Diagnósticos diferenciais

Trauma cranioencefálico acidental

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

História de trauma: em lactentes, um trauma significativo, como uma queda grave ou um acidente com veículo automotor, geralmente será testemunhado e documentado pela polícia ou paramédicos.

O exame físico geralmente revela hematomas relacionados a uma queda, embora em alguns casos os hematomas do couro cabeludo possam ser profundos e, portanto, não visíveis externamente.

O exame oftalmológico costuma ser completamente negativo embora, nas lesões por esmagamento ou nos casos em que o olho recebeu um golpe direto, possa haver um pequeno número de hemorragias retinianas.

Investigações

Tomografia computadorizada (TC) do crânio: embora possa haver fratura craniana e hemorragia subdural, é raro que quedas acidentais em casa causem uma lesão cerebral significativa.

Trauma de nascimento

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Se uma hemorragia relacionada ao nascimento for grave o suficiente para causar sintomas, isso ocorrerá no período neonatal. O diagnóstico inicial de sinais e sintomas de lesão cerebral traumática intencional, em uma criança que estava assintomática no nascimento, não é consistente com a hemorragia subdural relacionada ao nascimento.

Hemorragias retinianas são observadas em 30% a 50% dos nascimentos, geralmente em pequena quantidade, e estão presentes na camada intrarretiniana. Elas podem ser bilaterais e disseminadas; a maioria se resolve dentro de 1 ou 2 semanas e as restantes desaparecem em 6 a 8 semanas.[40][55][56] Hemorragia retiniana disseminada depois de 6 a 8 semanas de idade é preocupante para trauma cranioencefálico violento.

Investigações

A distinção entre lesão intencional e trauma de nascimento é baseada nos fatores da história do nascimento, e também na atual apresentação da lesão.

Infecção do sistema nervoso central: meningite e encefalite

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Febre e sinais clínicos de meningismo.

Geralmente, os pais informam história de doença com agravamento progressivo.

Investigações

Análise de punção lombar e líquido cefalorraquidiano: número elevado de leucócitos, visualização de bactérias na microscopia, glicose baixa, proteína alta, cultura positiva para organismos, sorologia positiva para vírus.

Sangramento subdural para hipertrofia benigna do espaço subaracnoide

SINAIS / SINTOMAS
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O quadro clínico preexistente de hipertrofia benigna do espaço subaracnoide pode predispor os lactentes à ocorrência de sangramento subdural com trauma menor.

Geralmente assintomático, ausência de hemorragia retiniana; nenhum outro sinal de abuso.

Investigações

Imagens cranianas: aumento do espaço subaracnoídeo com sangramento subdural que, frequentemente, é unilateral, sem efeito de massa, ou associado a sinais de edema cerebral ou lesão como contusão, lesão axonal difusa ou cisalhamento tecidual.

Acidúria glutárica tipo I

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Geralmente, há presença de antecedentes familiares positivos (autossômico recessivo), achados radiológicos clássicos nas imagens cerebrais, macrocefalia, retardo motor e dificuldades de aprendizagem.[32][44][45] A hemorragia retiniana pode estar presente no cenário da acidúria glutárica tipo I.

A equipe de genética/metabolismo deve ser consultada se houver qualquer possibilidade de acidúria glutárica tipo I.[32]

Investigações

Tomografia computadorizada (TC) do crânio: atrofia cerebral frontotemporal, coleções de fluidos subdurais que, às vezes, contêm sangue.

Exame da urina: níveis elevados de ácido glutárico, glutacônico e 3-hidroxiglutárico.

Osteogênese imperfeita

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Antecedentes familiares positivos (autossômico dominante), história de fraturas após traumas menores, descoloração da esclera para uma cor cinza azulada (tipos 1 e 3), tônus muscular insatisfatório.

Investigações

Análises de DNA por exame de sangue confirmam mutações associadas com a osteogênese imperfeita. Diferenças quantitativas e qualitativas no colágeno detectadas após biópsia de pele e cultura de fibroblastos.

A análise da mutação dos genes COL1A1 e COL1A2 do ácido ribonucleico (RNA) do fibroblasto também pode ser realizada.

Raquitismo

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

A insuficiência nutricional ou a deficiência de vitamina D são comuns se a criança foi amamentada sem suplementação com vitamina D; no entanto, os achados radiológicos de raquitismo são raros.

As deformidades ósseas do antebraço e o arqueamento posterior da tíbia distal podem ocorrer em lactentes.

Investigações

Níveis tipicamente baixos de cálcio e vitamina D no raquitismo hipocalcêmico, em associação com o hormônio paratireóideo elevado e os achados de osteopenia e metáfises aumentadas na radiografia.

Deficiência de vitamina K

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

A doença hemorrágica do neonato devido à deficiência de vitamina K pode ser clinicamente indistinguível da síndrome do bebê sacudido.

História de falta de administração da vitamina K no nascimento; uso de medicamentos pela mãe, como varfarina e certos anticonvulsivantes ou antibióticos; ou presença de outros quadros clínicos (diarreia intratável, deficiência de alfa 1-antitripsina, hepatite ou atresia das vias biliares, fibrose cística ou uso de antibióticos) que causem má absorção da vitamina K por via oral.[57]

Investigações

Prolongamento do tempo de protrombina e do tempo de protrombina parcial ativado.

Síndrome da morte súbita infantil

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Ausência clínica de hemorragia retiniana e lesão do esqueleto.

Investigações

Autópsia negativa para outras causas de morte.

Trombose venosa intracraniana

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

A trombose venosa sagital superior é uma doença rara, porém grave, em lactentes. Ela pode resultar de desidratação, infecção, distúrbios de coagulação ou outros distúrbios clínicos.

É importante observar que os casos de trauma cranioencefálico violento podem resultar na trombose localizada nas veias emissárias; portanto, é útil obter a opinião da neurorradiologia ou neurologia para determinar se a trombose venosa é resultado de um trauma ou uma causa do quadro clínico.

Investigações

TC ou ressonância nuclear magnética (RNM) com venografia são frequentemente os estudos mais úteis. Um hematologista pode ser consultado para avaliar os defeitos de coagulação.

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