Hérnia inguinal em adultos
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
hérnia encarcerada ou estrangulada
reparo cirúrgico
O reparo cirúrgico urgente é indicado para as hérnias agudas encarceradas.[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com A abordagem cirúrgica ideal não é conhecida,[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com mas uma abordagem laparoscópica pode ser considerada na ausência de estrangulamento.[100]Birindelli A, Sartelli M, Di Saverio S, et al. 2017 update of the WSES guidelines for emergency repair of complicated abdominal wall hernias. World J Emerg Surg. 2017 Aug 7;12:37. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5545868 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28804507?tool=bestpractice.com Às vezes, é possível reduzir uma hérnia encarcerada com o paciente sedado, mas é preciso tomar cuidado para se evitar empurrar uma porção morta do intestino com o saco herniário para dentro da cavidade peritoneal (hérnia em massa). O reparo com tela é indicado se o intestino for viável, mas o reparo sem tela é indicado se o intestino for inviável ou se a sua viabilidade for duvidosa.
Os pacientes devem ser submetidos ao reparo cirúrgico urgente para suspeita de hérnia inguinal estrangulada, pois o intestino pode necrosar se a obstrução subjacente não for rapidamente aliviada.[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com [100]Birindelli A, Sartelli M, Di Saverio S, et al. 2017 update of the WSES guidelines for emergency repair of complicated abdominal wall hernias. World J Emerg Surg. 2017 Aug 7;12:37. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5545868 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28804507?tool=bestpractice.com Frequentemente, é necessário realizar ressuscitação fluídica, intubação nasogástrica e cateterismo uretral adequados. Na ausência de necrose ou contaminação, o intestino pode ser reduzido e a hérnia reparada com uma tela.[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com [100]Birindelli A, Sartelli M, Di Saverio S, et al. 2017 update of the WSES guidelines for emergency repair of complicated abdominal wall hernias. World J Emerg Surg. 2017 Aug 7;12:37. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5545868 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28804507?tool=bestpractice.com [101]Duan SJ, Qiu SB, Ding NY, et al. Prosthetic mesh repair in the emergency management of acutely strangulated groin hernias with grade I bowel necrosis: a rational choice. Am Surg. 2018 Feb 1;84(2):215-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29580348?tool=bestpractice.com Se o intestino não for viável (gangrenoso) ou for constatada contaminação durante a cirurgia, geralmente a ressecção do intestino é necessária, sendo feito um reparo da hérnia com tecido primário sem tela .[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com [100]Birindelli A, Sartelli M, Di Saverio S, et al. 2017 update of the WSES guidelines for emergency repair of complicated abdominal wall hernias. World J Emerg Surg. 2017 Aug 7;12:37. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5545868 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28804507?tool=bestpractice.com Deve-se evitar o reparo com tela nesta situação por causa do risco de infecção da tela.
antibioticoterapia profilática
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes adultos submetidos a reparo aberto de hérnias inguinais agudamente encarceradas/estranguladas devem receber profilaxia antibiótica.[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com
A escolha do esquema de antibioticoterapia depende da orientação local. Uma única dose de uma cefalosporina (por exemplo, cefazolina) tem sido recomendada. Se o paciente tiver fatores de risco para MRSA, a vancomicina deverá ser incluída. Clindamicina ou vancomicina podem ser usadas como uma alternativa para a cefazolina em pacientes alérgicos a antibióticos betalactâmicos.[104]Bratzler DW, Dellinger EP, Olsen KM, et al. Clinical practice guidelines for antimicrobial prophylaxis in surgery. Am J Health Syst Pharm. 2013 Feb 1;70(3):195-283. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23327981?tool=bestpractice.com Uma metanálise constatou que os inibidores de beta-lactam/beta-lactamase e as cefalosporinas de primeira geração parecem ser os antibióticos mais eficazes para pacientes adultos submetidos ao reparo de hérnia inguinal.[105]Boonchan T, Wilasrusmee C, McEvoy M, et al. Network meta-analysis of antibiotic prophylaxis for prevention of surgical-site infection after groin hernia surgery. Br J Surg. 2017 Jan;104(2):e106-17. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5299528 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28121028?tool=bestpractice.com Na falta de evidências definitivas, a profilaxia antimicrobiana em dose única com uma cefalosporina de primeira geração é uma abordagem aceitável para o reparo aberto com tela.
