bebês prematuros têm uma incidência de 9% a 45% de criptorquidia no nascimento e uma razão de chances (RC) de 2.5 em comparação com os controles.[4][40][41] A criptorquidia no nascimento pode remitir em muitos desses bebês quando ajustada para a idade gestacional.
baixo peso ao nascer (<2.5 kg) e/ou recém-nascido pequeno para a idade gestacional
Estudos tipo caso-controle têm demonstrado aumento do risco isolado de criptorquidia em bebês pequenos para a idade gestacional e/ou com baixo peso ao nascer mesmo controlando a prematuridade, com RC que varia de 1.2 a 3.53 e uma prevalência de 1.0% a 4.6%.[4][41][42] Um estudo mostrou que os bebês que atingem um peso normal com 1 ano de idade têm maiores chances de descida testicular que aqueles que permanecem abaixo do peso.[43]
Fracos
exposições ambientais
Há uma apreciação cada vez maior da toxicidade das interferências endócrinas causadas pelo ambiente.[44] Elas podem incluir organoclorados, como bifenilo policlorado (BPC), estrogênios ambientais, ésteres de ftalatos e bisfenol A (BFA).[17][45][46][47][48] Após o acidente nuclear de Fukushima no Japão em 2011 observou-se um aumento de 13% em todo o país.[49] O consumo de analgésicos, o tabagismo, pesticidas ou exposição a produtos agrícolas têm também sido associados ao aumento do risco de criptorquidia, embora uma revisão da literatura mostre que os estudos são, em geral, conflitantes e difíceis de interpretar dada a complexidade das misturas dos compostos químicos e da fisiopatologia incerta da criptorquidia.[5][10][14][18][19][20][21][22][23][50][51][52]
ingestão materna de bebidas alcoólicas
diabetes gestacional
Anormalidades no metabolismo da glicose materna durante a gestação foram associadas a uma RC de 2.44 a 3.98 de aumento do risco de criptorquidia em meninos neonatos finlandeses.[53]
cirurgia inguinal anterior
A criptorquidia pode ser iatrogênica em tais casos.[54]
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