Opções primárias
cefazolina: 1-2 g por via intramuscular/intravenosa em dose única, 30-60 minutos antes do procedimento; consulte as orientações locais quanto aos requisitos de dosagem intraoperatória e pós-operatória
ou
cefazolina: 1-2 g por via intramuscular/intravenosa em dose única, 30-60 minutos antes do procedimento; consulte as orientações locais quanto aos requisitos de dosagem intraoperatória e pós-operatória
e
vancomicina: 15 mg/kg por via intravenosa em dose única administrados 120 minutos antes do procedimento
Opções secundárias
clindamicina: 900 mg por via intravenosa em dose única administrados 60 minutos antes do procedimento; consulte as orientações locais quanto aos requisitos de dosagem intraoperatória e pós-operatória
ou
vancomicina: 15 mg/kg por via intravenosa em dose única administrados 120 minutos antes do procedimento
hérnia pequena e assintomática
vigilância ativa
Em adultos, a vigilância ativa é uma estratégia segura nos casos de hérnia minimamente sintomática ou assintomática e isso está refletido nas recomendações das diretrizes.[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com [27]van Veenendaal N, Simons M, Hope W, et al. Consensus on international guidelines for management of groin hernias. Surg Endosc. 2020 Jun;34(6):2359-77. https://www.doi.org/10.1007/s00464-020-07516-5 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32253559?tool=bestpractice.com [56]Fitzgibbons RJ Jr, Giobbie-Hurder A, Gibbs JO, et al. Watchful waiting vs repair of inguinal hernia in minimally symptomatic men: a randomized clinical trial. JAMA. 2006 Jan 18;295(3):285-92. http://jama.ama-assn.org/content/295/3/285.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16418463?tool=bestpractice.com
Complicações da hérnia aguda, como obstrução intestinal e encarceramento/estrangulamento, ocorrem raramente com uma estratégia de vigilância ativa. Uma revisão recomendou informar aos pacientes que a taxa de emergência cirúrgica durante a vigilância ativa é 1.8 por 1000 pessoas-ano.[62]Montgomery J, Dimick JB, Telem DA. Management of groin hernias in adults-2018. JAMA. 2018 Sep 11;320(10):1029-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30128503?tool=bestpractice.com Os pacientes devem ser aconselhados a buscar atendimento médico imediatamente se desenvolverem sinais e sintomas de complicações graves (por exemplo, dor abdominal, náuseas, vômitos e constipação).[56]Fitzgibbons RJ Jr, Giobbie-Hurder A, Gibbs JO, et al. Watchful waiting vs repair of inguinal hernia in minimally symptomatic men: a randomized clinical trial. JAMA. 2006 Jan 18;295(3):285-92. http://jama.ama-assn.org/content/295/3/285.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16418463?tool=bestpractice.com
Com o tempo, muitos pacientes com hérnias inicialmente assintomáticas desenvolverão os sintomas e se submeterão a uma correção eletiva.[56]Fitzgibbons RJ Jr, Giobbie-Hurder A, Gibbs JO, et al. Watchful waiting vs repair of inguinal hernia in minimally symptomatic men: a randomized clinical trial. JAMA. 2006 Jan 18;295(3):285-92. http://jama.ama-assn.org/content/295/3/285.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16418463?tool=bestpractice.com [57]Mizrahi H, Parker MC. Management of asymptomatic inguinal hernia: a systematic review of the evidence. Arch Surg. 2012 Mar;147(3):277-81. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22430913?tool=bestpractice.com [58]Fitzgibbons RJ Jr, Ramanan B, Arya S, et al. Long-term results of a randomized controlled trial of a nonoperative strategy (watchful waiting) for men with minimally symptomatic inguinal hernias. Ann Surg. 2013 Sep;258(3):508-15. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24022443?tool=bestpractice.com [59]Chung L, Norrie J, O'Dwyer PJ. Long-term follow-up of patients with a painless inguinal hernia from a randomized clinical trial. Br J Surg. 2011 Apr;98(4):596-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21656724?tool=bestpractice.com [60]O'Dwyer PJ, Norrie J, Alani A, et al. Observation or operation for patients with an asymptomatic inguinal hernia: a randomized clinical trial. Ann Surg. 2006 Aug;244(2):167-73. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1602168 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16858177?tool=bestpractice.com
hérnia não complicada grande ou sintomática
reparo aberto ou laparoscópico com tela
O reparo aberto com tela pode ser preferível para pacientes com hérnia unilateral primária.[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com [74]Neumayer L, Giobbie-Hurder A, Jonasson O, et al. Open mesh versus laparoscopic mesh repair of inguinal hernia. N Engl J Med. 2004 Apr 29;350(18):1819-27. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa040093#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15107485?tool=bestpractice.com [76]McCormack K, Scorr NW, Go PM, et al. EU hernia Trialists Collaboration. Laparoscopic techniques versus open techniques for inguinal hernia repair. Cochrane Database Syst Rev. 2003;(1):CD001785. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001785/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12535413?tool=bestpractice.com [87]Simons MP, Aufenacker T, Bay-Nielsen M, et al. European Hernia Society guidelines on the treatment of inguinal hernia in adult patients. Hernia. 2009 Aug;13(4):343-403. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2719730 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19636493?tool=bestpractice.com No entanto, uma abordagem laparoscópica pode ser apropriada para alguns pacientes com hérnia inguinal unilateral primária, dependendo da disponibilidade de recursos suficientes e especialidade cirúrgica.[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com
O reparo aberto com tela é um procedimento de baixo risco que está associado a uma taxa de recorrência muito mais baixa do que o reparo com tecido primário ou outras técnicas de reparo sem tela.[70]Lockhart K, Dunn D, Teo S, et al. Mesh versus non-mesh for inguinal and femoral hernia repair. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Sep 13;(9):CD011517.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD011517.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30209805?tool=bestpractice.com
[71]Scott N, Go PM, Graham P, et al. Open mesh versus non‐mesh for groin hernia repair. Cochrane Database Syst Rev. 2001;(3):CD002197.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD002197/full
[ ]
How does mesh compare with non‐mesh for inguinal hernia repair?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2416/fullMostre-me a resposta[Evidência A]951c024d-b1a2-4079-a88a-f2e405a8beacccaAComo a tela se compara com o não uso de tela para o reparo de uma hérnia inguinal? Pode ser realizado sob anestesia espinhal, geral ou local com sedação leve. Caso seja viável, a anestesia local pode ser preferida em relação à anestesia espinhal.[72]Prakash D, Heskin L, Doherty S, et al. Local anaesthesia versus spinal anaesthesia in inguinal hernia repair: a systematic review and meta-analysis. Surgeon. 2017 Feb;15(1):47-57.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26895656?tool=bestpractice.com
Caso contrário, a anestesia espinhal e a anestesia geral são opções igualmente boas.[73]Li L, Pang Y, Wang Y, et al. Comparison of spinal anesthesia and general anesthesia in inguinal hernia repair in adult: a systematic review and meta-analysis. BMC Anesthesiol. 2020 Mar 10;20(1):64.
https://www.doi.org/10.1186/s12871-020-00980-5
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32156258?tool=bestpractice.com
A técnica de Lichtenstein é o reparo aberto com tela mais realizado. A técnica envolve a colocação de uma prótese de tela de polipropileno plana (geralmente, medindo cerca de 5 cm x 12 cm) que cobre a parede posterior do assoalho inguinal e o oblíquo interno, do púbis à espinha ilíaca, cercando as estruturas do cordão.[63]Lichtenstein IL, Shulman AG, Amid PK, et al. The tension-free hernioplasty. Am J Surg. 1989 Feb;157(2):188-93. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2916733?tool=bestpractice.com A tela precisa ser presa ao púbis, à borda do ligamento inguinal e à fáscia oblíqua interna. A dormência inguinal, que diminui gradualmente com o tempo, é um efeito colateral comum deste procedimento.
O reparo em técnica aberta com tela pré-peritoneal, no qual o espaço pré-peritoneal é aberto para colocação da tela através de uma pequena incisão suprapúbica ou inguinal, é uma alternativa segura e eficaz para o reparo com tela pela técnica de Lichtenstein.[66]Li J, Ji Z, Cheng T. Comparison of open preperitoneal and Lichtenstein repair for inguinal hernia repair: a meta-analysis of randomized controlled trials. Am J Surg. 2012 Nov;204(5):769-78. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22621832?tool=bestpractice.com [67]Sharma P, Boyers D, Scott N, et al. The clinical effectiveness and cost-effectiveness of open mesh repairs in adults presenting with a clinically diagnosed primary unilateral inguinal hernia who are operated in an elective setting: systematic review and economic evaluation. Health Technol Assess. 2015 Nov;19(92):1-142. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0094801 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26556776?tool=bestpractice.com
No procedimento laparoscópico, uma grande (aproximadamente 12 cm de diâmetro) tela é colocada no espaço pré-peritoneal, cobrindo o anel interno e os espaços direto e femoral, usando uma abordagem extraperitoneal (TEP) ou transabdominal (TAPP) sob anestesia geral.[74]Neumayer L, Giobbie-Hurder A, Jonasson O, et al. Open mesh versus laparoscopic mesh repair of inguinal hernia. N Engl J Med. 2004 Apr 29;350(18):1819-27. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa040093#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15107485?tool=bestpractice.com [75]Haifler M, Benjamin B, Ghinea R, Avital S. The impact of previous laparoscopic inguinal hernia repair on radical prostatectomy. J Endourol. 2012 Nov;26(11):1458-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22788410?tool=bestpractice.com
antibioticoterapia profilática
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O uso de profilaxia antibiótica durante o reparo de uma hérnia não complicada é controverso, particularmente porque a taxa de infecção do sítio cirúrgico é baixa.
Em um ambiente de baixo risco (incidência de infecção da ferida ≤5%), a profilaxia antibiótica é sugerida para qualquer paciente de alto risco submetido ao reparo aberto com tela, mas não é necessária para um paciente de risco médio submetido ao reparo aberto com tela.[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165.
https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com
[102]Orelio CC, van Hessen C, Sanchez-Manuel FJ, et al. Antibiotic prophylaxis for prevention of postoperative wound infection in adults undergoing open elective inguinal or femoral hernia repair. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Apr 21;4:CD003769.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD003769.pub5
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32315460?tool=bestpractice.com
[ ]
What are the effects of antibiotic prophylaxis for preventing wound infection in adults undergoing open inguinal or femoral hernioplasty surgery?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.3131/fullMostre-me a resposta
Em um ambiente de alto risco (incidência de infecção da ferida >5%), a profilaxia antibiótica é recomendada para qualquer paciente submetido ao reparo aberto com tela.[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com
A escolha do esquema de antibioticoterapia depende da orientação local. Uma única dose de uma cefalosporina (por exemplo, cefazolina) tem sido recomendada. Se o paciente tiver fatores de risco para MRSA, a vancomicina deverá ser incluída. Clindamicina ou vancomicina podem ser usadas como uma alternativa para a cefazolina em pacientes alérgicos a antibióticos betalactâmicos.[104]Bratzler DW, Dellinger EP, Olsen KM, et al. Clinical practice guidelines for antimicrobial prophylaxis in surgery. Am J Health Syst Pharm. 2013 Feb 1;70(3):195-283. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23327981?tool=bestpractice.com
Opções primárias
cefazolina: 1-2 g por via intramuscular/intravenosa em dose única, 30-60 minutos antes do procedimento; consulte as orientações locais quanto aos requisitos de dosagem intraoperatória e pós-operatória
ou
cefazolina: 1-2 g por via intramuscular/intravenosa em dose única, 30-60 minutos antes do procedimento; consulte as orientações locais quanto aos requisitos de dosagem intraoperatória e pós-operatória
e
vancomicina: 15 mg/kg por via intravenosa em dose única administrados 120 minutos antes do procedimento
Opções secundárias
clindamicina: 900 mg por via intravenosa em dose única administrados 60 minutos antes do procedimento; consulte as orientações locais quanto aos requisitos de dosagem intraoperatória e pós-operatória
ou
vancomicina: 15 mg/kg por via intravenosa em dose única administrados 120 minutos antes do procedimento
reparo laparoscópico com tela
O reparo laparoscópico com tela pode ser preferível para pacientes com recorrência após o reparo aberto com tela ou para aqueles com hérnias bilaterais primárias que possam ser reparadas simultaneamente.[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com [87]Simons MP, Aufenacker T, Bay-Nielsen M, et al. European Hernia Society guidelines on the treatment of inguinal hernia in adult patients. Hernia. 2009 Aug;13(4):343-403. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2719730 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19636493?tool=bestpractice.com [74]Neumayer L, Giobbie-Hurder A, Jonasson O, et al. Open mesh versus laparoscopic mesh repair of inguinal hernia. N Engl J Med. 2004 Apr 29;350(18):1819-27. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa040093#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15107485?tool=bestpractice.com [76]McCormack K, Scorr NW, Go PM, et al. EU hernia Trialists Collaboration. Laparoscopic techniques versus open techniques for inguinal hernia repair. Cochrane Database Syst Rev. 2003;(1):CD001785. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001785/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12535413?tool=bestpractice.com [86]Itani KM, Fitzgibbons R Jr, Awad SS, et al. Management of recurrent inguinal hernias. J Am Coll Surg. 2009 Nov;209(5):653-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19854408?tool=bestpractice.com [88]Wauschkuhn CA, Schwarz J, Boekeler U, et al. Laparoscopic inguinal hernia repair: gold standard in bilateral hernia repair? Results of more than 2800 patients in comparison to literature. Surg Endosc. 2010 Dec;24(12):3026-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20454807?tool=bestpractice.com
O reparo laparoscópico com tela requer anestesia geral e é tecnicamente mais desafiador e tem uma curva de aprendizagem mais longa para o cirurgião do que o reparo aberto com tela. Ele envolve a colocação de uma tela protética grande (aproximadamente 12 cm de diâmetro) no espaço pré-peritoneal, estendendo-se do púbis à espinha ilíaca, sobrepondo os vasos ilíacos.[74]Neumayer L, Giobbie-Hurder A, Jonasson O, et al. Open mesh versus laparoscopic mesh repair of inguinal hernia. N Engl J Med. 2004 Apr 29;350(18):1819-27. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa040093#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15107485?tool=bestpractice.com [75]Haifler M, Benjamin B, Ghinea R, Avital S. The impact of previous laparoscopic inguinal hernia repair on radical prostatectomy. J Endourol. 2012 Nov;26(11):1458-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22788410?tool=bestpractice.com
As vantagens do reparo laparoscópico comparado com o reparo aberto com tela incluem menos dor pós-operatória, retorno antecipado às atividades físicas e melhor aparência estética.[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com [76]McCormack K, Scorr NW, Go PM, et al. EU hernia Trialists Collaboration. Laparoscopic techniques versus open techniques for inguinal hernia repair. Cochrane Database Syst Rev. 2003;(1):CD001785. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001785/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12535413?tool=bestpractice.com [77]Ger R. The management of certain abdominal herniae by intra-abdominal closure of the neck of the sac. Preliminary communication. Ann R Coll Surg Engl. 1982 Sep;64(5):342-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7114772?tool=bestpractice.com [78]Köckerling F, Stechemesser B, Hukauf M, et al. TEP versus Lichtenstein: Which technique is better for the repair of primary unilateral inguinal hernias in men? Surg Endosc. 2016 Aug;30(8):3304-13. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4956717 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26490771?tool=bestpractice.com [79]Westin L, Wollert S, Ljungdahl M, et al. Less pain 1 year after total extra-peritoneal repair compared with Lichtenstein using local anesthesia: data from a randomized controlled clinical trial. Ann Surg. 2016 Feb;263(2):240-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26079901?tool=bestpractice.com [80]Eklund A, Montgomery A, Bergkvist L, et al. Chronic pain 5 years after randomized comparison of laparoscopic and Lichtenstein inguinal hernia repair. Br J Surg. 2010 Apr;97(4):600-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20186889?tool=bestpractice.com As taxas de recorrência e complicação são similares às do reparo aberto com tela, embora os pacientes submetidos aos procedimentos laparoscópicos possam sofrer menos dor inguinal do que os submetidos a um procedimento de Lichtenstein.[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com [81]Koning GG, Wetterslev J, van Laarhoven CJ, et al. The totally extraperitoneal method versus Lichtenstein's technique for inguinal hernia repair: a systematic review with meta-analyses and trial sequential analyses of randomized clinical trials. PLoS One. 2013;8(1):e52599. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3543416/pdf/pone.0052599.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23349689?tool=bestpractice.com [82]Scheuermann U, Niebisch S, Lyros O, et al. Transabdominal preperitoneal (TAPP) versus Lichtenstein operation for primary inguinal hernia repair - a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. BMC Surg. 2017 May 10;17(1):55. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5424320 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28490321?tool=bestpractice.com O risco de lesão grave no intestino, bexiga e estrutura vascular é mais alto com os procedimentos laparoscópicos.[83]O'Reilly EA, Burke JP, O'Connell PR. A meta-analysis of surgical morbidity and recurrence after laparoscopic and open repair of primary unilateral inguinal hernia. Ann Surg. 2012 May;255(5):846-53. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0047990 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22470068?tool=bestpractice.com
Existem dois tipos de abordagem laparoscópica: totalmente extraperitoneal (TEP) e transabdominal pré-peritoneal (TAPP).
Na abordagem TEP, um dispositivo balão é colocado no espaço pré-peritoneal e inflado para abrir o espaço para colocação da tela. É a abordagem mais popular para a colocação laparoscópica da tela. O procedimento TAAP requer que a cavidade peritoneal seja adentrada (via uma incisão peritoneal) para colocação da tela, o que pode levar a um aumento do risco de lesão nos órgãos. Cada abordagem tem seus defensores, mas não há uma superioridade clara de uma abordagem sobre a outra para reparo da hérnia inguinal após um reparo primário aberto prévio.[84]Köckerling F, Bittner R, Kuthe A, et al. TEP or TAPP for recurrent inguinal hernia repair - register-based comparison of the outcome. Surg Endosc. 2017 Oct;31(10):3872-82. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5636847 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28160069?tool=bestpractice.com A escolha da técnica pode ser influenciada pelas habilidades e experiência do cirurgião.[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com
A profilaxia antibiótica para o reparo laparoscópico não é recomendada.[2]HerniaSurge Group. International guidelines for groin hernia management. Hernia. 2018 Feb;22(1):1-165. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10029-017-1668-x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29330835?tool=bestpractice.com [102]Orelio CC, van Hessen C, Sanchez-Manuel FJ, et al. Antibiotic prophylaxis for prevention of postoperative wound infection in adults undergoing open elective inguinal or femoral hernia repair. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Apr 21;4:CD003769. https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD003769.pub5 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32315460?tool=bestpractice.com [103]Köckerling F, Bittner R, Jacob D, et al. Do we need antibiotic prophylaxis in endoscopic inguinal hernia repair? Results of the Herniamed Registry. Surg Endosc. 2015 Dec;29(12):3741-9. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4648957 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25786905?tool=bestpractice.com
tratamento não cirúrgico (por exemplo, funda para hérnia) ou observação
Uma funda para hérnia (ou dispositivo que comprime os tecidos sobre o canal inguinal) pode ser usada em pacientes para quem a intervenção cirúrgica representa um risco muito significativo, cuja expectativa de vida é limitada ou que recusam o reparo.
A funda para hérnia deve ser aplicada somente após a redução da hérnia e o alívio dos sintomas.
Os objetivos da funda para hérnia são manter a hérnia reduzida e aliviar a dor e o desconforto. No entanto, muitos pacientes a consideram incômoda, e podem ocorrer acidentes com a hérnia (quando a hérnia escapa da funda e pode acabar sendo estrangulada por ela) e atrofia da pele sob a funda.
Os pacientes que não são submetidos a nenhuma forma de tratamento (cirúrgico ou não cirúrgico) devem ser monitorados rigorosamente para evitar complicações.
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal